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The 100 – 2×10 Survival of the Fittest e 2×11 Coup de Grâce

Por: em 7 de fevereiro de 2015

The 100 – 2×10 Survival of the Fittest e 2×11 Coup de Grâce

Por: em

“Bellamy is the key to everything, Octavia. If he dies, we die.”

Sim, lá vai a Thaís tecer uma série infinita de elogios a The 100. Talvez eu esteja começando a soar repetitiva, mas o que eu posso fazer se essa série sempre nos surpreende e apresenta episódios maravilhosos? Essas duas semanas não foram diferentes e os acontecimentos de Coup de Grâce ainda estão explodindo minha cabeça, mas vamos com calma, porque há muito a ser analisado. Primeiro peço desculpas pelo atraso nas reviews, mas quando seu notebook morre não há muito que fazer além de esperar.

Survival of the Fittest, o décimo episódio da temporada,  teve seus acontecimentos moldados principalmente pela nova aliança entre os Grounders e o povo da Arca. É claro que isso não iria funcionar perfeitamente e a tensão era latente. Embora seja óbvio que a união dos dois povos é a única forma de vencer o Mount Weather e viver em paz, ainda há muito o que ser trabalhado para o sucesso dessa aliança. As inúmeras perdas sofridas pelos dois lados trazem muito rancor e a falta de conhecimento mútua não ajuda.

The 100 -Octavia

Em meio a toda essa situação problemática, Octavia finalmente recebeu destaque nessa temporada e todas as possibilidades que se abriram para a personagem foram bastante interessantes. Faz muito sentido ela ser a primeira a conquistar de fato algum respeito por parte dos Grounders, já que ela é a única que conhece alguma coisa desse povo e sua cultura. A persistência da garota foi algo incrível de se ver e apesar de ter apanhado bastante ela conseguiu provar seu valor. Essa aproximação fez Kane se interessar em fazer da garota sua espiã particular, posição que ela rapidamente recusou.

Nesse ponto é interessante refletir sobre a personagem e como ela nunca pertenceu realmente a Arca. Seu nascimento foi uma violação das regras e por isso ela passou mais da metade da vida escondida. Além disso, foi presa – simplesmente por ter nascido – teve a mãe assassinada e foi enviada a um planeta hostil, que oferecia poucas chances de sobrevivência. Em meio a tudo isso ela nunca fez parte daquela comunidade e, na verdade, tem vários motivos para odiar seus líderes. Seu único laço com aquele povo sempre foi Bellamy e, apesar da amizade com Clarke e os outros, é totalmente compreensível sua aproximação com os Grounders. Para a Arca ela sempre foi um inconveniente, mas entre esses nativos da Terra encontrou a chance de se tornar alguém e possuir um lugar para chamar de seu.

The 100 - Lexa e Clarke

A relação entre Clarke e Lexa também vem crescendo e fica claro que elas nutrem uma admiração mútua. A presença daquele gorila (?)  foi algo totalmente inesperado e além de unir ainda mais as personagens, e servir como futura arma contra o Mount Weather, mostrou que essa Terra pós-apocalíptica é cheia de perigos. Foi importante retomar isso, já que nos episódio iniciais víamos cobras gigantes, cervos mutantes e borboletas fluorescentes, mas isso tudo pareceu esquecido assim que os  Grounders foram definidos como a verdadeira ameaça. Esquecemos, assim, que os personagens  estão inseridos em um ambiente naturalmente hostil e não fazemos ideia do que a radiação pode ter feito ao planeta.

Agora, vamos fazer uma pausa e aplaudir Jaha por sua ideia genial (só que não). Alguém me explica que ervas essa criatura fumou para reunir um grupo e sair a procura de um lugar que ele não faz ideia de onde se localiza e sequer sabe se realmente existe? Some a isso o fator planeta desconhecido e cheio de perigos e daí não se pode esperar coisa boa. Mas como isso não fosse o bastante ele ainda escolhe a pessoa menos confiável da Terra como um dos companheiros.

Consigo entender as razões que levam a essa aproximação, já que que ele e Murphy possuem muito em comum – como o fato de que já deveriam ter morrido umas mil vezes  – e foi interessante ver as crueldades da Arca serem colocadas em pauta novamente. Afinal é muito fácil julgar os Grounders e Homens da Montanha quando se esquece que seu próprio povo sempre tomou medidas extremas e muitas vezes desumanas. Ainda assim, confiar no Murphy exige muita coragem. De qualquer forma, a trama envolvendo a tal Cidade da Luz pode ser interessante e expandir ainda mais a mitologia da série, mas estou com tanta preguiça do Jaha que não me importaria se ele morresse no caminho.

