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Supergirl – 1×07 Human for a Day

Por: em 9 de dezembro de 2015

Supergirl – 1×07 Human for a Day

Por: em

– Eu me sinto tão impotente.
– Isso é humano.

Em seu melhor e mais divertido episódio até agora,  Supergirl consegue fazer rir, emocionar e fazer valer aquela velha máxima que a gente escuta pelo menos umas 450 vezes em qualquer série de super herói: Qualquer um pode ser um herói. Um herói não é só alguém que usa uma capa e voa em direção a um problema. A essência é mais além. Um herói é alguém que abdica de sua segurança pela de outrem. É alguém que está disposto a dar a cara a tapa para fazer aquilo que considera ser certo. Alguém que o quer ser; alguém que o é, por simplesmente ser. Sem forçação de barra, sem precisar provar nada para ninguém além de si mesmo. Em outras palavras: Tudo aquilo que Kara foi essa semana.

A ausência de poderes foi uma jogada muito esperta. No começo, a explicação me soou até um pouco estranha, mas pensando um pouco na origem dos poderes dela (e, indo mais além, observando o universo da DC como um tudo), fui convencido e, no fim das contas, toda a situação foi uma grande metáfora e um empurrão para que Kara conhecesse a si mesma, sem poderes. Era óbvio que ela iria se descontrolar no começo e foi até divertido ver sua preocupação e seus humans problems, como um simples resfriado. Outra vantagem que esse plot trouxe foi uma aproximação gradual com James, que funcionou muito bem e em momento nenhum pareceu forçada. Ainda continuo no #TeamWinn (na verdade, eu prefiro ela sozinha, mas se tiver que escolher um lado, fico com o nerd), mas pela primeira vez, seu contato com James não me incomodou.

james-kara-supergirl

Ele estava ali, hoje, como mais que um amigo. James foi a voz da razão para uma Kara desnorteada e sem habilidades. Mesmo sem um incentivo direto no começo, foi seu ombro amigo e suas conversas que incentivaram a personagem a seguir em frente e decidir fazer algo, como no caso do assalto, mesmo sem poderes nenhum, na melhor cena do episódio. Naquele momento, Kara foi a síntese perfeita do herói.

Outra vantagem que sua “condição” nesse episódio trouxe foi uma maior aproximação com Max. Prever os próximos passos ou mesmo o jogo de Lord, é quase impossível. Mas, de verdade, não acho mais que ele seja realmente um vilão. Diria que é alguém que sofreu muito, foi talhado pela vida e, por isso, procura uma forma de compensar afligindo as pessoas a mesma desconfiança e os mesmos percalços que a vida colocou em seu caminho. A Supergirl, então, foi uma das maneiras que Lord encontrou de canalizar sua passivo-agressividade. Mas assim como Cat, acho que logo o veremos no time da Supergirl.

E por falar em Cat, que momentos incríveis. Que personagem! De muito longe, a melhor. Saiu em defesa da Supergirl, como uma mãe sai em defesa dos filhos. E de certa forma, é dessa maneira que Cat se sente com relação a garota: Um pouco mãe, um pouco amiga. Na cabeça dela, ela criou a Supergirl, então ninguém mais (e muito menos Max Lord) tem permissão para falar mal. A cena final entre as duas e a Supergirl falando que a jornalista a inspirou certamente simboliza o começo de uma parceria que tem muito a render.

caçador-de-marte-supergirl

Do outro lado do episódio, a coisa foi tão boa quanto. A presença de Jemm (muito bem caracterizado, por sinal) na DEO deu um toque de filme de terror a todo esse plot e ver Alex tomando as rédeas da iniciativa e colocando Hank contra a parede foi uma excelente surpresa, porque eu podia jurar que demoraria anos ainda até que a série decidisse seguir de vez com essa trama. As cenas da morte da equipe e da perseguição tiveram um tom meio “Como seria Resident Evil se fosse um filme noir”, mas funcionaram muito bem. Minha única “queixa” é para o fato de terem gastado um personagem tão interessante quanto o Jemm em uma trama de 1 episódio. Ok, existem vários prisioneiros da Zona Fantasma, mas o poder do cara tinha um bom potencial e eu queria ver isso ter sido mais usado. Mas vamos lá, vida que segue.

Foi uma bela surpresa o fato de Hank não ser Hank e sim J’onn J’onzz, o famoso Caçador de Marte. É uma virada promissora e interessante, que coloca o personagem em um novo lugar. Sua história de que o verdadeiro Hank morreu na mesma expedição em que o pai de Alex e Kara morreu é convincente e seus motivos para ter assumido o lugar do mesmo também. Talvez eu esteja sendo ingênuo (se for o caso, estamos juntos, Alex), mas me pareceu bem sincero e eu estou bastante empolgado para ver os desdobramentos dessa história.

Winn-supergirl

No fim das contas, ainda deu tempo de fazer o Winn sofrer um pouco mais. Roteiristas, por favor, sem sadismo. Foi super bacana a interação entre o personagem e Cat (qual o nome favorito de vocês pelo qual ela o chamou? Não consigo escolher) e é muito melhor investir nisso do que em mais dor de cotovelo por Kara e James. Pelo menos, o ouch que ele deu no final foi ótimo. “Estou decepcionado com você e não com a Supergirl”. Te cuida, Kara.

Outras observações:

  • Cat falando que o melhor de Kara é que ela nunca adoece foi de chorar de rir.
  • Kara nas mãos de Astra às vésperas do fall finale. E agora, José? Apostas?
  • Será que a Supergirl vai acreditar na história do Hank. Que não é Hank. Mas é mais fácil chamar de Hank. Que confuso.
  • Vendo o James de regata, eu subitamente entendi de onde veio o interesse repentino da Kara. rs

Fique com a promo do fall finale de terça que vem. Nos vemos lá!

 


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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