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Switched at Birth – 4×13 Between Hope and Fear

Por: em 9 de setembro de 2015

Switched at Birth – 4×13 Between Hope and Fear

Por: em

Aqui estou eu encarando uma página em branco, sem saber muito bem por onde começar esse texto. Minha vontade é tecer uma infinidade de elogios a Switched at Birth e sinto que poderia escrever um artigo científico de trinta páginas explicando porque amo essa série e ainda seria pouco. Vocês provavelmente já estão cansados disso, afinal estou há doze reviews enaltecendo incansavelmente o seriado. Ainda assim, me pergunto o que posso fazer, se a cada semana a trama se supera.

Não tenho nenhum problema em dizer que Switched at Birth é a melhor série focada no público adolescente exibida na atualidade. Na verdade, nunca acreditei verdadeiramente que essa era uma “série teen”, para mim SAB sempre foi um drama familiar dos bons e essa quarta temporada apenas vem comprovando isso.

Between Hope and Fear foi um daqueles episódios determinantes e que alteram toda a trama. Durante esses quarenta minutos havia uma decisão a ser tomada e confesso que passei boa parte desse tempo desejando secretamente  que Lily e Toby optassem por ter o filho. No entanto, gostei bastante do caminho trilhado até que a escolha fosse feita e aplaudo a série pela coragem de falar sobre aborto. Esse deve ser um dos temas mais polêmicos da atualidade e, por mais que consiga citar várias obras ficcionais nas quais ele esteve presente, foram poucas as vezes que vi o assunto ser debatido de uma forma tão imparcial.

Aqui tínhamos personagens contra e a favor, cada um por suas próprias razões. Aborto era uma opção real (o que faz todo sentido, já que as leis dos Estados Unidos são bem diferentes das nossas) opção que em momento algum foi “demonizada” ou “endeusada”. Daphne e Kathryn eram contra, Regina e Bay a favor, mas a decisão era de Toby e Lily, acima de tudo da garota, já que a gravidez se desenvolvia em corpo. Ainda assim, vimos como esse pode ser um debate acalorado com a quase discussão entre Bay e Daphne. Nesse ponto, tenho a mesma posição da ruiva, mas novamente a escolha não cabia a nenhuma de nós.

A dúvida levou Toby e Bay a tentarem entender mais sobre a Síndrome de Down da melhor forma possível, visitando uma escola adaptada para receber essas crianças. Conhecer pais, professores e especialmente as próprias crianças foi fundamental para que o rapaz tomasse sua decisão, que acabou sendo a mesma de Lily. Eles resolveram ter o filho. Sim, ambos são jovens, inexperientes, não possuem a melhor situação financeira e estão assustados, mas a gravidez não vai acabar com suas vidas, vai apenas mudá-las e eles entenderam isso.

Aproveito para parabenizar o Lucas Grabeel. Reclamo bastante do Toby, mas as queixas sempre foram em relação roteiro e nunca sobre o ator, afinal ele nunca havia tido uma oportunidade real de brilhar, até essa semana. Pela primeira vez era a história dele que realmente importava e me emocionei bastante com o personagem. Espero que continue assim, pois essa trama tem muito potencial para encantar e emocionar.  A cena final em que Toby recebe o apoio da família, mostrando que ele não está sozinho nessa nova fase de sua vida, foi uma prova disso.

Outro ponto interessante do episódio foi a utilização das meias coloridas. Como mencionado na série, elas tem o intuito de chamar a atenção para a Síndrome de Down. Surgiram como uma campanha da Síndrome de Down International  (DSi) intitulada “Calce várias meias”, em que convidava pessoas do mundo inteiro a usarem meias diferentes -coloridas, brilhantes, longas, ou três meias juntas, representando a terceira cópia do cromossomo 21 –  no dia 21 de março (Dia Internacional da Síndrome de Down).

Enquanto isso, Emmett recebia a visita de Travis, mas as coisas não acabaram muito bem. Honestamente, não acho que houve um certo e errado na situação, os dois rapazes poderiam simplesmente ter cedido um pouco.Travis, por sua lealdade a Bay, odiou Sky no momento em que a conheceu e sequer deu uma chance a garota. O rapaz também poderia ter se esforçado mais para entender que a vida do amigo mudou e que ele está em um momento diferente. Já Emmett poderia ter pensado um pouco mais em Travis e, só para começar, ter deixado a nova namorada de lado por um tempo e dedicado o fim de semana ao amigo.

De qualquer forma, gosto da mensagem que a série vem passando com Emmett. A faculdade muda as pessoas, mas a experiência de fazer faculdade fora da sua cidade é ainda mais transformadora. Nesse momento surgem novos gostos, amizades e prioridades, coisas que antes eram muito importantes deixam de ser e conciliar tudo isso com os antigos amigos nem sempre é fácil.

Por fim, tivemos Regina e Daphne tentando descobrir como estava a vida da mãe de Will. Entendo a preocupação da Vasquez e, mais do isso, percebemos que ela consegue se colocar no lugar daquela mulher. Hope Paxton não tem um estilo de vida que faria bem a alguma criança, mas ela ainda é mãe e isso Regina entende. De todo modo, por hora o assunto parece ter se resolvido, e a antiga cabeleireira resolveu morar com Eric. Ainda assim, fica a sensação de que cedo ou tarde tudo isso trará problemas.

Assistimos, então, a mais um excelente episódio dessa série linda e que só amadureceu ao longo das temporadas. A cada episódio Switched at Birth ganha mais meu coração e é um pouco frustante saber que, pelo menos aqui no Brasil, essa é uma série tão subestimada e pouco conhecida.

Observações:

— Kathryn mostrou mais uma vez que é uma pessoa maravilhosa ao descobrir sobre os problemas financeiros da família e ter apoiado completamente o marido. Alguém esperava alguma atitude diferente dela?

— Eu quero muito o guarda-roupa da Bay;

— No momento em que o John fala para o Toby “we’re in this together” eu imaginei todos os Wildcats entrando na sala dançando e cantando We’re All In This Together.

“Together, together, together, everyone! Together, together, come on, lets have some fun!” #SaudadesHSM


Thais Medeiros

Uma fangirl desastrada, melodramática e indecisa, tentando (sem muito sucesso) sobreviver ao mundo dos adultos. Louca dos signos e das fanfics e convicta de que a Lufa-Lufa é a melhor casa de Hogwarts. Se pudesse viveria de açaí e pão de queijo.

Paracatu/ MG

Série Favorita: My Mad Fat Diary

Não assiste de jeito nenhum: Revenge

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