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The 100 – 2×07 Long Into an Abyss

Por: em 14 de dezembro de 2014

The 100 – 2×07 Long Into an Abyss

Por: em

Long Into An Abyss

Alguém, por favor, me explica como uma série tão boa como The 100 tem uma audiência tão baixa? Entendo que existe muito preconceito pelo canal no qual é exibida, afinal a CW é a rainha do drama teen, mas se as pessoas dessem ao menos uma chance ao seriado perceberiam que a emissora consegue sim fazer ficção científica de qualidade. Isso me deixa revoltada, pois vejo muitas séries com roteiro pobre e atuações medianas (às vezes até pior) fazendo sucesso, enquanto séries incríveis como The 100 ficam esquecidas.

Mas passado o momento de revolta/desabafo vamos falar do que interessa: Long Into an Abyss. O sétimo episódio da temporada mostrou que a série não está de brincadeira e abriu caminho para muitas tramas interessantes. Talvez algumas pessoas tenham achado seu ritmo mais lento, quando comparado aos seus antecessores, e concordo com a colocação. Ainda assim, não vejo isso como um problema. Esse episódio foi construído com o propósito de introduzir os acontecimentos da semana que vem e, pelo que vimos, esse mid-season finale promete destruir todos os forninhos.

De toda forma, Long Into an Abyss foi sensacional e, ainda que não tenha mantido um ritmo tão alucinado quanto o dos episódios anteriores, teve momentos de tirar o fôlego. Logo de cara começamos com um conflito entre Abby e Jaha. Os dois possuíam visões  diferentes sobre como agir diante do “adorável” aviso dos Grounders: “partam ou morram”. Para Thelonius a única solução era fugir, já Abby se recusava a partir sem os garotos presos no Mount Weather. A situação se agravou quando a questão de autoridade entrou em jogo. Jaha era o chanceler na Arca, mas na Terra é a médica quem está no comando. Isso nos rendeu muitos momentos tensos, principalmente quando o homem tentou retomar o poder por meio da força, mandando prender a mulher.

Tudo bem que ele estava tentando fazer o que achava certo, mas achei sua postura arrogante e mais uma vez vimos alguém que acabou de chegar à Terra achando que já sabe tudo sobre o lugar e, só porque tinha autoridade na Arca, tem a capacidade de decidir sozinho o que melhor para todo um povo.

Long Into An Abyss

Enquanto isso, Octavia, Bellamy e Clarke tentavam descobrir um modo de ajudar Lincoln a voltar ao normal. As cenas desse arco foram bem angustiantes e cheguei a acreditar que daríamos um adeus definitivo ao Grounder e a qualquer perspectiva de paz. Ainda assim, com uma ajudinha de Abby, conhecimentos médicos e um pouco de sorte eles conseguiram fazer o homem retornar ao normal, ao mesmo tempo que encontravam uma forma de negociar com os Grounders. Contudo, até chegarmos aí, tivemos muita tensão e eu dei adeus a todas as minhas unhas. De qualquer forma, gostei bastante das cenas envolvendo Clarke e a nova comandante e de encontrarem uma forma de fazer com que os ceifadores voltem ao seu normal (talvez a saída tenha sido um pouco fácil demais, mas faz sentido e é isso o que importa). Tudo isso abre caminho para uma trégua, mas ainda há uma última condição: a morte de Finn.

Para os Grounders sangue se paga com sangue e os atos do garoto não serão perdoados. O que faz muito sentido, uma vez que ele matou inocentes, entre eles crianças e idosos.  O que o rapaz fez foi cruel de incontáveis maneiras e, apesar de conseguir entender que ele perdeu a cabeça e agiu em um momento de total desespero, espero que ele morra.

Acho que se entregar aos Grounders e se sacrificar pelo restabelecimento da paz seria uma atitude nobre e um desfecho perfeito para o personagem. Todos seus pecados seriam perdoados e ele ajudaria a resolver a bagunça que fez. Isso traria cenas emocionantes e a série mostraria coragem ao matar um personagem importante. Tivemos mortes antes, mas nenhuma de um membro do elenco regular e que tem desempenhado um papel de destaque na trama. Além disso, não vejo muita perspectiva para o futuro de Finn, permaneço inconformada com a mudança abrupta em sua personalidade e já estou começando a ficar cansada de suas lamentações.

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Sua morte traria um pouco de drama à história, permitiria que Grounders e o “povo que veio do céu” se unissem contra os Homens da Montanha e até abriria espaço para um futuro relacionamento entre Clarke e Bellamy. Talvez o último motivo seja fútil, mas esses dois formariam um casal perfeito e eu não tenho vergonha de admitir que sou uma shipper alucinada desde criancinha. De qualquer forma, chegamos a uma conjuntura na qual Finn tem que morrer. Não me entendam mal, eu até gosto do personagem, meu apreço por ele pode ter diminuído significativamente nas últimas semanas, mas não chego a odiá-lo. A questão é que sua morte seria ótima para o desenvolvimento da trama e transformaria o mid-season finale em algo épico.

Já que estamos falando de grandiosidade, está na hora de colocar o Mount Weather em pauta. Após muita pesquisa, experimentos e mortes de inocentes, a doutora monstro descobriu que apenas o sangue dos 47 nunca será suficiente para que seu povo possa viver na superfície. Para que isso ocorra será necessário utilizar a medula dos garotos e a repetição do processo irá matá-los. Mais uma vez Dante Wallace foi contra, mas seu filho, Cage, e a médica creepy não parecem muito preocupados com a sua autorização. Além disso, a visitinha ao mundo exterior pode acabar fazendo o presidente mudar de ideia.

Enquanto isso, Mount, Jasper, Miller e companhia perceberam que não podem ficar simplesmente esperando serem salvos e decidiram agir, utilizando seus talentos criminais. Gostei  desse momento, porque às vezes parecem que simplesmente esqueceram que os 100 cometeram algum delito para estarem ali. Sendo assim, foi bem interessante vê-los usando seus “super poderes” para resolverem seus problemas enquanto colocam um fim à postura  passiva que vinham adotando.

Mais uma vez assistimos a um excelente episódio e me empolgo com todas as possibilidades abertas por ele. A série cresce a cada semana e ser fã de The 100 é algo que só traz felicidade.


Thais Medeiros

Uma fangirl desastrada, melodramática e indecisa, tentando (sem muito sucesso) sobreviver ao mundo dos adultos. Louca dos signos e das fanfics e convicta de que a Lufa-Lufa é a melhor casa de Hogwarts. Se pudesse viveria de açaí e pão de queijo.

Paracatu/ MG

Série Favorita: My Mad Fat Diary

Não assiste de jeito nenhum: Revenge

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