Quando eu penso que Switched at Birth atingiu todos os níveis de fofura, a série me surpreende, apresentando um episódio que te deixa com um sorrisinho nos lábios enquanto as lágrimas rolam pelo rosto.
O Natal está chegando e a ABC Family resolveu nos presentar com especiais natalinos das suas principais séries, é claro, que para nossa felicidade, SAB estava nessa lista. Sendo assim, assistimos a um episódio que não nos dá nenhuma resposta para as questões abertas pelo desfecho da terceira temporada, tendo um propósito apenas comemorativo. A “continuação da história” fica mesmo para a quarta temporada, que estreia no dia 06 de janeiro, mas isso não nos impede de apreciar esses maravilhosos quarenta minutos.
Tudo começou com a preparação do natal dos Kennish/Vasquez. Era a primeira vez que as duas famílias iriam celebrar a data juntas e, como sempre, Kathryn e Regina discordaram sobre tudo. Além disso, Bay e Daphne achavam a ideia de comemoração das mães biológicas mais interessantes do que a da mães de criação, aumentando ainda mais o conflito. Em meio a tudo isso, as duas garotas, cansadas das brigas, comentaram o quanto queriam que a troca nunca tivesse acontecido enquanto dividem um pão de alho “mágico”. No dia seguinte, em um clima bem “Sexta-feira Muito Louca, percebem que o desejo se tornou realidade.
Já havíamos assistido a um episódio de realidade alternativa na segunda temporada, mas esse foi bem diferente. Dessa vez, tivemos uma noção de como as vidas de todos seriam se a troca nunca tivesse acontecido. Daphne não seria surda e estaria muito perto de se tornar uma medalhística olímpica. Seria Bay quem não escutaria, mas esse fato não a incomodava muito, já que ela tinha uma chance real de se tornar uma artista de verdade. Além disso, nessa realidade diferente, Regina e Angelo teriam outro filho, Angelo Júnior, ou A.J, e Kathryn seria uma empresária importante. Contudo, os problemas entre John e Kathryn, a relação precária entre Toby e John e o alcoolismo de Regina fizeram com que as garotas se desesperassem para desfazer a situação.
Foi muito interessante assistir as cenas em que Daphne percebe que consegue ouvir e Bay descobre que está surda. Deve ser muito estranho acordar e se deparar com uma situação como essa e gostei da forma como isso foi desenvolvido. Achei incrível deixarem o momento em que a Bay acorda completamente mudo, fazendo com que consigamos imaginar minimamente sua sensação, e ouvir Daphne comentando sobre a voz da Kathryn e que não sabia que uma geladeira fazia barulhos. Talvez as duas tenham se habituado muito rapidamente às novas situações, mas esse não era o foco do episódio e não podíamos passar os quarenta minutos apenas nisso.
Outro ponto que merece ser destacado é o diálogo entre Regina, Kathryn e Bay quando a matriarca dos Kennish descobre que a garota com que conversa é surda e fala aos berros. A cena foi exatamente igual a que assistimos no piloto (só que, nesse caso, com Daphne) e isso é sempre um presente aos fãs.
No mais, vimos uma Kathryn workaholic, um John que se dividia em dono de casa e treinador da Daphne, uma Regina que nunca parou de beber e um Toby, ou melhor, Tobias, com um visual super emo, dando encima da Bay, o que foi ao mesmo tempo engraçado e creepy. Tudo isso evidencia que, apesar de todos os problemas e complicações, a troca fez bem a todos eles.
No fim, a confusão só foi desfeita quando Daphne e Bay conseguiram entender as mãe de criação e a importância e significado que o natal tem para cada uma delas. Não foi uma revelação muito criativa ou original, mas o roteiro a trabalhou de uma forma tão doce e sensível que ficou difícil não se emocionar. A comemoração final entre toda a família, com direito a cantoria e tudo mais, também foi muito lindinha e fechou o episódio com chave de ouro.
Switched at Birth é uma série fofa por definição e nesse especial conseguiu ser adorável, doce e super família. Talvez não tenha nos apresentado a trama mais original do mundo, mas o que seria o natal sem seus adoráveis clichês?
Observações:
—Foi bom ver o Angelo, ainda que apenas em um vídeo, para matar um pouco a saudade do personagem.
— Amei o beijo entre a Bay e o Emmett. Tudo bem, que nesse universo o garoto só a enxergava como uma amiga, mas beijos Bemmett sempre me fazem surtar. #ShippoMuito
—Kathryn, John e Toby arrasaram no Have Yourself A Merry Little Christmas, já Bay e Regina… Bom, o que vale é a intenção.