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The Exorcist – 2×08 A Heaven of Hell/2×09 Ritual & Repetition

Por: em 16 de dezembro de 2017

The Exorcist – 2×08 A Heaven of Hell/2×09 Ritual & Repetition

Por: em

Depois de uma pequena pausa, The Exorcist retomou sua reta final com garra e nos apresentou episódios que conseguiram definir bem os rumos de diversos personagens. Entretanto, mesmo com tantos pontos positivos, a trama principal ainda não parece estar pronta para um desenvolvido satisfatório.

Reprodução/FOX

Sendo algo revelado há pouco tempo, o relacionamento de Mouse e Marcus trouxe diversas expectativas para a trama. Inserida em algo que não parecia andar, a personagem seria bem recebida ao interagir com um personagem que sempre apresentou um ótimo desenvolvimento. Apesar de ser sabido que um relacionamento entre ambos teria sido difícil levando em conta a sexualidade do padre, nada impedia de que sentimentos por parte dela pudessem ter surgido. Mesmo não sendo totalmente explicado, parece que enquanto Marcus nutria um grande apreço por Mouse, ela nutria sentimentos um pouco mais profundos por ele. Com a dura infância de Marcus e sua vida adulta complicada, era difícil acreditar que sua personalidade de 20 anos atrás apresentada e as decisões irresponsáveis seriam realmente verdadeiras, mas foi o que o roteiro nos mostrou. Ao aceitar o chamado de Deus, o padre não apenas precisou negar seus desejos, como também se afundou cada vez mais em um destino sombrio, muitas vezes sacrificando a própria felicidade pela salvação de outros. Isso parece ter sido o que o tornou tão duro consigo mesmo e com os outros, mostrando também o motivo de ser tão cuidadoso em sua relação com Tomás e até mesmo com Peter. Após lutar tanto para afastar os outros de si mesmo, não seria complicado voltar a lidar com a amizade ou com o amor?

Enquanto um dos padres precisa lidar com a pressão humana, o outro precisar lidar com a pressão divina. Tomás é, sem dúvida, o escolhido. Mas por quem? Por Deus, que parece tê-lo dado um dom para perceber a intervenção demoníaca, ou pelo próprio mal, já que parece ser uma peça importante tendo em vista tudo o que foi dito por Maria Walters? A verdade é que, de uma forma ou de outra, o destino de ambos os padres parecem estar ligados diretamente com a conspiração, a qual ainda não está pronta para recebê-los. Deixar Bennett se recuperando e focar na busca de Mouse não foi apenas uma forma de resolver relacionamentos do passado, mas também uma forma de adiar a história principal, que ainda está engatinhando quando comparada a outras tramas. Qual é a verdadeira intenção da conspiração? Seria o domínio do mundo? E qual é o verdadeiro propósito de Tomás com ela? Até o momento, a série está apresentando mais perguntas que respostas, fazendo com que isso seja o motivo da antologia ser, na maioria das vezes, a parte preferida do público.

Com uma história bem fechada e fazendo uma bela conexão com o filme, a primeira temporada nos presenteou com excelentes personagens, que atingiram as expectativas geradas e cumpriram seus objetivos. Dessa forma, seria difícil ver algum personagem do núcleo anterior retornando para a história. O ato de colocar Casey como a representação do demônio na mente de Tomás não foi apenas um ponto positivo, como também condiz com todo o caminho percorrido até agora por ele. Ela foi seu primeiro caso, sua primeira conexão com um poder tão forte e antigo. Indo além, foi seu primeiro sinal de vitória, a primeira vez em que viu o poder divino prosperando de uma forma tão grande. Colocá-la ali não apenas fez com que ele relembrasse o que passou, como também o lembrou do motivo de ter continuado nesse caminho. Não por ser o escolhido, mas pelo sorriso que era dado por aqueles que eram salvos, por aqueles que tinham suas orações atendidas. Sua paróquia foi o que lhe deu forças no início e nada mais certo do que retornar para ela para se lembrar dos motivos que o fizeram lutar. Sem perceber, o demônio usou suas habilidades contra si mesmo e devolveu para a história um exorcista pronto para eliminar o mal em seu caminho.

