Se Deus cair, quem é que vai assumir?
A 11ª temporada de Supernatural começou com uma proposta interessante, manteve o bom desempenho e a história ficou mais intensa com o passar dos episódios, mas nada, NADA, nada nesse mundo poderia nos preparar para esta mid-season finale. As expectativas estavam altas diante do possível retorno de Lucifer, mas os roteiristas entregaram algo muito além. “O Brother Where Art Thou?” foi simplesmente épico e já entrou na lista dos melhores episódios da série. Simples assim.
Amara começou a mostrar toda a sua fúria e tentou de todas as formas entrar em contato com Deus. As cenas com ela foram excelentes e comprovaram que ela foi uma escolha mais do que certa para carregar o posto de vilã nesse ano. Aliás, vilã entre aspas, pois entre uma ação em outra as suas razões são compreensíveis. Como ela mesma disse, o problema é com Deus e não com a sua criação, o que criou uma situação extremamente interessante de questionamento das ações divinas. A mitologia bíblica nunca esteve tão forte quanto agora, nem mesmo durante o apocalipse, e é um tanto corajoso como criaram uma imagem de um Deus falho e dúbio.
A ligação entre o Dean e a Amara continuou sendo um ponto marcante e espero que isso prossiga sendo explorado quando a série retornar, isso se a Darkness continuar viva (tomara que sim) depois do que aconteceu aqui. A união de anjos para agir contra a irmã de Deus foi inesperada e por um momento eu desejei que o Castiel fizesse alguma aparição ali no meio, principalmente quando falaram que o líder não possuía capacidade para liderar.
A jornada do Sam se desenrolou de uma maneira mais trágica. Em nenhum momento as visões que ele estava tendo foram comprovadas como sendo realmente de Deus, mas o personagem estava tão convicto disso, ao mesmo tempo em que a situação pedia por medidas desesperadas, que até mesmo grande parte do público foi iludido por Lucifer. Você pode ter suas coisas contra o Sam, até mesmo eu tenho algumas, mas todo mundo precisa concordar que aquela lágrima escorrendo pelo rosto dele foi de partir o coração. Muito mais do que ser enganado, parecia que o último resquício de fé que ele possuía foi destruído.
A Rowena estava ótima nesse episódio e vê-la com uma queda pelo Lucifer foi hilário, um dos poucos momentos cômicos desse 11×09. Por falar na bruxa, o que diabos ela estava aprontando? Será que ela fez algum tipo de pacto com o Lucifer? Fora isso, é interessante notar que a gente nunca teve tantos vislumbres do inferno quanto antes. Toda a ambientação do local, com corredores gigantes, trovões perto das jaulas, o fogo sempre marcando presença, foi bem feita e seria bacana se mais histórias envolvessem o inferno.
E, por fim, Lucifer!!! Finalmente o tio Lu retornou, depois de tantos e tantos anos de espera. E que retorno, hein? Todos os segundos foram incríveis e o senso de humor dele estava mais afiado do que nunca. Estar preso por um tempão deve tê-lo ajulado a pensar em algumas coisinhas para falar. Supernatural irá retornar somente dia 20 de janeiro e é impossível controlar a ansiedade depois desse episódio frenético. Diante de tudo, a maior pergunta é: Será que o Lucifer veio para ficar?
Rowena: He’s so Alpha, isn’t he? Probably not relationship material, though.
Crowley: Mother, you’re drooling. Get ahold of yourself.
Observações:
-Eu torço para que o Dean não culpe o Sam pela escolha que ele fez ao tentar se comunicar com Lucifer. Não é nem pela briga chata que irá originar, mas sim porque os motivos do Sam foram totalmente compreensíveis. Tempos desesperadores pedem por medidas desesperadas.
-Se a mid-season foi assim, o que estão guardando para a finale? Parece impossível fazer algo melhor que isso!