Você pode pensar que The Comic-Con Conundrum foi apenas o décimo sétimo episódio da décima temporada de The Big Bang Theory, mas não. Foi uma não tão sutil mensagem dos roteiristas e produtores de que o tom da série mudou, os personagens amadureceram, as histórias provavelmente serão mais “responsáveis”, mas nem por isso vai ser tudo diferente. Apesar de cuidar de famílias e/ou finanças agora, ainda vai ter espaço para aquele capricho.
A decisão que os amigos tomaram foi de extrema importância e de grande impacto. Depois de anos lutando para comprar os ingressos, escolhendo as melhores fantasias, passando horas nas filas de painéis, eles vão dar adeus a Comic-Con (enquanto a gente fica aqui, querendo ir pelo menos em uma). Com exceção de Sheldon, que se recusa a ser privado da experiência, eles decidiram que já aproveitaram o suficiente e agora têm questões mais urgentes para cuidar. Howard é pai há pouco tempo, Raj mal tem dinheiro para manter seus pertences e Leonard poderia gastar esse tempo em uma atividade que agradasse também a Penny.
O que começou parecendo uma birra de criança, vem sendo uma das melhores ideias da 10ª temporada até o momento. Raj finalmente cortou o “cordão umbilical” e agora precisa gerenciar suas finanças. O problema maior é que são tantas contas (a maioria inútil, tipo adotar um pinguim – vamos combinar, fofo, mas qual a necessidade?) que ele não consegue fazer tudo isso sozinho. A sorte é que Sheldon adora esse tipo de coisa e só pelo prazer de ver Raj sofrendo já aceitaria o cargo de administrador. Bom para ele que está crescendo a ponto de recusar a ajuda financeira dos amigos – o que ele disse foi bonito: ele cuida de Halley porque gosta, por ser padrinho dela, não por dinheiro. Continue assim, Raj!
“Então eles estão tentando fazer o outro feliz, e no fim das contas estão se deixando triste?”
Essa é a história de Penny e Leonard, um casal que deveria ser feliz, mas não é. Tudo isso por culpa deles mesmos (ou deveria dizer: por culpa do roteiro saturado?). Passam as temporadas e o problema é o mesmo: eles não conseguem abrir o jogo quando há algo incomodando – não sem antes ter todo aquele drama e, é claro, envolver o máximo possível de amigos. Dessa vez, foi algo tão simples que uma olhada pra trás já resolveria o problema. Depois daquele fiasco da convenção geek em que Penny foi convidada a participar, é claro que a Comic-Con não seria o lugar pra ela.
Agora não seria bem mais simples dizer a verdade? Simples, rápido e indolor: eu não quero ir/não quero que você vá e tudo resolvido. E, pelo que Sheldon bem disse, não para por aí. Eles mentem em várias outras situações, até mesmo sobre as habilidades no volante de cada um. Provavelmente, num futuro não muito distante, vão colocar esses dois para fazer terapia de casais – e não seria uma surpresa se quem ministrasse essa reunião fosse o próprio Sheldon (que está no meio desse relacionamento há dez anos!).
E ainda:
– O capitalismo é maligno mesmo, né. Raj comprou as miniaturas por milhares de dólares, conseguiu míseros 25 com a venda.
– “Tudo bem. Assim eu e ela podemos chorar juntos” estou rindo até agora.
– Queria ver Penny e Leonard de casal Hulk, é pedir muito? Podiam se reunir com o Raj Aquaman e seriam um sucesso garantido.
– Melhor cena do episódio: Sheldon tentando convencer Amy a ir com ele na Comic-Con. Pena que o que ele estava oferecendo não era exatamente o que ela imaginava…
– A vontade de continuar infinitamente com a série é tanta que os protagonistas ofereceram diminuir em R$100 mil o salário para que Mayim Bialik e Melissa Rauch recebam um aumento. É chocante a diferença de salários e, ainda com o aumento, ela continua imensa! Com isso, ao que tudo indica, teremos mesmo mais dois anos de TBBT. Salve-se quem puder…
Por fim, queria pedir perdão pelo vacilo e pelo atraso, gente! Com a correria da vida, optei por juntar a review desse episódio com a do próximo, mas não contava com a astúcia da CBS com esses hiatus. Mas me conta, gostou do episódio de The Big Bang Theory? Então vem comentar aqui com a gente!
