Nesta semana, Supernatural também entrou na brincadeira e fez um episódio que mais parecia
uma pegadinha de primeiro de abril.
“Red Meat” foi capaz de trazer uma completa mistura de sentimentos. Infelizmente nem todos foram para o melhor, mas já é um baita avanço da indiferença que as últimas semanas estavam repassando. Quando os créditos começaram a aparecer, meu único pensamento era: “O que diabos eu acabei de assistir?”. Depois de passar algum tempo refletindo sobre o que aconteceu, foi difícil tentar decidir se gostei ou não. Sem dúvidas houveram pontos positivos e negativos e, para simplificar as coisas, é melhor separar o texto em três tópicos: O melhor, o pior e o meio termo.
Afinal, o que foi bom?
Não podemos negar que em diversas situações os roteiristas da série são preguiçosos. Para encher linguiça, eles são capazes de criar, às vezes, casos da semana extremamente simples, repetitivos e que em questão de dias já são esquecidos. Dessa forma, é um pouco gratificante ver uma pequena tentativa de inovação acontecer. Tenha gostado ou não, o episódio conseguiu se diferenciar ao abordar a “morte” de um Winchester em uma simples investigação do dia a dia e, além disso, explorar mais a mitologia em torno dos ceifeiros. No geral, a história serviu para reforçar o recado da Tessa de que não irá facilitar a vida dos irmãos, o que abre um questionamento interessante: E se, de fato, um deles morrer, como vão fazer para ressuscitá-lo? E sim, a gente sabe que uma hora ou outra isso vai acontecer.
E aí, o que decepcionou?
Por um lado, o episódio foi diferente ao explorar a [quase] morte em um simples caso. Por outro, FOI TUDO MUITO SIMPLES. O público quase não consegue mais ficar apreensivo quando um Winchester bate as botas em um grande sacrifício, então imagina em uma historinha boba sobre lobisomens? Falando nisso, o caso da semana em si foi extremamente feito nas coxas, mal desenvolvido e que serviu apenas como um pretexto sem sal para supostamente matar o Sam. Em determinados momentos eu até comecei a rir, devido ao fato de que a situação parecia completamente bizarra e inverosímel. Sam Winchester, o cara que se sacrificou para deter o apocalipse, levando um tiro de um lobisomem e sendo enforcado por um ingrato que ele mesmo estava tentando ajudar? E ainda tem a cereja do bolo: “O corpo do Sam entrou em choque, a respiração e os batimentos diminuíram, então ele estava só quase morto”(????????????????????).
Enquanto isso, no meio termo…
A montagem das cenas novamente foi um tanto diferente, no começo intercalando passado e presente para ir ligando os pontinhos no decorrer do tempo. O problema é que um recurso semelhante já foi usado na semana passada e, sinceramente, nem havia muita necessidade de fazer isso aqui devido à simplicidade dos fatos. De qualquer forma, valeu a tentativa… Tirando isso, é sempre bonito ver a relação entre o Sam e o Dean e o quanto um importa para o outro, mas esse negócio de “eu farei o que for preciso pra te trazer de volta” do Dean já virou, como era o esperado, repetitivo – mesmo que compreensível.
No fim, fiquei com uma impressão curiosa: Caso a história dos lobisomens fosse melhor trabalhada e o episódio pertencesse a uma das temporadas iniciais – onde não estávamos saturados dessa história de morte – existiria uma grande chance de que Red Meat se tornasse memorável. Talvez o maior erro foi ele ter chegado tarde demais.
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Observação: Para evitar soar repetitivo como a própria série, evitei falar mais uma vez sobre a ausência da trama principal. Mas sim, ela faz falta.
