Cheguei pra colocar ordem na casa! Depois de um retorno de temporada que manteve o nível dos primeiros episódios, os espectadores de Suits não tiveram o que reclamar nessas duas últimas semanas. Vou fazer um combo para ficar em dia com as resenhas e assim podermos acompanhar juntos a série.
4×12 – Respect:
Como bem diz o título– Respeito – foi o que Harvey e Louis, em suas próprias perspectivas, buscaram nesse episódio. Começando a falar pelo mais novo name partner, o fato dele estar nessa nova posição não significa que ele seja o mesmo que Jessica ou Harvey, e do jeito torto dele ele obviamente tentaria ser. Ao demandar um dos clientes do colega, ele acaba ficando com uma patinha feia com quem ele acabou tendo um certo tipo identificação no final das contas.
Isso tudo serviu para que as relações que foram destruídas começassem novamente a se reconstruir. Devido sua prepotência e vontade de fazer mais do que deve, ele acaba dando um passo em falso, e para não perder a boca que conseguiu de Harvey, acaba tendo que descer do salto e pedir ajuda à Rachel. Mesmo desgostosa, ela doa tudo de si e encontra uma saída para o problema criado pelo advogado que no final das contas acaba abrindo-se parcialmente à namorada de Mike.
Outra pessoa que teve que sair da sisuda pose de toda poderosa foi Jessica, que depois de contar uma bela de uma mentira para o namorado, precisa desesperadamente da ajuda de Harvey e principalmente Louis para manter seu relacionamento de pé. Aliás, eu adoro essas conversas que eles têm no telhado, imagina toda vez que você tiver um assunto sério para tratar com alguém, convocar um particular em um dos arranhas céus de Nova Iorque? Luxo, não (mesmo que tenha sido um Chroma Key sem vergonha, rs).
Pois bem, depois de conseguir trabalhar com Rachel, mais amolecido, Louis compra a mentira de Jessica e reitera a história com Jeff. Eu não me importo muito com o relacionamento ou os 50 Tons de Cinza que Jessica tem com Malone e realmente não tenho a menor vontade de ver esse drama eclodir mais para frente (mesmo que eu saiba que vá, pois está virando uma bela bola de neve) – O importante aqui é que Litt parou de babaquice e mais uma vez jogou como um time com seus colegas – lembrando o cara que sempre conhecemos e aprendemos a amar.
O caso da semana mexeu com o orgulho de Harvey. Seu antigo professor de Ética em Havard, uma pessoa com quem ele sempre se sentiu diminuído e desacreditado, o procura para pedir ajuda para livrá-lo de uma complicada situação. Não achei nada muito complexo, mas é interessante ver que um cara tão certo de si como Harvey tem seus pontos fracos e um deles era o fato de não ser bom o suficiente para um dos seus mestres. No final das contas, ele acabou por ser melhor e mostrou que sabia mais de ética do qualquer um, não precisando lançar mão da mentira inventada por Gerard para resolver seu problema. O mais importante dessa história toda foi sabermos que o professor sabe que Mike nunca estudou em Havard e que Harvey, mesmo doído, preferiu não contar isso para o pupilo.
Com uma construção interessante, como sempre, mais uma vez Suits foi eficiente em prender a nossa atenção com dinâmicas inteligentes, tanto de enredo quanto nas relações de seus personagens. Respect foi o início da caminhada de Louis como o sócio que ele sempre quis ser – se eu fosse ele, também ficaria namorando meu nome na porta. Ver que ele, mesmo se sentindo traído pelos colegas, ainda consegue ter algum espírito de equipe é importante para o futuro do personagem e da série. Agora que já recapitulei o episódio em que ficamos defasados, vamos comentar o dessa semana?
4×12 –Fork in The Road:
Gente, o que foi esse episódio? Simplesmente maravilhoso! Eles fizeram as coisas mais legais que podem ser feitas em uma série: Flashblack + Roadtrip. Sério, não tinha como sair coisa ruim dessa mistura, ainda mais se tratando de uma série como Suits, que construiu – e descontruiu – de forma magistral a relações entre seus personagens.
Depois de dar abertura para a reaproximação de Louis com Jessica no episódio anterior, esta bem sabe que para as engrenagens do seu escritório voltarem a funcionar direitinho, Harvey e Litt precisam resolver toda a problemática com Mike que está entre eles. Specter então planeja dar metade do controle de um dos seus maiores e mais significantes clientes para o colega, mesmo que isso implique em algumas horas no carro com os dois bicudos.
