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Supergirl – 1×02 Stronger Together

Por: em 4 de novembro de 2015

Supergirl – 1×02 Stronger Together

Por: em

Longe do vigor de sua estreiaSupergirl faz um segundo episódio morno e que já dita seu tom nas palavras proferidas por Kara no começo: “Essa não é a história dele. É a minha.” Entre inúmeras citações ao Superman e a toda a sua jornada como herói em Metrópolis, Kara precisou, mais cedo do que esperava, lidar com o peso da comparação  com o primo e com as consequências do seu próprio modos operandi. Não foi nem de longe um capítulo empolgante como seu inicial.

Kara-Supergirl

Mas, há coisas a se elogiar. O fato destes questionamentos de Kara quanto a imagem que as pessoas estavam fazendo da Supergirl já tenham aparecido (e teoricamente se encerrado) no segundo episódio mostra que a equipe de texto parece saber exatamente até onde quer levar sua história. É bem interessante como Stronger Together começa mostrando Kara preocupada com o desastre ambiental que causou durante uma boa ação e mescla isso com a pressão que a garota vem sofrendo da parte de Hank, no seu “trabalho extra.” Os diversos embates com seu “chefe”, aliás, não parecem ser mero acaso ou apenas fruto da desconfiança de Hank a respeito da alien. Os olhos vermelhos na sequência final mostram que o personagem, de alguma forma, também está ligado a Krypton e talvez a Astra e essa é uma história bastante promissora.

Kara sabia que não seria fácil assumir um papel de super heroína, mas mesmo assim, foi lá e o fez. E gostei de ver como o roteiro a fez segura de sua decisão. Quem assistiu Smallville, sabe a quantidade enorme de vezes que Clark se questionou a respeito do uso dos seus poderes. Spoiler: Não foram poucas. Claro que precisamos dar as devidas proporções de idade, já que Clark ainda era um adolescente no começo da série, mas mesmo adulto, o futuro Homem de Aço ainda vacilava uma vez ou outra, coisa que não aconteceu com Kara. Pelo contrário. Ela deu a cara a tapa e ao invés de lamentar o fato de começar a ser vista com descrença, decidiu agir para mudar isso. Ponto para a Supergirl.

Neste ponto, duas frentes merecem ser comentadas. Primeiro, a mudança de opinião pública que ela conseguiu impor, com a ajuda de James (Por favor, comecem a chamá-lo de Jimmy, porque tá complicado me acostumar!) e Winn. É bacana como a relação da jovem com os dois vem se estabelecendo. Ela confia em ambos, eles sabem sua identidade e parece claro que no futuro, isso irá evoluir para algum tipo de triângulo amoroso. Não é exatamente a vertente que eu gostaria de ver explorada, mas acho difícil isso ser evitado.

Segundo, sua relação com Alex, que segue como uma das coisas mais interessantes da história até agora. Chyler Leigh está excelente no papel de irmã preocupada e em nada lembra a saudosa Lexie Grey. A impressão que vem sendo passada é de que Alex possui uma preocupação quase que exagerada com a irmã (como por exemplo, a repreensão por Jimmy  James e Winn conhecerem sua identidade) e que isso de alguma forma pode ser usado para a construção da trama, bem como sua própria segurança, já que estamos no segundo episódio e ela já foi sequestrada por um vilão.

Astra-Supergirl

Foi uma ótima surpresa descobrir que não estávamos vendo apenas um “caso-da-semana”, mas sim um pedaço maior da grande trama que envolve a General Astra, tia de Kara. Imaginei que a série demoraria a colocar as duas frente a frente e até temi uma história a lá Usurpadora, com Astra fingindo ser a mãe de Kara. O confronto entre as duas personagens foi excelente e espero que o roteiro logo torne claro quais são os reais planos de Astra – porque certamente tem algo ali maior do que uma vingança por ter sido presa em Fort Rozz.

Outra personagem feminina que se destacou foi Cat. A chefe de Kara continua tão fútil e interesseira quanto no primeiro episódio e seu interesse em capitalizar em cima da Supergirl combina com a personalidade apresentada e com o clima meio Devil Wears Prada que a série se propõe nesse núcleo. Por outra via, é esse perfil capitalista da personagem que a torna uma das com maiores possibilidades de crescimento. Sua tão sonhada entrevista com a Supergirl aconteceu. Veremos, agora, o que ela consegue tirar de útil disso.

De modo geral, foi um episódio fraco. Serviu para aprofundar um pouco os dilemas pessoais de Kara e apresentar melhor o universo ao seu redor, mas não tem a mesma qualidade que o piloto e, quando consideramos que a série está dando seus primeiros passos e precisa conquistar uma audiência firme, isso se torna perigoso. Fica a torcida para que, semana que vem, a qualidade esteja mais alta.

Fique com a promo de Fight or Flight e me conte: O que achou deste episódio? Conseguiu se empolgar ou também achou fraco? Semana que vem nos encontramos de novo!

Outros comentários:

  • Uma cobra de estimação. Legal.
  • Kara esquentando o café com os olhos: Melhor cena. Me fez querer ser kryptoniano.
  • Eu sei que muita gente deve se fazer o velho questionamento de como ninguém reconhece a Kara ou o Clark, mas… Isso é da mitologia original, então, não resta muito o que fazer a não ser aceitar.
  • Adorei todas as citações ao Superman, especialmente a da Fortaleza da Solidão.

Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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