Reprodução/FOX

Com diversas possibilidades de tramas, o Orfanato – ou a casa adotiva – sempre se mostrou um dos pontos mais altos da temporada. E, sempre cumprindo as expectativas, nunca falhou em nos surpreender, salvo por alguns pequenos pontos negativos no decorrer dos episódios. Sendo uma história que deve ser finalizada ainda nesse segundo ano, era óbvio que não haveria tempo para desenvolver a história de cada um ali, principalmente das crianças que não ganharam tanto destaque, como Shelby e Tucker. Entretanto, é interessante notar a motivação do roteiro em nos dar o máximo possível de cada personagem, como vemos acontecendo com Verity. Sendo a primeira criança adotada, ela se viu salva de um passado que a destruiu quase que completamente, mas que não conseguiu tirar toda a força que residia dentro de si. Acostumada a sempre achar que nada daria certo para si, por um pequeno momento ela quase desistiu de Andy e de tudo que ele lutou por ela e pelas outras crianças. Mas a verdade é que ela foi amada como nunca e esse tipo de coisa não pode ser esquecida. Mesmo soando clichê, o amor deixa uma marca que nada nesse mundo pode apagar e isso influência em nossas escolhas de diversas formas. Agora ela está lutando para salvar aquele que a deu poder para isso.

Não é possível saber se Andy conseguirá sobreviver a todo esse processo. Levando em conta a força de demônio em questão e a dificuldade dos padres em expulsá-lo, mesmo já tendo enfrentado outros em estágio final e até mesmo anulado uma integração, parece que as coisas ficarão cada vez mais difíceis para ele. Apesar de existir uma chance de que ele nos surpreenda como Angela, que conseguiu sobreviver ao impensável, talvez ele também consiga voltar para a família que criou. Porém, nesse momento, parece mais provável que ele termine sua jornada ao lado de Nikki, que já está o esperando há muito tempo. E é nesse ponto em que Rose pode ser encaixada. Não atingindo seus objetivos românticos com Andy, ela finalmente achou pessoas que a querem por perto, pessoas que a consideram família. Andrew sabe que seus filhos estarão em ótimas mãos, pois Rose é, sem dúvidas, uma das pessoas mais preparadas para cuidar deles. Talvez apenas um sacrifício consiga salvar todos naquela ilha e ele parece ser o tipo de pai que faria tudo pelo seus filhos, até mesmo aceitar a morte.

Reprodução/FOX

Com um único episódio para a conclusão desse segundo ano, parece seguro dizer que a trama principal não deve ganhar tanto destaque tão cedo. No geral, The Exorcist está conduzindo bem a temporada e deve encerrar o novo arco satisfatoriamente. Mesmo não superando o primeiro ano na opinião de algumas pessoas, novamente a série mostra que tem força para continuar seguindo e, quem sabe, finalmente trabalhar melhor a conspiração.

Observações:

O retorno de Hannah Kasulka foi, sem dúvidas, uma das coisas que mais me deixaram feliz nessa temporada.

Mencionaram tanto o Tucker. Será que conseguirão trazê-lo de volta? Sendo influência demoníaca ou não, a agressão realmente aconteceu.

Andy fugiu e perdeu a oportunidade de matar Marcus. Claro que isso não aconteceria, mas foi uma bela oportunidade.

Esqueci totalmente do retorno da série.

Eu realmente gostaria que o Peter continuasse na história. Impossível que ele seja apenas uma pessoa aleatório no caminho de Marcus, né?

 


E você? O que achou dos episódios? Não se esqueça de deixar sua opinião e continuar acompanhando as reviews aqui, no Apaixonados por Séries.


Lucas de Siqueira

Apaixonado por Tom Holland, séries históricas, documentários sombrios e guerras. 19 anos de pura imersão em diferentes universos através da leitura e pronto para criar outros através da escrita.

Santa Branca/SP

Série Favorita: Game of Thrones

Não assiste de jeito nenhum: Revenge

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