“Stiles, you still have me.”
Pode glorificar de pé, porque Teen Wolf finalmente voltou e com um episódio maravilhoso!
A última vez em que vimos Scott McCall e sua alcateia, há mais de quatro meses, a situação estava tensa. Liam quase matara o alfa, julgando que Hayden estava morta; Lydia fora deixado em estado catatônico após Theo vasculhar sua mente; Xerife Stilinski estava extremamente machucado; Malia era caçada pela Loba do Deserto; Kira tinha o paradeiro desconhecido; Theo ressuscitou todas as quimeras mortas, se transformando em seu alfa; Parrish lidava com a revelação de que era um Cão Infernal e a amizade entre Scott e Stiles parecia completamente destruída.
Em The Last Chimera vimos os personagens tentando lidar com as consequências da fatídica noite da super lua. Mais uma vez começamos o episódio sofrendo com Lydia e sua estádia na Eichen House. A trepanação que estava prestes acontecer no primeiro episódio da temporada foi realizada, nos dando algumas informações interessantes a respeito de Theo. Sabíamos que, ainda criança, o garoto deixou que a própria irmã morresse e finalmente entendemos o motivo. Para se transformar em quimera era necessário ter passado por um transplante, então, o mini psicopata matou a irmã para utilizar seu coração, se tornando a primeira quimera bem sucedida e a principal arma dos Dread Doctors.
De volta ao passado, Stiles estava desesperado para salvar a vida do pai e foi de cortar o coração ver como o garoto parecia desamparado. Em Creatures of the Night (5×1) o vimos conversar com Scott sobre o medo de se separar das pessoas que amava após o fim do Ensino Médio, o que parece ter se tornado real mais cedo do que ele poderia imaginar. Scott finalmente percebeu que foi um idiota ao não confiar no amigo, no entanto, o Stilinski ainda está machucado (com toda razão) e o bromance entre os dois continua ameaçado. O namoro com Malia, que respirou por aparelhos durante metade da temporada, parece ter chegado ao fim (Stydia shipers surtando em 3,2,1…) . O pai estava entre a vida e a morte e os outros amigos tinham seus próprios problemas para lidar. A solidão era palpável e Dylan O’brien mais uma vez arrasou, tornando possível perceber o sofrimento do personagem pelo seu olhar.
Enquanto isso, Lydia foi enviada para a Eichen House pela mãe, que passou a ter consciência do sobrenatural que ronda a filha, e tentava protegê-la, sem saber que estava fazendo tudo menos isso. Já Parrish começa a entender suas habilidades como Cão Infernal. Aparentemente ele tem um papel importante nos planos dos Dread Doctors, ou nos de Theo, já que a alcateia do rapaz atacou nossa banshee favorita na busca pelo policial, que já esperava por eles, em uma cena maravilhosa.
Liam, por sua vez, continuava devastado com a suposta morte da namorada e decidido a encontrar seu corpo, se juntou a Mason em uma busca pelo Nemeton, o que o levou a descobrir que Hayden está viva. Ainda assim, a nova lealdade da garota a Theo deve complicar bastante o relacionamento dos dois. Ainda sobre o little puppy, conseguimos perceber que ele se sente verdadeiramente culpado por ter atacado Scott e quase o matado e isso promete ter uma grande peso daqui para frente.
Falando no McCall, pela primeira vez em muito tempo, senti uma grande empatia pelo rapaz. Esperamos muito dele, já que ele é um alfa genuíno, mas nos esquecemos que ele ainda é um garoto. Um adolescente que não pediu por nada disso, mas tenta sempre fazer o melhor que pode e agir de acordo com o que considera certo. É claro, que pode ser irritante ver outros personagens o superando e parecendo mais poderosos, mas Scott ainda é inseguro e não usa todo seu potencial. Os tempos de insegurança, no entanto, acabaram e está na hora de matar o garoto para deixar deixar o homem, nesse caso o alfa, nascer.
Sendo assim, The Last Chimera foi um excelente episódio por deixar a ação um pouco de lado, embora ela ainda estivesse presente, e focar nos personagens. É importante começar a segunda parte da temporada dessa forma, pois os primeiros dez episódios tratavam de destruir esses adolescentes internamente e suas relações. Cada um deles passa por um momento em que medo, culpa, raiva, impotência e solidão se misturam, os tornando inseguros e vulneráveis. Essas guerras internas refletem nas relações que têm com os outros e é um dos fatores que os têm separado e sabemos que separados eles perdem. Desse modo, considero maravilhosas as lembranças de Stiles em que o pai lhe diz para se levantar após o funeral da mãe. Nesse contexto nenhuma mensagem poderia ser mais significativa. Está na hora de se levantar, juntar os pedaços e contra-atacar.
A primeira metade da temporada foi sobre o declínio dos Olimpianos, sobre quebrar o que parecia indestrutível, expor fragilidades e tornar os maiores medos reais. Começamos essa segunda fase com os pesadelos materializados. Lydia está na Eichen House, o local que apavorava desde criança, sofrendo o que sua avó sofreu. Stiles se encontra praticamente sozinho (o que torna ainda mais linda a cena em que, após acordar, o pai afirma que o filho ainda tem a ele. Não apenas porque ele está vivo, mas porque no momento o Xerife é uma das poucas pessoas com quem o Stilinski pode contar). Liam não conseguiu controlar sua raiva, algo que mesmo antes de se tornar um lobisomem era seu ponto fraco, e precisa lidar com o pânico de voltar a perder o controle. Já Malia vive com o fato de que a mãe biológica é uma criatura monstruosa e, considerando que sempre sentiu culpa pela morte da mãe e da irmã, deve sentir medo diante a possibilidade de ser como ela. Em meio a tudo isso, Scott se ver perdido, sozinho e sem nenhuma noção de como agir diante o caos a sua volta, o alfa se tornou um lobo solitário e isso nunca é bom.
Como todo esse cenário será alterado é uma pergunta para os próximos capítulos.
Observações:
— Alguém sentiu falta da Kira?
— Essa história da Loba do Derserto precisa desesperadamente andar, porque já são 11 episódios de Malia sendo figurante de luxo;
— Cada dia os delírios do Parrish com a Lydia ficam mais ousados. Como será o próximo? Apenas aguardando.
— Quão maravilhoso foi ver o retorno de Chris Argent?
— Falando na família de caçadores, Crystal Reed gravou uma participação especial na qual interpreta Marie-Jeanne Valet, uma antepassada dos Argent. Será que existe alguma esperança de termos Allison de volta?
