Desde já, peço desculpas pelo atraso na publicação da review – culpa do carnaval. Mesmo seguindo o trio em Salvador, eu não consegui parar de pensar que deveria estar assistindo Suits. Então, voltando para casa, a primeira coisa que fiz foi pegar God’s Green Earth e correr para comentar com vocês.
Se semana passada a confusão toda de Mike atingiu Donna e Louis em cheio, agora é a vez de mostrar que os estilhaços da farsa dele vão machucar muita gente – até aquelas que, em tese, não tem nada haver com a história. Durante muito tempo nós só vimos Mike colhendo os louros de ser um profissional excepcional, que até esquecemos que tudo era de faz de conta. Agora a merda está no ventilador e vai ser muito difícil para ele e Harvey saírem dessa ilesos.
Gibbs é implacável! Suits mais uma vez nos dá uma mulher de personalidade forte em um papel decisivo para história. Ela sabe que tem do seu lado a verdade, que só falta reunir provas contundentes para prová-la e fazer com que os nossos queridos personagens arquem com as consequências das suas atitudes. Obviamente, o sistema legal norte americano – como já vimos em diversas outras séries do gênero – abre uma brecha para uma abordagem um tanto quanto “violenta” por parte dos advogados e procuradores. Gibbs cerca Harvey e Mike por todos os lados e estava até demorando para Rachel ser requisitada por ela.
A noiva de Mike, desde que tudo caiu por terra, tem tentado ser resiliente ao lado do amado. Mas é nela que também reside a maior insegurança. Tendo em vista sua preocupação com o futuro – tanto dela, quanto o de Mike – vimos ela jogar toda a hipocrisia de lado e repensar sobre as suas prioridades. Mas foi ao ver sua sonhada graduação em direito em Columbia colocada em risco que fez ela tremer na base.
Mike então se lança em uma peleja para tentar segurar os avanços da procuradora. Com a sua memória fotográfica ele lembra do assessor que tomou os exames da faculdade com ele e, com isso e uma dose de chantagem, consegue informações que provariam a coerção das testemunhas por parte de Gibbs.
Para Harvey, que está trabalhando incansavelmente em conseguir uma saída para o julgamento, a ferida do seu relacionamento com Scottie reabriu quanto esta veio tomar satisfações por Mike tê-la procurado. Eu confesso que tinha uma implicância com ela por motivo ~ Donna ~, mas a interação dos ex-casal me fez ter um pouco mais de empatia por Scottie. A mentira sobre a aptidão de Mike para advocacia trouxe muitas vitórias e crescimentos para ele e seu mestre, mas também deixou muita coisa pelo caminho. No primeiro ato da 5ª temporada de Suits vimos que a dificuldade de Harvey em manter relacionamentos foi algo crucial para o seu desmonoramento. Quem sabe se ele e Scottie tivessem funcionado, as coisas não estariam em outro estágio agora.
Jessica – rainha – também se vê em apuros quando o nome da sua firma, algo pelo qual ela desistiu de tudo, é jogado na lama com a publicização da situação de Mike. Os clientes, é claro, querem se evadir e Soloff tenta ajudar a encontrar uma solução. Falando nele, finalmente ele se portou como eu esperava desde que ele surgiu. Um homem capaz, que trabalhou a vida toda dele pela Pearson Specter Litt não abandonaria o seu projeto de vida no momento em que mais se precisava dele para pormenorizar a situação com o restante dos profissionais. Finalmente ele deu um passo para conquistar a confiança de Jessica – e um possível nome na parede – ao entregar para a presidente da nação o podre que fez ele ficar nas mãos de Hardman na primeira metade da temporada. O que será? Fiquei bem curiosa.
