Switched at Birth é uma série linda e qualquer um que tenha acompanhado essas quatro temporadas sabe disso. A forma como o roteiro consegue sempre tratar de temas delicados com tanta sensibilidade e sutileza merece aplausos. Provavelmente eu já disse tudo isso antes, mas não há como evitar, se a cada semana vemos isso ser reforçado. Em Fog and Storm and Rain não foi diferente.
Essa semana vimos nossos personagens presos no meio de uma tempestade incrivelmente metafórica. Enquanto a chuva caía cada um deles enfrentava suas próprias provações. Tudo começou com a chegada de Bonnie, mãe de Kathryn, e sua amiga Lucille. Desde os primeiros minutos percebemos que a relação entre as duas senhoras ia muito além da amizade. Isso, por si só, já renderia bons momentos, mas o que vimos foi algo muito além do imaginável. Quando Kathryn finalmente tem coragem para confrontar a mãe sobre seu possível relacionamento descobre que ela tem Alzheimer. A revelação desestrutura totalmente a matriarca dos Kennish e em seu desespero vemos tentativas desesperadas de uma filha ajudar sua mãe.
A ruiva quer a mãe por perto para que possa cuidar dela, mas Bonnie quer aproveitar o tempo que tem para seguir os sonhos ,que deixou para trás por toda a vida, ao lado de Lucille, sua melhor amiga e a mulher que ama. E Kathryn acabou entendendo e ficando grata por a mãe ter alguém com quem contar nesses tempos difíceis. Tudo isso foi bonito de se ver e ,mais uma vez, a série conseguiu abordar temas tabus de forma delicada e emocionante.
Mas se para vovó Bonnie era tudo só amor, para Bay as coisas não estavam muito bem. A visita de Emmett trouxe mais uma crise para o casal. No inicio tudo estava as mil maravilhas, mas a recusa do rapaz em falar sobre o que acontecera deixava claro que teríamos problemas à vista. Parecia que o garoto queria fingir que nada aconteceu e a agir como se tudo estivesse perfeito, mas não estava. O fato de toda a situação ser ainda muito confusa tornou tudo mais complicado. Para Emmett era fácil ver Tank como um monstro e atribuir toda culpa a ele, mas para Bay a situação não estava assim tão preto e branco. Quando eles começaram a conversar todo esse caos veio a tona e o rapaz se sentiu traído. De alguma forma, acho que eles vão acabar se acertando em breve, no momento da raiva nem sempre conseguimos enxergar as situações com clareza e é necessário algum tempo para colocar a cabeça em ordem. Além disso, toda a situação entre Bay e Tank não pode ser encarada como uma traição e, mesmo se fosse, Emmett deveria ser o primeira a pelo menos tentar entender.
Por fim, temos toda a trama envolvendo Daphne e Regina. O reaparecimento de Nacho deixava claro que problemas estavam por vir, mas esperava que isso fosse se prolongar um pouco mais. Na verdade, acho que essa história está longe de ter sido resolvida e que ainda veremos Nacho causando confusão, mas vamos nos ater aos acontecimentos desse sétimo episódio. Basicamente o rapaz apareceu para instalar o wi-fi na cafeteria que Eric e Regina estão abrindo, em meio a isso Daphne – em um misto de ingenuidade, estupidez e bondade – revelou a ele tudo o que Bay fez para inocentá-los. O garoto não perdeu a oportunidade e tentou chantagear a ruiva e Regina. O garoto até teria conseguido o que queria, não fosse pelo fato de Eric ter feito parte de uma gangue, provavelmente bem perigosa, e não ter tido nenhum problema em ameaçá-lo com o fato.
Após todo o acontecido, o homem disse a Regina que tudo aquilo ficou em seu passado e que ele não sente nenhum orgulho daquele tempo, mas acho bem provável que isso também trará problemas em breve. Enquanto isso, temos uma Daphne tentando aceitar o novo relacionamento da mãe e o filho de Eric, um fofo por sinal, muito feliz com a nova vida. Acho o casal interessante e Regina merece mesmo um novo amor, mas, com essas novas informações e todo o histórico da Vasquez, só podemos esperar para ver até quando isso irá durar.
Fog and Storm and Rain foi, então, um ótimo episódio com momentos bastante interessantes e emocionantes, que apenas reforçaram a qualidade da série.