The 100 - Jaha

Ainda sobre o décimo episódio destaco toda a situação envolvendo Lincoln e Bellamy. O desfecho foi surpreendente, o que é sempre um ponto positivo. A atitude de Lincoln também fez bastante sentido, afinal os ceifadores foram viciados naquela droga e uma “recaída” é algo plausível. É claro que a ação me fez sentir uma certa raiva do personagem, mas sempre achei que toda essa trama havia se resolvido um pouco rápido demais, então temos a chance de ver um pouco mais dos ceifadores. Sem falar que sempre que o Grounder some a Octavia fica ainda mais badass, o que é algo maravilhoso de ser ver, afinal a personagem tem potencial demais para ser só a irmãzinha do Bellamy e a namorada do Lincoln.

Mas se Survival of the Fittest foi bom, Coup de Grâce foi excelente. Digo isso após assistir ao episódio duas vezes e ainda me encontrar enlouquecida. Confesso que adoro quando vemos o Mount Weather em cena e o Bellamy está no topo da minha lista de personagens favoritos. Os dois juntos era garantia de sucesso. Após o fim do episódio anterior fiquei me perguntando como o garoto faria para escapar, ou se ele realmente conseguiria escapar, mas de todas os cenários que imaginei nenhum deles envolvia a Maya. Na verdade, sequer já havia cogitado a ideia de Maya e Bellamy no mesmo cenário, quanto mais agindo como parceiros.

The 100 - Octavia

Trazer Bellamy para dentro do Mount Weather foi uma sacada incrível. Por mais que tivéssemos vários personagens ali dentro sempre olhamos para o lugar com desconfiança. Eles eram os vilões, o inimigo. Depois desse episódio começo a questionar se existe realmente um vilão. Homens da montanha, Grounders, povo da Arca estão todos tentando sobreviver. Cada um a sua maneira e todos agindo muitas vezes de modo egoísta e desumano. Cada povo coloca suas necessidades em primeiro lugar e enxerga os outros como inimigos. Todos os lados já produziram barbáries, mas também possuem pessoas inocentes e ver Bellamy constatando isso foi muito interessante.

Lá estava ele diante de uma garota que sequer conhecia, mas arriscava tudo para ajudá-lo, e observando várias crianças inocentes. A pergunta de Maya sobre o que o rapaz esperava ver ali foi perfeita para o momento. Para Bellamy eles eram simplesmente o inimigo que precisava ser aniquilado, agora ele sabe que há mais em jogo e não pode deixar que todos ali morram – quero ver convencer os Grounders disso, mas tudo bem.

Aproveito para destacar a figura de Maya, a garota que está traindo seu próprio povo. Algo que não tem se mostrado fácil para ela, mas como poderia? Apesar de gostar de Jasper e saber que o que o Mount Weather faz é errado, ela cresceu naquele lugar e conhece todas aquelas pessoas desde sempre, aquele é o seu lar, a sua família e é difícil simplesmente se desligar de tudo isso, principalmente quando suas ações podem causar a destruição do único mundo que ela conhece.

The 100 - Abby e Clarke

Falando em traições tivemos dois momentos épicos em que os filhos usurpavam o lugar dos pais. O primeiro, e mais impactante, ocorreu entre Dante e Cage. O filho do presidente – como eu odeio esse sujeito – não teve pudores em tomar o poder, transformando o Mount Weather em uma ameaça maior e mais impiedosa. Já a segunda veio de Clarke para Abby. Ainda que ela não tenha reivindicado o título de chanceler deixou bem claro que é ela que está no comando, o que não deixa de ser verdade. Ainda assim, a expressão no rosto de Abby deixou claro que ela não estava nenhum pouco satisfeita com aquela situação.

Assistimos, assim, a dois ótimos episódios que abrem caminho para a fase final da temporada e pela promo do próximo episódio sabemos que há muito pelo que se esperar.


Thais Medeiros

Uma fangirl desastrada, melodramática e indecisa, tentando (sem muito sucesso) sobreviver ao mundo dos adultos. Louca dos signos e das fanfics e convicta de que a Lufa-Lufa é a melhor casa de Hogwarts. Se pudesse viveria de açaí e pão de queijo.

Paracatu/ MG

Série Favorita: My Mad Fat Diary

Não assiste de jeito nenhum: Revenge

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