Após uma leva de episódios intensos, tratando de assuntos polêmicos, Switched at Birth pisou um pouco no acelerador e nos trouxe um episódio mais calmo, mas nem por isso menos interessante. Art Like Love is Dedication abriu possibilidades para vários personagens e contou com momentos memoráveis.
Tudo começou com Bay conseguindo sua sonhada liberdade – encerando finalmente o plot mais chato que a personagem já teve – enquanto Daphne e Mingo pareciam caminhar para um romance. Sobre o primeiro caso vimos que a relação entre Bay e Emmett ainda está estremecida e, com isso, a ideia de se mudar para Los Angeles foi deixada um pouco de lado, o que, no fim das contas, pode ter sido algo muito bom, pois abre espaço para Bay voltar a se preocupar com sua arte e mais uma vez tivemos a prova de que a garota não é apenas uma artista incrível, mas também uma pessoa incrível.
Após descobrir as dificuldades da vida de Tess, que cria sozinha um filho com problemas na válvula do coração, e ter uma conversa com Kathryn, a Kennish se inspirou e investiu em projeto que pinta em bancos de praça a imagem e história de “heróis de verdade”, ou seja, pessoa reais com suas lutas e histórias cotidianas, mas nem por isso menos inspiradoras, e que merecem admiração e reconhecimento. O resultado ficou realmente bonito e a cena em que Bay mostra o trabalho a Tess foi emocionante.
Já Daphne resolveu aproveitar a vida universitária e investiu em um aparente relacionamento casual com Mingo. O problema é que estava claro que a ruivinha queria algo mais sério, o que, no momento, não é exatamente a vontade do rapaz. Ainda assim, gostei bastante da dinâmica entre eles, a situação com a camisinha e todas as cenas no pronto-socorro foram muito divertidas. Ver Mingo, com toda sua pose de pegador que não se importa muito com nada, admitindo não conseguir ver sangue, agulhas e ter chorado por meses após o fim de um namoro foi bem interessante e me fez começar a gostar do personagem. Seu lado sensível e divertido definitivamente me conquistou e espero voltar a vê-lo pela trama.
Quem também esteve envolvida em assuntos do coração foi Regina. Após a tempestade da semana passada ter causado vários estragos no telhado de Eric, ela convidou a ele e o filho, Will, para ficarem em sua casa durante o conserto. Com isso, percebemos claramente como Will está afeiçoado a Regina e enxergando na mulher a chance de ter uma mãe. Ainda assim, a situação se complicou após Eric se recusar várias vezes a falar sobre sua esposa morta. Isso gerou tensão entre o casal, mas no final do episódio eles acabaram se entendendo.
Por fim, tivemos toda a trama envolvendo Travis em uma história bem interessante e relevante. O garoto estava tendo dificuldades na faculdade e acabou recebendo ajuda de Kathryn. No entanto, a questão principal envolvia a dificuldade de pessoas surdas com, no caso, a língua inglesa. Como bem apontado no episódio essa é a segunda língua dessas pessoas, o que por si só já apresentaria um grau maior de dificuldade, e possui várias conjugações de verbo que não existem na linguagem de sinais. Isso, somado ao fato de Travis nunca ter tido apoio ou ajuda da família, tornam tudo mais complicado para o rapaz. Gostei bastante dessa trama e acho importante dar repercussão a essas temáticas, coisa que Switched at Birth faz muito bem.
De toda forma, assistimos a mais um bom episódio que, apesar de mais leve, conseguiu trabalhar bem os personagens e divertir com sua trama.
