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Supernatural – 11×20 Don’t Call Me Shurley

Por: em 7 de maio de 2016

Supernatural – 11×20 Don’t Call Me Shurley

Por: em

E enfim, após seis anos, Supernatural finalmente confirmou uma das teorias mais famosas entre os fãs.

A gente pediu e parece que a história felizmente engrenou para a reta final. “Don’t Call Me Shurley” foi um ótimo episódio que, apesar de não contar com grandes reviravoltas, fez um bom trabalho preparando o terreno para o que está por vir.  Quando eu digo que o episódio não contou com grandes reviravoltas é porque sua maior revelação, a confirmação de Chuck como Deus, estava logo nos primeiros minutos – e, convenhamos, isso estava mais manjado do que final de novela das oito.

A tão aguardada inserção de Deus na história não contou com uma aparição de tirar o fôlego, como, por exemplo, quando o Castiel deu as caras pela primeira vez, mas usou e abusou do que a série possui de melhor: O humor. Nem o Metatron estando presente em grande parte das cenas foi capaz de tirar a graça e o sarcasmo dos diálogos, tornando-se um personagem não-tão-detestável nesses quarenta minutos. E o que falar do tão aguardado Deus? Ao menos pelas primeiras impressões é possível afirmar que, enquanto Mark Pellegrino esbanja carisma interpretando Lucifer, Rob Benedict conseguiu apresentar um “herói” (na falta de uma palavra melhor) tão gostável quanto.

Deus tem snapchat, blog de gatinhos, canta bem, é bissexual, possui uma mente aberta. Sinceramente, como não gostar? Porém, nem tudo são flores e a confirmação de Chuck como Deus precisaria concertar alguns problemas no roteiro lá da quarta e da quinta temporada. Afinal, como Castiel não conseguiu encontrá-lo com o colar? Simples, o objeto podia ser desligado. Por que Chuck não ajudou no grande conflito que estava ocorrendo? A mais completa falta de interesse. São explicações básicas que apesar de ressaltarem o quanto os roteiristas conseguem ser cretinos, funcionaram no contexto geral. A mais pura verdade é que Supernatural não pode ser levada muito a sério em algumas situações e essa é uma delas.

Enquanto isso, na outra parte do episódio acompanhamos os Winchesters investigando a presença de Amara em uma pequena cidade. Tirando os últimos minutos, essa trama não apresentou nada demais – mas, novamente, estava ali com propósito construtivo. A ligação entre a Amara e o Dean é bizarramente interessante e é bacana que a série continua explorando isso, dessa vez de uma forma mais extrema, já que a névoa mataria todo mundo exceto o Dean. Aliás, falando da névoa, preciso confessar que achei muito engraçado quando, com intuito de escapar dela, os irmãos fecham a porta e as janelas e em seguida começam a colocar fita adesiva nas frestas… Amigos, sinto informar, mas isso aí não funciona…

“You’re wrong about humanity. They are your greatest creation because they’re better than you are. Yeah, sure, they’re weak and they cheat and steal and…destroy and disappoint. But they also give and create and they sing and dance and love. And above all, they never give up. But you do.”

Incontestavelmente os últimos minutos do episódio foram o ponto alto. Foi uma surpresa ver o amuleto do Dean novamente, ainda mais porque o Sam o encontrou e estava guardando escondido durante esse tempo todo. Caso você não lembre, no 3×08 A Very Supernatural Christmas é mostrado um flashback onde um Sam de oito anos presenteia o Dean com o colar – que deveria ser dado ao John, mas este não apareceu. No 5×02 Good God, Y’All!, Castiel informa que o colar poderia ajudar na procura por Deus, então Dean entrega-o ao anjo. A última aparição do amuleto foi no 5×16 Dark Side of the Moon, quando Castiel conta que ele foi inútil na busca e, por ter passado por algumas desilusões quanto ao Sam, Dean joga o colar no lixo.

Após tanto tempo, os Winchesters finalmente irão conhecer Deus e com isso abre-se uma grande questão sobre o futuro. Como é que a série irá prosseguir agora que, supostamente, o ser mais poderoso do universo foi apresentado? Mais do que isso, como é que os produtores irão criar novas ameaças que representem um perigo real após esses acontecimentos? É preciso ter cuidado quando se mexe com histórias grandiosas, mas estes são problemas que precisam ser resolvidos no futuro e ele, sem dúvidas, parece animador.

Observações:

-Como todo mundo já sabe, Eric Kripke é o criador de Supernatural e abandonou a série depois da 5ª temporada. Uma das melhores piadas do episódio foi tirando sarro dele: “And I started a new series of books, “Revolution”, but I don’t think it’s going anywhere.” Kripke era um dos produtores de Revolution, série da NBC que foi cancelada após apenas duas temporadas.

“Last time I saw that look on an editor’s face, I’d just handed in “Bugs”.” Kripke já falou em entrevistas que considera o episódio 1×08 Bugs um dos piores que ele já fez e é claro que a série não deixou isso passar em branco.

 


Douglas

Possui mais séries na grade do que tempo disponível. Viciado em cultura pop, bandas indies e, principalmente, ketchup.

Curitiba / PR

Série Favorita: Seinfeld

Não assiste de jeito nenhum: Anger Management

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