A gente tarda, mas não falha! E cá estamos para comentar logo uma sequencia interessante de episódios deThe Big Bang Theory. Tivemos o melhor episódio da temporada sem a menor sombra de dúvidas e outro que não seguiu a mesma linha, mas foi muito bom. Diante dos acontecimentos de The Brain Bowl Incubation, imaginei uma continuação incrível, só que The Geology Elevation deixou de lado qualquer pista de que o capítulo anterior tinha existido. Nada de muito preocupante, claro – ainda acredito que vão retomar pelo menos um dos plots mais para frente.
The Brain Bowl Incubation veio para mostrar que a série ainda tem fôlego para mais uma temporada (no caso, essa 10ª apenas, por favor). Quero dizer, quando você pensaria em ver uma versão caliente de Sheldon querendo fazer bebês com Amy? Foi o plot mais interessante que criaram para eles em muito tempo. Foi bem construído porque todo contexto é favorável, desde os experimentos com as células a própria gravidez de Bernadette. Claro, Amy não está pronta para ter um filho no momento, mas ver Sheldon considerando – mais que isso, quase implorando – a possibilidade é um grande salto no Jogo da Vida dos dois.
Não sei qual das técnicas de sedução foi mais engraçada, só sei que não vou apagar tão cedo da memória aquela dança de flamenco. E o melhor de tudo foi a cara de espanto da Penny, seguido de Amy fugindo desesperada para não cair na tentação. Resta saber agora quanto tempo ela vai resistir ou se o Sheldon vai continuar insistindo nessa ideia – talvez se o baby Rostenkowski-Wolowitz nascer em breve (alguém sabe quanto tempo falta pra isso?), ele vai perceber que um filho não é um projeto que deva ser apressado dessa forma.
Agora o que dizer do novo romance de Raj? A primeira coisa que me passa pela cabeça é: ela é legal demais para ele. Raj ainda precisa amadurecer muito para estar com alguém como Issabela – afinal, ela é uma guerreira, trabalha em dois empregos para sustentar a si mesma e ao filho de 19 anos (que idade fofa, né?), enquanto ele tem tudo nas mãos quando quer e sem muito esforço. E pensando nisso, apesar dele nem de longe merecer, foi um caminho bem pensado para ele. Quem sabe esse vai ser o ponto de virada em que ele vai tomar consciência do que significa caminhar com as próprias pernas e crescer. Por serem ambos imigrantes, eles vão ter muitas experiências para compartilhar. E nós teremos um choque de culturas e classes sociais que vai ser ótimo, se continuar sendo bem encaminhado. Espero de verdade que Raj não seja um babaca com ela, como foi com as outras.
Enquanto em um episódio Sheldon mostrou uma versão nova de si mesmo, no outro ele só reforçou uma característica velha conhecida do público. Ele não consegue ficar feliz com o sucesso dos outros porque está sempre preocupado em como pode ser melhor que todos. Só não esperava que ele tivesse esse ser raivoso escondido dentro de si, do tipo que chuta pedras para aliviar a frustração ou tenta bater no coleguinha. Aliás, ainda não entendi a intenção dessa última atitude: foi para defender a honra de Amy ou a sua própria, por achar que Bert insinuou que poderia ter alguém melhor?
Por falar em Bert e nesse papo de inveja, foi um belo tapa na cara do Sheldon mesmo esse prêmio. Ele sempre desprezou o colega e a geologia (que “só estuda pedras”, segundo ele), mas foi esse combo que saiu vitorioso do MacArthur Genius. Nisso, que lição o Stephen Hawking deu nele! Qualquer vitória no campo da pesquisa é válida e não é motivo para ter inveja e/ou desmerecer o trabalho dos outros. Por enquanto, parece que Sheldon aprendeu, quero só ver se Howard for indicado no próximo ano.
Do outro lado da história, Howard estava todo empolgado com o brinquedo do mesmo Stephen Hawking que construiu há tempos e queria passar adiante para seu bebê. A ideia parecia de mau gosto desde o começo e ele precisou de várias opiniões para concordar com isso – ele finalmente se deu conta quando viu que Kripke adorou. Mal sabe ele que o próprio Hawking seria um dos apoiadores da ideia – o que ele nunca vai saber, já que os amigos concordaram em não contar. Bernadette agradece!
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