The 100 finalmente voltou a ser The 100. Talvez você possa achar essa uma colocação exagerada, mas, se acompanha minhas reviews, sabe de todo meu histórico de descontentamento com essa terceira temporada. Não é necessário concordar, mas para mim foram muitos os tropeções do roteiro e erros que fizeram dessa a temporada mais irregular da série. Sendo bem honesta, não fosse pelo compromisso semanal com site teria abandonado a história muitos episódios atrás. Fico feliz por não tê-lo feito, uma vez que essa reta final tem enchido meu coração de alegria e apresentado ótimos episódios. Perverse Instantiation (Part 1) foi um deles.
Apesar da melhora gradual, pela primeira vez nesse terceiro ano um episódio conseguiu me prender do início ao fim, me fez roer as unhas e me deixou desesperada para saber o que virá em seguida. Isso é The 100, pelo menos, o que a série costumava ser. De qualquer forma, hoje estou aqui para tecer elogios, então, vamos a eles.
É interessante ver como as tramas finalmente se amarraram e como a necessidade de sobreviver a uma ameaça maior tem feito Grounders e Sky People se unirem (sim, já vimos isso antes, mas dessa vez parece que irá funcionar). Além disso, vemos também a união entre pessoas que não gostam muito umas das outras, como Murphy e Bellamy. União que aproxima tais personagens, mostrando que, independente de qualquer coisa, todos ali se importam com alguém e fariam qualquer coisa para salvar as pessoas que amam e, de certa forma, a si mesmos.
Após a persistente negativa de Luna, Ontari surgiu como a última esperança para impedir A.L.I.E. Por meio segundo tive esperança, até tudo desandar novamente, me levando mais uma vez ao cenário de que não fazer ideia do que acontecerá em seguida. A morte de Ontari parece acabar com o estoque de Sanguínarias da Noite disponíveis. Além disso, não se pode esquecer que nossos mocinhos estão cercados por todos os lados. Nesse ponto, vale ressaltar como todas as cenas de ação foram muito bem feitas e conseguiram me deixar tensa do início ao fim. Destaque para a cena do elevador que sozinha acabou com todas as minhas unhas.
Mas se na Polis as coisas pegavam fogo, em Arkadia não estavam muito melhores. A revelação de que Jasper estava sobre o domínio de A.L.I.E foi surpreendente e serviu para criar muita tensão. Vê-lo esfaqueando Monty foi horrível, especialmente pela amizade dos dois, e todas as cenas que se seguiram foram carregadas de terror psicológico. O fim do episódio veio reafirmar esse cenário, colocando a vida de Harper em perigo. Algo que se torna extremamente interessante por recriar uma situação que assistimos a poucos episódios, colocando Raven em Monty em mais uma situação em que precisariam sacrificar uma pessoa amada pelo rapaz para terem a chance de derrotar A.L.I.E.
Já que o assunto é sacrifícios chega o momento de comentar a quase morte de Abby. Por meio minutos cheguei a acreditar que matariam a personagem, algo que não me desagradaria. Ainda assim, apesar dela ter sido salva nos quarenta e cinco minutos do segundo tempo, foi importante ver a obstinação de Clarke e pensar no sofrimento da personagem no momento em que entendeu que precisaria deixar a mãe morrer, para salvar a todos os outros.
Dito tudo isso, só posso repetir que Perverse Instantiation (Part 1) foi um excelente episódio e realmente espero que sua segunda parte seja ainda melhor, encerrando com dignidade essa temporada.
