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Skins – 5×01 Franky

Por: em 30 de janeiro de 2011

Skins – 5×01 Franky

Por: em

Depois de duas temporadas mais odiadas do que amadas, Skins retorna com um episódio leve e um pouco mais comportado se comparado ao que estamos acostumados a ver na série.

Eu sou um dos poucos que realmente gostou das 3ª e 4ª temporadas. Curto a 2ª geração da mesma forma que a 1ª. A meu ver, ambas apresentaram personagens adoráveis (Cassie, JJ, Emily) e personagens ruins (Pandora, Cook, Sketch, Anwar). Acho que o maior problema da 2ª geração, e que de fato espantou muita gente, foi a entrada de Cook. Até hoje não vi uma personagem tão grotesca em uma série. Por ser um dos protagonistas ganhou muito destaque e acabou marcando a turma. Porém, quem pode dizer que não se apaixonou pelo casal Emily e Naomi? E o que dizer do JJ, sempre atrapalhado e, como diriam algumas garotas… fofo? A 2ª geração teve seus méritos e vale a pena fazer esta ressalva antes de iniciar a review da 3ª e nova geração.

Franky (lê-se com sotaque inglês, com o “y” puxado) é uma menina que mais se parece com um garoto afeminado. A mocinha está acostumada a ouvir os mais terríveis xingamentos devido a sua forma exótica de se vestir. Não é vaidosa, nunca usou maquiagem e prefere deixar o cabelo lambido, curtinho e jogado para o lado. Apesar de seu visual andrógeno, não demonstra ser lésbica. Até poderia ser, inclusive (apenas por curiosidade) a garota é adotada por um casal gay, mas o visual dela, ao que parece, não está relacionado à condição sexual.

Franky acaba de se mudar para o Bristol vinda de Oxford e precisa sobreviver ao primeiro dia de colégio. A tarefa é difícil, principalmente depois da péssima experiência no colégio anterior, onde foi motivo de chacota dos colegas. O começo não é nada fácil, principalmente graças a Mini, a Queen Bee da escola. Ela e suas duas amigas, Grace e Liv (que é a cara da Jal), recebem Franky, a principio, com antipatia. Mini, que faz bem o estilo Barbie sem conteúdo, não perde a oportunidade de humilhá-la. Porém, a “estratégia” da loirinha muda e Mini resolve aceitar Franky no grupo. Chegamos então ao momento Meninas Malvadas em Skins (ou será que apenas eu fiz essa relação?).

Vocês se lembram do filme? Em Meninas Malvadas (roteiro de Tina Fey e com Lindsay Lohan no papel principal) uma garota pouco vaidosa, recém chegada da África, é recebida no colégio por um trio muito parecido com o de Mini. A líder, Regina George, insere a novata no grupo e tanta ensiná-la algumas regrinhas sobre o mundo das garotas. A verdade é que Regina apenas que manter ‘o inimigo’ próximo dela. Desta forma, pode dominá-la a sua maneira e continuar sendo a mais popular da escola. Não me entendam mal, não estou dizendo que a trama é ruim, até porque sou fã do filme. Só acho que esse tipo de abordagem não é bem o estilo de Skins. Menina popular tentando humilhar a novata é um clichê dos mais passados e Skins sempre fugiu disso. Até acho interessante abordar o bullying, assunto que está na moda, porém, seria mais interessante fugir dos estereótipos (que no núcleo Mini-Grace-Liv são gritantes).

Nos próximos episódios de Skins, como já é esperado, conheceremos um pouco mais de cada uma das personagens. Quero entender um pouco mais sobre a Mini, pois as vilãzinhas tendem a ser interessantes se bem exploradas. Pelo que percebi neste 1º episódio, a loirinha me parece ser um pouco insegura, apesar de ser bonita e popular e ter um namorado (que é esportista). Não que isso seja garantia de felicidade, mas é o que buscam várias garotas, certo? A garantia de status deixa muita gente mais feliz.

Grace, Rich e Alo são outros três personagens que ganharam um pouco mais de destaque no episódio. Grace é bondosa, não concorda com as atitudes de Mini, mas também não se impõe frente à amiga (mais uma característica que lembra Meninas Malvadas). Já os dois garotos são os losers da geração. Não são atraentes, muito menos populares, mas são os primeiros a se importar com Franky. Ao final do episódio vemos o grupinho se jogando na piscina. Pelo visto Franky já arranjou novos (e talvez seus primeiros) amigos.

Reparem também que o uso de palavrões diminuiu quase que pela metade. Lembro-me do 1º episódio de Skins quando o Tony, em apenas 10 minutos, soltou inúmeras palavras de baixo calão. As drogas estavam presentes nesse episódio, mas também com mais moderação. Cigarro… Só mesmo Franky fumou. De fato, Skins mostrou-se um tanto mais comportada neste início de geração.

O saldo, no geral é satisfatório. Das séries “jovens”, Skins é a mais interessante. Os adolescentes são mais palpáveis, mais aceitáveis, ao contrário do que vemos em Glee ou Malhação. Com certeza continuarei assistindo. Espero apenas que essa história de menina má contra menina indefesa não se sustente por muito tempo.

Skins pode ir além e nós sabemos bem.


Rodolfo

Uma versão masculina da Summer (de '500 Dias com Ela'): Fã de Indie Rock, o certinho da época da Faculdade e um completo 'desapaixonado'

Série Favorita:

Não assiste de jeito nenhum:

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