A comemoração é tanta que até parece gol da seleção, mas na verdade é só Supernatural voltando a desenvolver sua trama principal.
Finalmente! Finalmente, depois de diversas semanas, podemos falar que a série apresentou um excelente episódio. Claro que Hell’s Angel não é perfeito, grande parte devido ao roteiro que optou por alguns detalhes preguiçosos, mas ele já mostrou um imenso avanço em relação ao que estava acontecendo e abriu a brecha para a esperança de que a reta final será tão grandiosa quanto a história pede.
Primeiramente, é preciso reconhecer que o episódio teve muita informação. O retorno da Rowena, Amara se reerguendo, Crowley conseguindo uma arma poderosa, Dean tentando trazer Castiel de volta, Lucifer/Castiel tocando o terror e ainda mais. Por um lado, isso foi capaz de trazer um ritmo ágil e mirabolante que fizeram os minutos passarem voando. Por outro, enquanto temos que digerir tantas informações, é impossível não se questionar se isso era realmente necessário. Durante sete episódios contínuos a trama avançou basicamente nada, sendo que alguns destes episódios foram completamente dispensáveis. Afinal, não seria melhor distribuir todos esses acontecimentos com equilíbrio, de forma que tivéssemos um seriado estável e não cheio de altos e baixos? Da maneira atual, Supernatural infelizmente pode ir com facilidade do luxo ao lixo, mas, para nossa alegria, também consegue fazer o contrário em casos como este.
Falando sobre o que aconteceu em si, é difícil não destacar a preguiça do roteiro em sempre fazer aparecer algum objeto poderoso na mão de um dos personagens e que este tenha a capacidade de destruir o vilão e blá blá blá. Se um erro foi cometido neste detalhe, um acerto foi no fato de que a tentativa de uso (agora na pessoa correta, risos) resultou em nada. Assim, o poder de Amara parece cada vez mais forte e a chance de derrotá-lo mais longe. Os roteiristas estão mandando bem na tarefa de criar uma vilã que realmente representa o maior perigo liberado pelos Winchesters até então, visto que a cada passo sua força tende a crescer.
A participação de Castiel/Lucifer foi outra parte importante do episódio. Vale destacar as cenas no paraíso e, mais tarde, a “reunion” (?) que aconteceu dentro do receptáculo. Foi triste ver a situação praticamente depressiva do Castiel, basicamente desistindo de lutar. Essa tentativa de resgate por parte do Crowley trouxe outra grata surpresa, que foi a participação do Mark. Agora, uma pequena observação: Desde que Lucifer estrou no corpo do Castiel, alguma coisa na atuação do Misha me incomodou. Ele é um bom ator e, sem dúvidas, estava se esforçando no papel. Porém, vendo a presença do Mark no mesmo episódio, é visível uma mudança no tom: Enquanto Mark Pellegrino consegue dar vida a um vilão carismático e eventualmente engraçado, Misha Collins faz diversas caras e bocas e no fim acaba representando um Lucifer que só parece um completo psicopata.
A finalização trouxe aquele gancho malandro que a série sabe fazer quando é conveniente. É claro que agora teremos um hiato e o novo episódio será exibido somente no final do mês, dia 27/04. A última cena foi ótima e entrou facilmente para as melhores dessa temporada. Os Winchesters gostariam que Deus aparecesse, Amara está convocando Deus para a briga, nós desejamos que isso aconteça faz muito tempo. E aí, será Deus vai finalmente aparecer?
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Observações:
-Todo mundo sabe que vaso ruim não quebra, então não foi uma grande surpresa ver a Rowena escapando da sua suposta morte. Esta pareceu mais uma escolha dúbia. Lado negativo: Parece um retorno desnecessário, já que com tanta coisa acontecendo, a personagem terá pouco espaço além de causar alguma treta aqui e ali. Lado positivo: Existia um motivo para a morte e retorno, que foi virar a casaca e passar a ajudar a Amara.
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