Aquele em que dizemos adeus

Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

Stranger Things – 1×03 Chapter Three: Holly, Jolly

Por: em 16 de julho de 2016

Stranger Things – 1×03 Chapter Three: Holly, Jolly

Por: em

Madrugada de sexta-feira para sábado, todas as luzes acesas — ou, pelos menos, as que não estão coincidentemente queimadas—, os vizinhos dando uma festa irritante e eu encarando fixamente a tela do computador, pensando em como começar essa review. Me sinto incapaz de escrever uma única linha, imersa demais no história criada pelos irmãos Duffer, para sequer conseguir raciocinar. Honestamente, minha vontade é esquecer esse texto e passar logo para o próximo episódio. Preciso saber o que irá acontecer em seguida, ou irei enlouquecer. É isso que Stranger Things é capaz de fazer com você! E esse desespero atinge novas proporções a cada episódio.

Stranger Things

Holly, Jolly já me ganhou pela sequência inicial. O paralelo entre a perda de virgindade de Nancy (ao som da maravilhosa Waiting For a Girl Like You) e Barbara sendo sugada, sabe-se Deus para onde, foi esteticamente e sonoramente impecável, além de capaz de destruir  todas as minhas unhas. Menos de um minuto de episódio e a tensão já estava instaurada, mostrando que a série não brinca em serviço e que a paz existente em Hawkins jaz morta e enterrada. De qualquer forma, o fato é que o desaparecimento de Barb mexeu com Nancy. Além da preocupação natural, motivada pela longa amizade entre as duas, é provável que a menina se sinta culpada e não é difícil deduzir que, em algum ponto, ela acabará se unindo a Jonathan na busca pela amiga e por respostas.

Falando em busca por respostas, o delegado Hopper começa a voltar sua investigação e desconfianças para o Laboratório Nacional de Hawkins. Não foi preciso muito para que o homem percebesse que há algo suspeito  no local, que está, direta ou indiretamente, envolvido no desaparecimento de Will. Nesse ponto, é válido destacar que o personagem, que parecia o  perfeito clichê do delegado de cidade pequena, bêbado e incompetente, está se saindo melhor que a encomenda. É bem provável, no entanto, que todo esse esforço se deva ao paralelo que faz com a morte da filha e a sensação de saber o que é perder uma criança. De todo modo, fica a preocupação sobre o que irá acontecer com ele, agora que resolveu se envolver com gente poderosa e perigosa. Pelo meu conhecimento de mundo, posso afirmar que boa coisa não será.

Stranger Things

Enquanto isso, Joyce investia na sua própria investigação, tentando se comunicar com o filho através de um método muito particular. Nesse ponto, preciso abrir um parêntese para elogiar a atuação de Winona Ryder. Isso já está se tornando recorrente, mas fica difícil conter a admiração após as cenas destruidoras que a atriz tem protagonizado. A personagem em si já é muito interessante, uma mãe, tendo que se dividir entre o trabalho e criar os filhos sozinha, e que acaba precisando lidar com o desaparecimento de um deles. Apesar dos esforços da polícia, das pessoas da cidade e de Jonathan, Joyce está sozinha com seu medo e sua dor. Esse sofrimento pertence somente a ela, assim como a certeza — talvez vinda de uma ligação maternal, talvez não — de que é capaz de se comunicar com Will.

Desde o episódio passado, estava intrigada com a forma como a “casa” vinha se comportando, a relação interessantíssima com as luzes, que vimos aqui, apenas reforçou minha ideia de que talvez Will estivesse se escondendo em sua própria residência. Eleven pareceu confirmar a hipótese, assim como o próprio garoto ou aquele/aquilo que alega ser ele. De qualquer forma, com o corpo do menino tendo sido encontrado tudo se torna ainda mais complicado e misterioso. Adoraria ter alguma teoria a respeito de nossas mais recentes descobertas, mas infelizmente minha única certeza é que preciso (com urgência) de respostas e do próximo episódio.

Stranger Things

Se elogiei a sequência inicial, o que dizer da sequência final? No princípio, acreditei realmente que encontrariam o corpo de Barbara e não o de Will, o que fez o famoso frio no estômago se manifestar. O fato de ser supostamente o garoto, somado a presença de seus amigos no local e à trilha sonora (Heroes é pra acabar com qualquer um, né?) tornou toda essa sequência extremamente sensível, emocionante e irretocável, algo que atinge seu ápice com os paralelos do abraço entre Joyce e Jonathan e Mike e Karen.

Holly, Jolly foi, então, mais um excelente episódio dessa que já está se mostrando uma das melhores estreias do ano. Os personagens se tornam mais interessantes a cada capítulo e o mistério apenas cresce, mesclado a dramas pessoais e sem nunca deixar de ser interessante. O suspense e os elementos sobrenaturais também continuam no tom perfeito e o protagonismo infantil é mais um ponto a ser destacado. Elogios feitos, vou correndo continuar minha maratona e espero que você continue acompanhando a nossa!

Observações:

Eleven começa a ter mais lembranças sobre os experimentos a que era submetida e pudemos ter uma dimensão de seus poderes;

— Na vida eu sou o Dustin, me preocupando mais com comida do que com algo que possa ser realmente útil pra enfrentar um provável inimigo;

— Eu morro com as crianças dessa série. Além de fofíssimas, são super talentosas. Isso para não falar na interação maravilhosa entre elas;

— O que nos leva ao fato de que não consigo ver essas crianças sofrendo e chorando. Sério, I CAN’T!

— Aquela Millennium Falcon era para me destruir, né? Aliás, referência é o que não falta nessa série e todas elas me deixam enlouquecida;

Strange Things está me fazendo lembrar como amo filmes dos anos 80. Não dava para ser diferente com a ambientação, trilha sonora, figurinos e até mesmo o modo tão característico de contar uma história;

— Nancy, minha filha, esse seu namorado é um idiota. No fundo, você sabe disso, eu sei que sabe;

— Que tensa a cena com a irmãzinha do Mike!

—Ainda bem que essa é uma série da Netflix, se tivesse que esperar uma semana pelo próximo episódio, já estava morta.


Thais Medeiros

Uma fangirl desastrada, melodramática e indecisa, tentando (sem muito sucesso) sobreviver ao mundo dos adultos. Louca dos signos e das fanfics e convicta de que a Lufa-Lufa é a melhor casa de Hogwarts. Se pudesse viveria de açaí e pão de queijo.

Paracatu/ MG

Série Favorita: My Mad Fat Diary

Não assiste de jeito nenhum: Revenge

×