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The Crown – 1×06 Gelignite

Por: em 6 de novembro de 2016

The Crown – 1×06 Gelignite

Por: em

Gelignite, ao contrário dos episódios que o antecederam em The Crowntrata de um assunto que é quase universal quando se trata da realeza britânica: os bastidores do cotidiano e a relação com a imprensa. O resultado foi um episódio menos impactante que alguns dos anteriores, mas o ritmo com o qual as consequências da relação de Margaret e Peter foram tratadas garantiu um bom episódio ainda assim. Por ritmo, entendo principalmente o aspecto político que a relação, uma situação interna da Família Real, ganhou, principalmente através da figura de Tommy. A maneira que a série encontrou de mostrar o encantamento do público com o casal, além de refletir o histórico mais recente dessa imprensa que “vende” a realeza, conseguiu engajar o espectador na trama e garantir uma dinamicidade para o episódio, o que é quase uma constante para The Crown até agora.

The Crown - Margaret (Vanessa Kirby)

Como eu disse, muito dessa dinâmica veio da figura de Tommy, que nesse episódio passou de uma espécie de “Mão da Rainha” para se tornar um verdadeiro articulador político – graças à presença sempre segura da Rainha-Mãe -, garantindo a ele essa atmosfera onisciente (e onipotente) que pode e deve ser melhor explorada. Além disso, é importante pontuar que a “crise” foi muito bem articulada dentro do universo da série, não só em momentos óbvios, como na sequência em que todos os núcleos estão lendo a reportagem bombástica, mas em momentos mais sutis, como nas duas sequências dos telefonistas. Isso é importante porque a série, ainda que tenha uma estrutura fortemente episódica (ou seja, cada episódio tem uma história de começo, meio e fim), ela precisa se manter como uma unidade dramática coesa. Mas, vamo conversar que esse sempre foi o forte das coisas que a Netflix faz, né.

The Corwn - Margaret e Peter (1x06)

Falando sobre Margaret e Peter de fato, eu particularmente achei um tanto morna a evolução da relação deles. Considerando que essa relação foi o pivô de uma crise gigante, eu teria esperado um pouco mais de emoção na construção do relacionamento dos dois. A coisa toda me pareceu um tanto superficial, e aí ficou aquela sensação de “ah, é por isso que tá todo mundo discutindo?”. Porém, mesmo com a relação em si não necessariamente convencendo, as consequências dela convenceram e muito. Graças, mais uma vez a um roteiro bem amarrado e atuações no ponto (inclusive a de Vanessa Kirby, a Margaret). Agora, para finalizar, uma história que foi pouco explorada no episódio mas, pelo gancho, deve ser o próximo tópico (ou um dos próximos) que a série vai tratar: as traquinices de Philip, que insiste nessa história de “clube de homens” mas que Elizabeth claramente não comprou (os olhos maravilhosos de Claire Foy não me deixam mentir).

E você, o que achou de acompanhar os bastidores de uma crise real? Conta aí!


Gustavo Soares

Estudante de Cinema, fanboy de televisão, apaixonado por realities musicais, novelões cheios de diálogos e planos sequência. Filho ilegítimo da família Carter-Knowles

São Paulo - SP

Série Favorita: Glee

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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