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The Flash – 1×03 Things You Can’t Outrun

Por: em 22 de outubro de 2014

The Flash – 1×03 Things You Can’t Outrun

Por: em

A narração que abre o terceiro (e excelente) episódio de The Flash dita um pouco o rumo das histórias que vimos durante os 40 minutos de tela. Estamos correndo, o tempo todo, de tudo. Mas existem coisas das quais não podemos fugir. Coisas que temos que enfrentar face a face. Coisas que, no final do dia, vão nos tornar mais humanos. O segredo é encará-las de frente e entender que não precisamos carregar todo o peso sozinhos.

Barry e Caitlyn

É essa percepção que acaba unindo naturalmente Barry e Caitlin. Vejam bem: Barry aprendeu desde cedo a lidar com as perdas da vida. Viu sua mãe ser assassinada por um feixe de luz, o pai ser condenado e todo o seu mundo virar de cabeça pra baixo. Ainda não conhecemos a história de Caitlin, mas, aqui, podemos ver em flashbacks o que realmente aconteceu com seu noivo, Ronnie (Robbie Amell, que melhorou desde Tomorrow People, mas ainda deixa a desejar). A perda do rapaz afetou Caitlin mais do que ela deixa transparecer e Barry, talvez por estar familiarizado com isso, percebe a dor da garota ante a possibilidade de retornar ao local do acidente. E intervém.

É esse tipo de desenvolvimento de trama que deixa The Flash uma delícia de se assistir. Não são apenas os casos da semana, não é apenas a transformação de Barry; é o universo ao redor, é a construção dos personagens, é o passado (ou o futuro) que cada um deles guarda para si. Todas as cenas dos dois são ótimas graças a essa carga dramática e a ligação que ali se estabelece. Se no começo do episódio, vemos um Barry mais próximo de Cisco, no final, é possível dizer que a situação se inverteu.

E, claro, os flashbacks também nos mostraram um pouco mais do que realmente aconteceu no dia da explosão do acelerador de partículas. O sacrifício de Ronnie não é a única coisa que chama atenção. Para nós, que já conhecemos um pouco da figura de Wells, o olhar sedento e brilhante, o modo de falar (de como esperou aquilo por séculos) dão a entender que, talvez, exista muito mais por trás da explosão do que acreditamos e do que Wells diz.

Joe The flash

A relação de Joe e Barry também ganhou mais destaque e novos contornos. É muito bacana observar como o homem da lei se preocupa com o garoto que criou e como tem medo de que qualquer coisa o machuque. Joe vê em Barry um filho e, por mais que Barry não admita, também vê nele um segundo pai. A decisão de reabrir o caso da morte da mãe do nosso velocista escarlate é mais uma prova do quão significativo é o sentimento que existe entre os dois.

Joe, no fim do dia, também decidiu parar de fugir do que não podia. Minha dúvida é só: Como você prova que um borrão matou uma pessoa? Vai dar um pouco de trabalho… Mas vai ser interessante de ver. Então bora confiar.

Ainda nesse núcleo, mas naquela parte que ninguém se importa, Isis e Eddie assumiram seu namoro. Três coisas colocam um pouco de potencial no casal: As teorias de que Eddie possa ser o Flash Reverso, o sentimento que Barry nutre por Isis e a obsessão da morena pelo novo borrão que surgiu na cidade. Quando tudo explodir, não vai sobrar pedra sobre pedra. E aí vai ser legal de ver.

Colocar os “casos da semana” de plano de fundo enquanto constrói sua história tem sido, até agora, o maior acerto de The Flash.  O metahumano da semana foi o Névoa. O personagem da DC, nas HQ’s, é um dos arquinimigos do Starman e, aqui, seguiu basicamente a mesma construção. Bem apresentado, bem usado, o vilão que se transformava em gás venenoso e infectava aqueles que julgava responsáveis por sua condenação à morte conseguiu dar ao episódio um bom clima de tensão em determinados momentos. E, pra terminar, a ideia de usar o acelerador de partículas como prisão para os freaks é uma saída a curto prazo, mas com certeza trará problemas.

Assista a promo do próximo episódio, Going Rogue:


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Obviamente, o episódio trouxe algumas referências ao universo DC.

Listamos algumas abaixo.

QG DC

– “Como fogo e gelo“: Em determinado momento, Caitlin se refere a ela e Ronnie como fogo e gelo. A referência é uma direta ao universo dos quadrinhos, onde Ronnie é o super herói Nuclear (elemento fogo) e Caitlin a vilã Nevasca (elemento gelo). Vamos ter que esperar para ver até onde isso estará presente na série.

–  “Não é como se eu quisesse um museu construído em meu nome“: Ao procurar algum crédito por sua captura recente de um criminoso, Barry menciona que ele não quer um museu construído para ele. Nos quadrinhos, Central City, eventualmente, constrói um Museu do Flash dedicado ao herói. 

Oficial Paulson: O oficial que Joe felicita por capturar o criminoso que Flash capturou é chamado Paulson. Nos quadrinhos, Paulson é o chefe do Departamento de Polícia de Central City. – Diabo Azul e RitaFarr: Os dois filmes em cartaz no cinema quando vemos Barry e Isis se divertindo são duas referências à histórias do universo DC.  Nos quadrinhos, o Diabo Azul é um super-herói com poderes místicos e Rita Farr, a Mulher-Elástica, era uma nadadora olímpica que virou estrela de cinema e ganhou habilidades de mudar de tamanho após ser exposta a gases vulcânicos na África.

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PS. Ganhamos temporada completa!


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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