Foi no vigésimo episódio da terceira temporada – não por coincidência intitulado Echo House – que a Eichen House apareceu em cena, com toda sua glória, pela primeira vez. É verdade que já havíamos tido um breve vislumbre do local, mas foi naquele episódio que ela demonstrou sua imponência e se consolidou como um dos cenários mais assustadores, e capazes de gerar mais tensão, de Teen Wolf. Lembro-me de que estava em meio a uma daquelas maratonas insanas, nas quais só largamos a série para comer e dormir, nos recusando a sair da frente do computador ou televisão. Aquele episódio, no entanto, me forçou a parar e não apenas uma vez.
A agonia que aqueles quarenta minutos me trouxeram é indescritível e foram necessárias três tentativas para que conseguisse assistir a todo seu conteúdo. Não se pode negar que o fato de Stiles estar envolvido tornava tudo mais dolorido e impactante, no entanto, bastou esse único episódio para que ficasse evidente que a Eichen House era uma maravilhosa aquisição à mitologia da série e que poderia ser cenário para sequências incríveis. Duas temporadas depois, essa tese continua sendo comprovada.
Amplification foi um daqueles episódios intensos e desesperadores. Ainda sinto a adrenalina correndo pelas minhas veias e não me restou uma única unha intacta. A ideia principal era salvar Lydia, mas isso nem de longe seria algo fácil. A começar pelo plano de Stiles que exigia que tudo saísse perfeito, dentro de um tempo extremamente limitado e contava com Kira, a personagem mais instável da série, como um de seus principais elementos. Se fosse outra série a incerteza da garota sobre suas próprias capacidades e poderes poderia gerar alguma tensão, no entanto, conhecendo Teen Wolf, era óbvio que no último minuto daria tudo certo, como de fato aconteceu. Ainda assim, não vou reclamar da Kitsune nesse texto, porque o episódio evidenciou como ela e Malia funcionam bem juntas. Talvez o roteiro devesse investir mais nessa relação, já que quando está com a coiote é até possível esquecer como Kira é uma personagem dispensável.
Voltando à trama principal, linha temporal da série está finalmente unificada e foi muito interessante acompanhar o episódio tendo conhecimento sobre determinados pontos do futuro. A todo momento me questionava como Theo e Parrish entrariam em meio a toda aquela história do resgaste e o que aconteceria a partir daí. Além disso, foi incrível ver que nenhuma das teorias que elaborei nas últimas semanas estava correta. O fator surpresa, por sinal, esteve muito presente em Amplification. Acreditava que, apesar dos empecilhos, Lydia estaria livre ao fim desse episódio, mas à medida que o tempo passava e as situações se tornavam ainda mais complicadas foi ficando claro que essa fuga precisaria ser estendida. O que, nesse caso, não é algo negativo. A não ser, é claro, pelo sofrimento que será esperar pela terça-feira.
De qualquer forma, nos encontramos em um cenário em que temos quase todo elenco da série trancado na Eichen House com duas ameaças latentes. Lydia e Kira são bombas prestes a explodir e levar todos os outros consigo. A trama da Kitsune descontrolada deve chegar ao seu clímax na semana quem vem. Como se não fosse o bastante, nesse episódio descobrimos que os experimentos de Valack podem amplificar os poderes de Lydia de tal forma que causariam a morte da menina e de todos que estiverem ao seu redor. Se colocarmos Parrish — em seu modo “Cão Infernal que não sabe o que está fazendo” — na equação, temos mais um problema. Isso sem se esquecer dos guardas nada amigáveis da Eichen House. Sendo assim, fica fácil perceber que se esse episódio foi tenso, o próximo será ainda mais. Fato evidenciado pela promo de Lie Ability, que deixa claro que desespero pouco é bobagem quando se trata da série dos lobinhos adolescentes. Ainda assim, nada é tão desesperador quanto saber que ainda temos que esperar quase uma semana pela continuação da história. Isso não se faz, Jeff Davis, isso não se faz!
Observações:
— Quão maravilhoso foi ver Scott se erguendo todo poderoso e parecendo um alfa de verdade?
— O hospital de Beacon Hills pode entrar tanto para a lista de piores lugares para se trabalhar, quanto para a de lugares mais perigosos da ficção. Toda vez que alguma coisa acontece ali fico com medo pela Melissa.
— Falando na mama McCall, Liam estava esperando o que? Quase mata o filho da mulher e quer ser tratado com sorrisos e abraços?
— Se a Allison não for a Besta de Gévaudan, essa série sente um prazer sádico em nos fazer de idiotas. O que foi a cena em que se insinua que a Besta não é necessariamente um homem e pode muito bem ser uma mulher? Isso certamente não foi coincidência, ou estava no roteiro sem nenhum propósito.
— Selena Paraguia descobriu que se Theo usar as garras da primeira quimera morta, para roubar os poderes da Besta, ele vai morrer. O que quer dizer que agora a moça tem alguma utilidade para a trama e que nosso ódio por ela pode aumentar dependendo do que resolva fazer com a informação.
— Cadê terça-feira, meu povo?
