“We’ll have an adventure, you and me. The swisters.”
Não há dúvidas que Switched at Birth apresentou uma temporada incrível. Ao longo de todos esses meses, assistimos a episódios maravilhosos, repletos de drama, sensibilidade e assuntos de extrema importância social sendo problematizados e trabalhados da forma mais delicada possível. É bem verdade, que essa tem sido a marca da série desde sua estreia, em 2011, no entanto, foi algo que não recebeu tanto destaque durante a terceira temporada e retornou com força total nesse quarto ano.
Além disso, é sempre difícil para um seriado com foco adolescente, manter a qualidade e tramas que interessem e empolguem após a graduação dos personagens, contudo, nossas Trocadas no Nascimento não fizeram feio e provaram que sua série é muito mais que um drama teen e ainda possui capacidade e fôlego para se manter por Deus sabe quantas temporadas.
Dito tudo isso, fico feliz em mencionar que a ABC Family – que em janeiro passará a se chamar Freeform – renovou nossa queridinha para sua quinta temporada. No anúncio oficial, o canal ainda mencionou como a série trata de importantes questões sociais, que refletem as experiências da audiência. E é justamente por isso que amamos tanto Switched at Birth, certo? Bom, pelo menos, é o meu caso.
Agora, que já podemos respirar aliviados, chegamos à parte chata: comentar esse season finale, no mínimo, frustrante. Foi decepcionante um desfecho tão xôxo – e eu realmente não consigo pensar em outra descrição –para uma temporada tão maravilhosa. Durante os quarenta e poucos minutos que se seguiram não consegui sentir em um único momento que se tratava de uma final de temporada.
O ritmo foi extremamente lento, nenhuma das tramas trabalhadas conseguiu verdadeiramente empolgar e tivemos cenas completamente sem propósito, que não serviram para nada além de ocupar tempo em tela. Vide a procura por Eric na casa dos Kennish, ou o reencontro de Kathryn com o advogado que a balançou no passado, para assistimos, mais uma vez, uma quase traição que só existiu no mundo das ideias. Talvez se Toby, Lily e o nascimento de Carlton – e eu realmente achei fofo o nome escolhido – houvessem recebido um destaque maior, tivéssemos assistido algo mais dramático e interessante.
De qualquer forma, nem só defeitos viveu And Always Searching for Beauty. A trilha sonora esteve impecável, mas, na minha concepção, sua maior qualidade esteve nos diálogos. A sinceridade das conversas entre Bay e Travis, no momento em que o rapaz finalmente se declara, e Bay e Emmett foram emocionantes. Sobre o último, fica palpável como os dois sempre irão se amar e ser mutualmente importantes, mas precisam seguir em frente e deixar que o outro faça o mesmo. A química entre Vanessa Marano e Sean Berdy é sempre maravilhosa e, mais uma vez, eles me levaram às lágrimas.
Já que estamos falando de corações partidos, assistimos a Daphne e Mingo resolverem dar um tempo em seu relacionamento, me fazendo começar a rezar para ainda vermos o rapaz pelos lados de Kansas City. Como a própria ruivinha colocou, Mingo é um amor de pessoa e o único de seus namorados que se propôs a aprender sinais por ela. Ainda assim, após todos os acontecimentos dos últimos episódios, o término foi necessário e nos levou a cena em que nossas duas protagonistas estão mais uma vez sozinhas em uma sala, conversando sobre suas vidas e tudo o que aconteceu em seu ano. Algo que remete imediatamente ao fim da primeira temporada (#saudades).
Dessa vez, vemos uma Daphne certa do que quer fazer de sua vida e uma Bay que, após passar por um ano infernal, se encontra completamente perdida. Assistir a essa jornada ao longo da temporada foi bastante interessante. Daphne seguiu por um caminho tradicional, se encontrando como indivíduo e descobrindo o que deseja por meio do ambiente universitário e de projetos que surgiram por meio dele. Bay, por sua vez, passou por uma experiência traumática, apanhou muito da vida e teve todos seus planos e expectativas destruídos. Acabou perdida em toda essa confusão e em todos os rótulos que lhe foram atribuídos. Desconstruir tudo isso foi a forma que encontrou para recomeçar e tentar descobrir quem é e o que deseja.
Em meio a toda essa situação, e por razões discrepantes, vemos as irmãs embarcarem juntas, solteiras e empoderadas para a China. Como percebemos, a viagem irá durar pelo menos dez meses e algum incidente em Kansas City será responsável pelo retorno das garotas. Esse desfecho conseguiu me despertar curiosidade e espero ter a oportunidade de descobrir o que aconteceu com as meninas durante esse período. De qualquer forma, a passagem temporal pode ser um elemento interessantíssimo a ser trabalhado na quinta temporada e, como fã doente que sou, mal posso esperar para ver o que futuro reserva para os Kennish/Vasquez, agora, com um integrante a mais.
Seja bem-vindo, Carlton!
E até a próxima temporada!