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Six – 1×07 Blood Brothers

Por: em 8 de maio de 2017

Six – 1×07 Blood Brothers

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Em seu penúltimo episódio, Six não deixa seu ritmo cair e nos apresenta mais um excelente capítulo. Com seu primeiro ano quase concluído e com um segundo já garantido, está chegando a hora de ver o que nos foi preparado para essa incrível história e o que esperar do seu próximo ano.

Divulgação/History Channel

Após a saída de Rip, Bear assumiu a posição de líder e desde então vem conduzindo o SEAL Team Six por todos os altos e baixos possíveis. Agora, está chegando a hora dele liderar todos para, possivelmente, uma de suas maiores missões. Não pela dificuldade, mas pela carga emocional que a mesma carrega. Ele não está indo atrás de um simples refém, mas de seu professor e amigo que há muito deixou de ser quem era. Para isso, assim como os outros soldados, ele também está disposto a sacrificar muito. Seguindo os mesmos passos do antigo líder, seu relacionamento com Lena começa a atingir um ponto crítico. Não é possível saber como isso se resolverá, mas é sabido que nem tudo na vida pode dar certo e, para ganharmos algo, muitas vezes precisamos perder algo. Como dito por Buddah, um dos pontos cruciais para a escolha de Bear como líder foi sua família ainda não formada. Afinal, é impossível cuidar de duas famílias ao mesmo tempo. Parece que chegou o momento dele perceber isso.

Enquanto o SEAL líder começa a caminhar para seu futuro, o antigo começa a regressar ao passado. Richard não está apenas passando por um momento difícil, mas também por um momento de redenção. Ele errou e esse erro custou a vida de muitas pessoas e a segurança de várias. Agora, ele ganha a oportunidade de fazer o certo e com uma ajuda que nunca imaginaríamos. Sua interação com Michael foi bem aceita do começo ao fim e, mesmo sendo completamente diferentes e estando em lados opostos, os dois possuíam um mesmo objetivo final e indiretamente conseguiram se ajudar. Mesmo negando, Rip sente pelo garoto que matou. Ninguém nasce destinado ao mal e a perda de uma vida é sempre sentida, seja de quem for. Akmal parece ter finalmente aberto os olhos e visto que para atingir seu objetivo, algo deveria ser feito. Essa atitude final não apenas criou uma ansiedade, como também será essencial para a conclusão dessa trama. Como Muttaqi resolverá as coisas com ele? Como a missão de resgate do Team Six se encaixará nisso? Como será o possível combate com o Boko Haram?

Em meio a tantas questões, temos um drama pessoal forte e poderoso de Michael. Nele podemos ver alguém que foi ensinado a algo, mas conseguiu abrir os olhos graças a uma infeliz perda. Indiretamente, seu personagem faz uma crítica ao fanatismo religioso que vemos no mundo atual e de como ele pode afetar tudo e todos. Todos deveriam ter o direito de acreditar em qualquer coisa, mas ninguém deveria ser possuído e comandado por suas crenças. Mesmo sendo difícil imaginar o desfecho dessa trama em particular, parece seguro acreditar que algo surpreendente ainda acontecerá. Será que veremos Michael envolvido em um possível salvamento das garotas? Será que ao invés de perder sua vida em vão, ele dar-lhe-á por um motivo mais nobre? Com muitas pontas soltas para apenas um único episódio, a série parece querer deixar algumas questões para seu segundo ano e, dependendo do modo que for feito, isso pode acabar sendo bem aceito.

Com tantos problemas quanto os outros soldados, Alex parece preso a uma realidade nada satisfatória, principalmente por estar em uma missão perigosa e inserido em uma situação delicada com a própria filha. Mesmo tentando conciliar as coisas com Dharma, dificilmente veremos a garota aceitando suas desculpas facilmente, principalmente pela tamanha ausência que o pai exerceu em sua infância. Do mesmo modo, talvez seja possível uma reconciliação, visto que, na maioria das vezes, um sentimento bom sempre supera um inferior. É a natureza humana. Chase também encara seus próprios demônios, principalmente com a difícil posição de assumir o lugar de um membro mais antigo da equipe e de exercer uma missão que pode acabar colocando toda a sua breve carreira em risco. Mesmo tendo um bom plano de fundo, mas não sendo bem trabalhado, ele ainda se mostra um personagem forte que parece ter muito que mostrar ainda nessa temporada. Só precisamos esperar.

De todos, Fishbait pode ser considerado o personagem com mais potencial, mas o mais esquecido pelo roteiro. Com tamanha habilidade e domínio de outras línguas, seria interessante vê-lo em tramas próprias ou pelo menos exercer um papel maior na trama principal. Com isso, fica a esperança de que no segundo ano possamos ver mais de um soldado tão forte e representado por um ótimo ator, mas com pouco desenvolvimento por parte do roteiro. Por último, temos Buddah que além de suas próprias dificuldades sobre o que fazer com sua carreira militar, ainda precisa lidar com os problemas familiares, algo que interfere diretamente em sua profissão. É engraçado ver alguém que quase morre dando a vida pelo país precisar sair de seu emprego, pois não consegue nem bancar uma boa escola para a filha. Mesmo assim, essa é a realidade de muitos soldados que todos os dias acordam sem saber se conseguirão ter uma noite de sono novamente. Mesmo parecendo fora de ritmo, a situação com a filha e a possível relação da mulher com o parceiro de trabalho podem acabar sendo ótimos meios de nos aprofundarmos ainda mais no personagem.

No geral, Six segue apresentando uma surpreendente temporada. Mesmo falhando vagamente no início, a história conseguiu evoluir e parece estar pronta para sua primeira conclusão. Peguem seus equipamentos e verifiquem suas armas, pois agora chegou a hora do combate decisivo. É vida ou morte.

Observações:

Gosto muito da Esther, mas gostaria que as outras garotas tivessem mais destaque.

Quais serão as possibilidades de histórias para a próxima temporada se encerrem essa aqui?

A dinâmica Michael e Rip funciona tão bem que fico até chateado de possivelmente não vê-la em outras temporadas.

É triste ver uma série com tamanho potencial e atores tão incríveis não ter o destaque que merece.

Peço desculpas pelo atraso, mas em breve tudo já deve estar em ordem.

 


E você? O que achou do episódio? Não se esqueça de deixar sua opinião e continuar acompanhando as reviews aqui, no Apaixonados por Séries.


Lucas de Siqueira

Apaixonado por Tom Holland, séries históricas, documentários sombrios e guerras. 19 anos de pura imersão em diferentes universos através da leitura e pronto para criar outros através da escrita.

Santa Branca/SP

Série Favorita: Game of Thrones

Não assiste de jeito nenhum: Revenge

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