As vezes me pego pensando: Mike realmente comprou a vida que ele tinha, né? Porque as vezes acho ele um tanto quanto arrogante no que tange a cobrança dos outros sobre tudo. Todo posicionamento dele sobre Jessica estar tentando manter a sua firma de pé no meio desse furacão foi bem egoísta e, mesmo sendo um personagem periférico, Malone fez muito bem em situá-lo novamente no planeta terra. Jessica aceitou o que ele e Harvey fizeram e agora vê tudo o que ela construiu na vida em risco por conta desse capricho, e ele vai e fala que ela não teve que abrir mão de nada? Faça-me o favor.
A menção honrosa do episódio vai para Rick Hoffman. Mais uma vez o ator prova com seu Louis Litt que sabe transitar entre o cômico e o trágico com uma credibilidade impressionante. Louis consegue nos fazer rir e chorar em questão de minutos. Primeiro toda sua desesperança em ver que não há candidatos para associados junior de Havard e à princípio ele pensa ser uma represália de Sheila. Na ponte aérea para Boston, ele descobre que nenhum graduando quer se arriscar começando a carreira na Pearson-Specter-Litt. Isso faz com que, mesmo depois de uma resistência inicial, Louis quebre a sagrada regra e abra as portas para outros centros de excelência jurídica dos Estados Unidos. Mas pasmem! Mesmo assim, ninguém quer entrar nessa ciranda polêmica que virou o escritório.
Aliado a tudo isso, ainda vemos ele tendo que mais uma vez enfrentar Sheilla. E, muito mais do que se livrar de uma testemunha em potencial, Litt quer proteger a sua ex-futura-esposa de ser execrada no tribunal por Harvey. Foi melancólico ver ele a humilhando para dar um aperitivo do que a esperava no tribunal. O único momento de “alívio” foi a interação dele com Gretchen. A substituta de Donna conquistou o chefe ao revelar sua relação com Norma e, depois, confessou que foi ela que pediu o perfil de Mike na revista como uma surpresa para Harvey, sendo o estopim de toda a confusão. Foi bom ver que a secretária não é boba e sabe de toda a verdade, posicionando-se como mais uma aliada de todos e creio que cativando de vez o novo chefe.
A bomba do episódio mesmo veio no final, quando Donna interrompe o discurso esperançoso de Mike para informar que Gibbs conseguiu enquadrar Trevor como testemunha. Caso você não se lembre, o ex-melhor amigo de Mike foi o motivo dele não poder ingressar e Havard, já que ele foi pego fazendo a prova por ele. Além disso, temos todo o envolvimento de Trevor com o tráfico de maconha – que também serviu de ponte para fazer o caminho de Ross cruzar com o de Harvey no fatídico dia em que o melhor advogado de Nova Iorque estava entrevistando possíveis candidatos à associados.
Trevor pode se provar o inferno na vida dos nossos protagonistas, sendo uma testemunha chave para fazer o caso de Gibbs se concretizar de vez. Aposto que semana que vem teremos que segurar o nosso fôlego com o início do julgamento de Mike no tribunal. Eu realmente não vejo uma saída à não ser a condenação para o jovem, a não ser que alguém – Rachel – ceda a pressão da Promotora e aceite o acordo para dedurar Harvey e Jessica. Vamos acompanhar.
Fique agora com a promo de Self Defense, que vai ao ar dia 17 de fevereiro:
E você? Acha que o barco vai afundar de vez para todos na Pearson-Specter-Litt? Algum chute sobre qual é o segredo de Soloff? Fique a vontade para comentar o episódio conosco.
Observações:
– Será que Mike realmente é diferente de Harvey, como Rachel afirmou para Scottie?
– Finalmente Donna e Rachel se acertaram.
– Gente, como assim só tem mais 3 episódios nessa temporada???
– Quando Scottie falou sobre psicólogo, me lembrou de algo: Cadê a dra. Paula? Aposto que todo potencial dramático da vida pessoal de Harvey deva ser explorado na próxima temporada.
– “I’m going to kick some ass, and remind them that I’m fierce. “ – Pearson, Jessica.
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