Galera senta aqui comigo e vamos falar sobre Supergirl e assunto para colocar em pauta não acaba. Pra começar, essa semana saiu a noticia que vai haver um crossover sim com The Flash, eu surtei e sei que você também surtou e se não, é porque ainda não assistiu a série do velocista escarlate e recomendo que dê uma pausa nas demais séries e vá assisti-la porque merece um tempinho seu! Vamos discutir também sobre como essa série está ganhando fácil fácil o posto de uma das minhas favoritas, cada semana uma surpresa agradável e nesta semana não passou diferente disto.
Foi com muita empolgação que recebi a Bizarro Girl, já havia lido algumas notícias que a Supergirl às avessas iria aparecer então já estava cheia de expectativa para ver o espelho da superheroína, expectativa felizmente correspondida. O mais legal foi condução do episódio, que fez questão de frisar que Jane Doe (nickname para “desconhecida” nos EUA) não era a real vilã ali, aliás de vilania ela não tinha nada. Na verdade quem mexia os palitinhos era Maxwell Lord, que semana passada pode ter ficado caladinho, mas nesta fez questão de fazer alarde.
Por falar em Lord, eu sei que o cara é o vilão, e não qualquer um, provavelmente vai ser a ameaça constante da Supergirl, assim como Lex Luthor está para o Superman, mas simplesmente não consigo odiar o cara, justamente pela construção do personagem. Sabe aquele vilão interessante que você está concentrada demais em desvendar suas motivações – uma vez que seu passado ainda não foi completamente apresentado – daí não tem tempo para focar no seu ódio por ele? Então, é como me sinto em relação a Maxwell. O complexo de Deus, que é provavelmente uma das características mais fortes dos inimigos dos super-heróis, foi bem abordado no episódio na maneira como o multimilionário sentia-se intocável. E por falar em Maxwell, lembramos de Alex, eu adoro cada momentos dos dois em cena e como os atores trazem a química para as câmeras. A forma como os dois são pontos opostos de um plano, um é estratégico enquanto outro é imediato, faz com que a atração entre eles e suas interações interessantíssimas.
Essa semana a ideia apresentada do início ao fim foi mostrar a compaixão da heroína, algo que já mencionei semana passada sobre ela lidar com tudo da maneira mais heroica possível, o que nos induziu a um drama sobre conciliar a vida de Kara Danvers e Supergirl. Acho essencial como a série dá a oportunidade e talvez uma “mordomia” de proporcionar questões de “ser” para a jovem, enquanto seu primo luta contra vilões dispostos a muito mais, deste lado da história problemas mais interiores, o que é um contraponto muito legal.
Bizarro foi a escolha certa desta semana, após alguns episódios voltados para os dramas pessoais de outros personagens, esse trouxe o próprio drama da protagonista, uma ameaça caracterizada por ser justamente o oposto da heroína em todos os quesitos: amor/ódio, bondade/maldade, gelo/fogo, salvar/matar, e por aí vai. A propósito, Melissa que vem em uma curva ascendente na produção, neste episódio ainda colocou-se a brincar com a personagem, apresentando duas versões opostas da Supergirl. Embora show caracteriza-se pela sua leveza – apesar de tudo, desde as características técnicas em si e os diálogos trazem essa ideia – apresentar a Bizarro foi uma decisão interessante por ser uma personagem com muito potencial.
Potencial esse que não foi esquecido durante o episódio, pelo fato da jovem ser um experimento de Lord, o que torna tudo mil vezes mais interessante. Mesmo que sua motivação mais profunda seja simplesmente destruir a heroína por influência do cientista, ver como esta foi um peão no jogo de Maxwell e deixar as claras o quão injustiçada de fato é foi uma abordagem legal da produção. Podemos ver como é conflituoso no interior da Bizarro, que tentava ser fiel ao seu criador e as ideias postas por ele, mas não deixava de ser no fundo a Supergirl, compartilhando o mesmo DNA com a heroína, por sua vez, suas ideias não eram tão obstantes assim.
Este foi um episódio de contrapontos, o que não faltou durante sua exibição. Enquanto Alex estava determinada a destruir a ameaça, Supergirl estava decidida em salvá-la. A irmã mais velha colocou-se em proteger todos que ama, levando a uma série de decisões em prol disto. O roteiro também dedicou-se a levantar outra vez o questionamento – que cerca dos filmes, às séries e quadrinhos de super-heróis – é de fato possível levar uma vida normal enquanto tenta salvar o mundo? Para Kara não havia espaço para pensar em relacionamentos e afins enquanto dia após dia enfrenta uma nova ameaça – adeus, Adam, esperamos que volte logo! Esses contrapontos foram essenciais para outra vez bater na tecla da personalidade de cada personagem e crescimento dos mesmos.
A série segue constante no seu crescimento, frisando sua proposta semanalmente, não de trazer vilões épicos, mas de abordar questões pessoais para todos com esses vilões. Embora o relacionamento entre Adam e Kara não tenha sido o foco do episódio este teve seu destaque mais que necessário, que poderá proporcionar agora um atrito da jovem com Cat. Adorei ver Blake Jenner e espero vê-lo outra vez, mas sua contribuição já foi necessária. Winn teve sua volta ao Team Supergirl, embora algumas coisas ocorreram as pressas demais, como o garoto aconselhando James ir atrás da garota que duas semanas atrás ele confessou seu amor, um pouquinho exagerado, mas vou perdoar.
Então pessoal, me contem o que acharam do episódio desta semana logo aí abaixo, sem observações minhas por hoje, quero a de vocês haha! Até semana que vem. E fiquem com a promo do próximo episódio, que por sinal, promete também!
