Eu tenho dois critérios para medir se um episódio foi bom: o primeiro é se eu reagi aos acontecimentos dele e o segundo é se achei que o tempo passou rápido demais. E as duas coisas aconteceram com esse episódio de Supergirl.

Em primeiro lugar quero dizer que gostei muito da abertura padronizada para os episódios, assim como as passagens de cena. Também gostei das cenas nos apresentando a Terra X e com todos os heróis lembrando de confirmar presença no casamento, até chegar em Kara e Alex decidindo não ficar em casa sofrendo pelo término de seus relacionamentos.

A volta de Mon-El no episódio passado trouxe consigo a possibilidade de enfrentarmos uma outra grande fase de tristeza por parte de Kara, com um possível triângulo amoroso, e acredito que nenhum de nós quer isso. Logo esse crossover serviu para tirar um pouco do foco dessa situação e talvez impedir que ele se torne um tiro no pé da série na próxima semana, afinal Kara vai estar com uma visão diferente das coisas quando retornar da aventura ao lado dos maiores heróis da Terra.

Reprodução/CW/Show Case

Casamentos normalmente são momentos lindos na vida das pessoas. Traz o sentimento de esperança de que o amor verdadeiro existe e que o mundo pode ser bom, e as pessoas podem compartilhr de sua felicidade por alguns momentos com os seus entes queridos. A não ser que estejamos falando do casamento de algum super-herói, porque esses sempre geram confusão. Vide o casamento de Lois e Clark em Smallville que a gente nunca conseguiu assistir porque foi invadido pelo Dark Side.

E no casamento de Barry e Iris não seria diferente. Tivemos belos momentos antecedendo o clímax do episódio. O discurso do Joe, a conversa entre Barry e Oliver sobre como ter pessoas que amamos ao nosso lado nos ajuda a sair dos problemas, a reunião entre as meninas… E quando a invasão dos vilões da Terra X finalmente aconteceu posso dizer que não deixou a desejar.

Reprodução/CW/Show Case

O mais interessante nessa história toda é que os vilões são as versões más dos nossos heróis Oliver e Kara, com o retorno de Tommy Merlin como o Prometheus daquela Terra (para arrasar com nossos corações) e ninguém mais ninguém menos que Eobard Thawne que se recusa a continuar morto. Isso significa que nossos heróis terão que se superar, afinal de contas eles tem que combater a si mesmos, enquanto que nosso velocista escarlate vai precisar superar aquele que pra ele ainda é seu maior inimigo, pois por mais que Barry o vença o assassino de sua mãe continua trazendo problemas.

Também aprendemos um pouco sobre a Terra X e sua terrível história. Imaginem que coisa triste seria viver num lugar como aquele? O gancho do fim do episódio, revelando a identidade dos vilões (como se a gente já não soubesse), nos deixou curiosos para assistir o episódio de Arrow e entender melhor qual o objetivo dessa galera ao invadir a Terra dos nossos heróis.

Observações:

• Quão engraçada foi a cara da Sara quando a Maggie disse “É ela”?
• #OdeioNazistas
• “O que houve com Mon-El?”. “Fim do mundo”, “Já superei isso”, “Viagem no tempo”, “Já fiz muito isso”, “Ele se casou com outra pessoa”, “Não tenho nada para isso, desculpe”. Eu entendo o sofrimento da Kara, mas ri muito com esse diálogo.
• “O Espetacular Homem-Grudento”. É, não soa assim tão bem… Mas o Cisco consegue nome melhor!
• Só eu achei bizarra aquela garçonete que ofereceu espumante pro Barry? Acho que tem coisa aí, talvez ela seja uma das metas do ônibus?
• Sincronismo perfeito da Sara com a Alex, desde o rasgo do vestido até as cenas de luta. Estão de parabéns!
• Eu já assisti o episódio de Arrow e cara, a coisa continua boa. Bastante ação e aquele ar cômico comum de Supergirl e Flash que a gente não costuma ver na série do Arqueiro, mas que encaixou super bem.
• Bizarro ver a Kara do mal. O Oliver a gente não estranha tanto por dois motivos: o Arqueiro já tem um lado sombrio conhecido para todos nós e a atuação do Amell não muda tanto assim…
• Vocês devem ter percebido que eu tô sempre citando Smallville né? É que foi a primeira série de super-herói que eu assisti, então tenho uma carinho especial e por ser do mesmo “universo” não consigo evitar as comparações com o que eu aprendi na série do Superman.