The Blacklist – 2×05 The Front e 2×06 The Mombasa Cartel

Raymond Reddinton diz em um momento do quinto episódio de The Blacklist: “I remember thinking that the only men I`ve known that have people who are willing die for their cause are either Saints or Megalomaniacs” e se nós aprendemos alguma coisa nesses dois episódios é que na série da NBC não existem pessoas que lutam por boas causas, apenas megalomaníacos. Aliás, estamos acompanhando uma série com megalomaníacos correndo atrás de megalomaníacos.

No sexto episódio, conhecemos um grupo chamado The Front (No. 74) que lutava por um mundo melhor, mas como não confiavam na sociedade, resolveram ir atrás de uma droga que poderia exterminar a humanidade. O começo do episódio pareceu uma péssima adaptação de um livro do Dan Brown, com mapas e explicações históricas. Mas, a medida que a chance de uma nova Peste Negra cresce, o episódio cresce junto. O episódio foi “Ok”, mas só se você conseguir ignorar a imprudência da equipe do FBI com doenças contagiosas, claro.

No sétimo episódio, descobrimos que Red realmente se preocupa com o tráfico de animais, por isso, ele estava determinado a acabar com o The Mombasa Cartel (NO.114), traficantes de animais mais poderosos do mundo. Confesso que demorei um tempo para entender qual era a relação do tráfico com o sequestro de pessoas e com aquela pessoa gigante que fazia “bonecos humanos”. Mas depois tudo fez sentido e esse episódio se consolidou como o melhor dessa temporada. Teve momentos assustadores e interessantes. Então, acho que uma saída para Bokenkamp é apostar na complexidade.

Mas vamos falar dos megalomaníacos que aparecem semanalmente na NBC: Elizabeth Keen e Raymond.

Elizabeth Keen

Às vezes, The Blacklist parece aquela amiga que diz que precisa contar um segrego, mas ela enrola tanto, que quando ela conta você já descobriu o que era ou não está mais interessada. Foi isso o que aconteceu com o que (ou quem) estava atrás daquela porta.

Red já estava dizendo há um tempo que Lizzie estava escondendo alguma coisa e no episódio 6, essa suspeita se intensificou e prometeram que diriam no episódio seguinte. Logo, começa o jogo de adivinhação e a opção mais certa e óbvia era Tom Keen.

Sim, Tom está atrás daquela porta, barbudo e algemado. Agora, nos resta saber o que Tom disse para ela e se isso pode influenciar a série de alguma forma. Além disso, quero saber como Raymond vai reagir quando descobrir.

Mas, uma coisa incomoda quanto a construção de Elizabeth Keen como personagem é ela ser colocada para tomar decisões rapidamente quanto ao vilão da semana. Isso aconteceu no quarto e quinto episódio e as cenas foram semelhantes: Liz está apontando a arma para o vilão e não sabe se atira ou não. Ela sempre escolhe não atirar e depois, alguém concluí que aquela não era a melhor opção. Essas cenas são superficiais e derrubam a evolução de Keen na série.

Red

O jogo de adivinhação que ainda está acontecendo é: Quem é Zoe D’Antonio? Filha de Red? Filha de Berlin? Não sabemos. Mas, Red dedicou esses dois episódios para encontrar e construir uma relação com a moça, que trabalha em um food truck.

Red encontrou ela com uma foto de criança e nome, será que é aquela foto que ele guardava na primeira temporada? E quando eles se encontram, ela não reconhece. Então, ela pode ter conhecido ele quando criança ou ele está muito mudado.

Considerações Finais

Eu sempre fui encantada com a Mr. Kaplan e achei que a participação de Paul Reubens foi maravilhosa. Mas, Red sempre se supera quando o assunto é sua equipe. Em The Front, fomos apresentados à Glenn, uma pessoa que faz o criminoso mais temido dos EUA esperar 40 minutos em uma fila para saber que ele não fez o seu trabalho. Onde será que Red encontra esse povo?
O episódio 6 abre em Serra Leoa, onde traficantes chegam em uma fazenda para matar Samwel Zuma e sua família. Porém, o filho mais novo não é morto e é levado junto com eles. A cena não parecia conectada com o resto do episódio, mas no final descobrimos que a criança era Dembe. Dembe foi adotado por Red com 14 anos, se graduou, aprendeu três línguas diferentes e ainda não deseja a morte da pessoa que destruiu sua vida. Ainda quero saber mais sobre ele, mas é ótimo quando The Blacklist se aprofunda na vida dos personagens que já estão lá.
Depois de várias piadinhas de Aram desde que Samar entrou para a equipe do FBI, Aram finalmente conseguiu se aproximar de sua amada. No final de The Front, ele segura a mão de Samar, que estava num cama de hospital se recuperando, e por um minuto você esquece que ela está no FBI porque Red quer e isso deve fazer parte de algum plano.
Houve um tempo em que eu gostava de Donald Ressler, mas agora me pergunto: o que fizeram com ele? Entendo que com a morte da sua noiva, ele precisava de um tempo pra se recuperar, mas transformá-lo em um drogado foi uma péssima opção.