Honestamente, não faço ideia de como começar essa review. Mas, após horas encarando a página em branco, não há muito mais o que fazer. Teen Wolf vem apresentando uma temporada interessante e consistente. Trama intrigante, desenvolvimento de personagens, vilões assustadores e episódios maravilhosos que nos deixam desesperados por mais. Strange Frequencies foi mais um deses excelentes episódios, contudo, algumas coisas têm me incomodado.
A principal delas é como o roteiro parece enrolar. Estamos no sétimo episódio e tudo continua muito nebuloso. Manter o mistério é bom, ainda assim, a falta de algumas respostas começa a me irritar. É claro que algumas questões já foram solucionados, mas a história do Parrish, por exemplo, virou piada. Vão precisar de duas temporadas para explicarem o que ele é? Sei que foi assim com a Lydia – o que também não me agradou – mas dessa vez está passando dos limites. Principalmente porque as únicas funções do personagem são queimar corpos e flertar com a banshee. O mesmo vale para os Dread Doctors. Tivemos algumas resoluções, no entanto, continuo confusa e desesperada para entender o objetivo de tudo isso. A sensação que fica é que, apesar de ter acontecido muita coisa, pouco se acrescentou à mitologia a série.
De qualquer forma, tirando essas questões, o episódio foi muito bom. Strange Frequencies se dividiu em três núcleos. O primeiro deles envolvia Stiles e Theo, e os momentos protagonizados por eles foram maravilhosos. Se ainda havia alguma dúvida, acho que ficou claro que não há nada de bom no lobinho. Sabíamos que não dava para confiar no garoto, mas tivemos a comprovação de que ele é praticamente um psicopata que matou a própria irmã. Sua relação com os Dread Doctors, no entanto, continua um mistério.
Enquanto isso, Liam, Scott, Malia e Lydia ficavam encarregados de proteger Hayden. A menina e Liam ficam mais próximos a cada episódio e têm potencial como casal. No entanto, a falha no plano do McCall e o fato dos dois terem sido capturados pelos Doctors deixa tudo incerto.
Melissa e o xerife Stillinski, por sua vez, finalmente descobriam a conexão entre os adolescentes escolhidos pelos Doctors. Todos os selecionados haviam recebido transplantes alogênicos de doadores secundários, tendo, então, dois conjuntos diferentes de DNA. Ou seja, antes de serem transformados eles já eram quimeras genéticas.
Por fim, temos Kira. A família da garota começou a perceber a falta de equilíbrio entre a raposa e humana. Ainda assim, pela última cena, conseguimos perceber que acupuntura não foi suficiente para controlar a mensageira da morte que habita a menina.Ainda não sabemos quem era a pessoa que ela matou, mas aparentemente era mais uma quimera.
Dessa forma, Strange Frequencies foi um episódio interessante e bem construído. Além disso, toda a sequência na escola pode ser comparada ao sétimo episódio da primeira temporada (Night School), no qual Scott, Stiles, Allison, Lydia e Jackson ficam presos no colégio fugindo do alfa, nos fazendo perceber como Teen Wolf amadureceu durante essas seis temporadas. Minha crítica sobre a falta de agilidade do roteiro continua, mas não é algo que comprometa seriamente a qualidade da série.
Observações:
— As cenas alucinações provocadas pelos Doctors foram muito bem feitas. Fiquei até um pouco assustada com a da Malia. Sabia que não iam matar a personagem daquela forma, mas não esperava por algo assim;
— Scott finalmente começou a agir como um alfa e gostei dele ter sido firme sobre a necessidade de usar Hayden como refém. Ainda assim, fico imaginando como ficará sua relação com Liam agora que a menina foi capturada. Se algo sério acontecer com a moça acho que devemos esperar a revolta do nosso little puppy;
— O que significará aquele 115 que a raposa deixou na cama de Kira?
— Preciso comentar aquela voz ridícula da Kira na alucinação do Scott?
— Minha antipatia com a Hayden diminuiu, mas ainda acho uma versão mal humorada da Selena Gomez;
— Melissa e Xerife: melhor ship da série;