A partir daí posso dizer que o Forks on The Road foi fantástico, tanto pela forma com que o emocional dos personagens entraram em ebulição dentro do veículo, tanto quanto pelo controle que Harvey tinha da situação. Louis e Mike chegaram ao limite de entrar na porrada – com Litt surpreendentemente levando a melhor, para depois cair no choro.
Eu sabia que Louis se sentiu traído por todos por ser o último a saber da história de Mike, mas eu não tinha ideia que tinha representado um golpe tão profundo para o personagem. Ele desabou e ficamos sabendo que tudo que ele precisava ouvir, desde o princípio, era um “Im sorry’’ e ele finalmente veio. Achei o diálogo dos dois bem profundo, com o advogado assumindo pela primeira vez que Mike não é uma fraude – ele somente não estudou direito.
O que falar dos sempre eficientes flashbacks? Muito legal poder ver Harvey e Louis antes de se tornarem sócios e como eles chegaram nesse posto. Coloque aqui todo o jogo que Daniel Hardman sempre fez com seus subordinados e uma Jéssica que ainda não dava as cartas. Eu achei muito fofo quando Harvey e Louis jantaram como amigos e brindaram a ideia de Litt de os dois formarem um time para juntos serem alçados a posição sênior dentro do escritório.
Vimos que desde sempre o que Louis quis foi se sentir parte de uma família, e mais uma vez ele sentiu que Harvey o deixou na mão. Em um embate entre o que é certo para si vs. o que é certo para a firma, Louis (surpreendentemente) acabou se sobrevalendo sobre Specter, colocando a Pearson Hardman acima de tudo e assim sendo promovido antes do colega. Esse fato me surpreendeu, pois todos os acontecimentos conjecturavam para o contrário, mas o que Hardman se importava era quem colocava a firma acima, inclusive, da própria moral.
Além de saber que a disputa velada entre Louis e Harvey, de uma forma ou de outra, sempre foi incentivada dentro do escritório, acabamos por descobrir que Mike se fez de advogado mais de uma vez. Há seis anos atrás ele já dizia ser estudante de direito para conquistar menininhas, brinks. Ao mentir para Claire ( Troian Bellisario ou Spencer de Pretty Little Liars), ele não imaginava que a história voltaria contra ele mesmo em algum momento. Mas obviamente, ele não pensou que fosse ser descoberto e muito menos nos fatores que poderiam acabar se voltando contra ele – um chefe enxerido, no caso.
O episódio em geral, além de ter finalmente Louis e Mike se acertando, deu a oportunidade para nós aprendermos um pouco mais da história dos personagens, como Rachel conseguindo seu emprego de paralegal, bem como ver alguns que há muito não apareciam na série (como a superfofa vovó Ross e Trevor – o amigo maconheiro de Mike). Por mim, foi um dos melhores episódios da temporada – e olha que eu classificaria o quarto ano como uma obra prima do mundo das séries. Impressionante como a série nos cativa, mesmo não sendo uma ficção fantástica com vampiros ou heróis, e isso é uma da coisas que eu amo em Suits: A tangibilidade de tudo o que se assiste.
Fique agora com a promo de Derailed, que vai ao ar dia 18 de fevereiro.
ps: O Dialogo de Donna e Rachel no começo do episódio foi meio descartável, mas de qualquer forma eu adorei as duas comentando Game of Thrones. Por isso que eu digo que Suits é uma série bem real, quem é que não fala das suas séries entre um drink e outro com os amigos?
ps²: Agora que Louis acolheu novamente Mike, será que o jovem perigará ser exposto por sua farsa novamente?
ps³: Bem que a Spenc…Claire poderia aparecer novamente. Troian Bellisario e Patrick Adams são noivos na vida real e pareciam estar se divertindo em cena.
Psssss: Mais um episódio com uma fantástica atuação de Rick Hoffman, impressionante como ele mesmo sendo odioso, não consegue me fazer deixar de amar o personagem. Louis é muito mais sensível que qualquer personagem da série e ele é um elemento que serve para humanizar o contexto tão racional que é o de um escritório de advocacia.
Psúltimo: Quem adorou o Harvey fomando fofíssimo no anuário?
E vocês, o que estão achando de temporada até agora? Fique a vontade para comentar e complementar a resenha.
