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The Flash – 1×22 Rogue Air

Por: em 13 de maio de 2015

The Flash – 1×22 Rogue Air

Por: em

Desde o momento em que Barry começou a prender os meta humanos na “prisão” improvisada, algo como o que aconteceu aqui era esperado. O método usado é claramente discutível, como Joe bem colocou, por mais que a intenção por trás do mesmo seja válida. Não é pela prisão forçada que você vai ensinar alguma coisa.

A discussão estabelecida neste ponto foi uma das coisas mais interessantes de Rogue AirAo mesmo tempo em que todos aqueles meta humanos escolheram o caminho do crime, nenhum deles escolheu ganhar poderes e nenhum deles merecia morrer , o que provavelmente aconteceria se continuassem ali. Tentar transportá-los para algum lugar parecia a atitude mais sensata, mas divagações sociais a parte, o episódio acertou ao trazer de volta alguns dos vilões dessa primeira temporada e colocá-los em um confronto direto com Barry.

Flash

Mas nem os inimigos, nem mesmo Wells. O maior inimigo do velocista escarlate nesse episódio foi ele mesmo – ou melhor, suas ideias. A traição conferida por Leonard Snart (que, venhamos e convenhamos, já deveria ser esperada) fez com que o garoto questionasse seu modus operandi e, mais uma vez, se comparasse a Oliver Queen. Honestamente, eu achei que Barry já tinha superado isso, desde os tempos do primeiro crossover. Ele não é igual ao Arqueiro e, como Joe bem colocou, nem precisa ser. Os dois possuem o mesmo objetivo, mas Barry tem concepções diferente de Oliver, o que é perfeitamente normal, visto que por mais que ambos tenham sofrido traumas no passado, eles são de naturezas diferentes.

E, falando do cara de Starling City, eu achei que a participação de Oliver e Ronnie aqui seria um pouco maior. Mas que bom que não foi! The Flash finalmente está aprendendo que os personagens de um universo compartilhado não precisam ter tanto destaque quanto os da série onde eles estão fazendo participação especial. De qualquer forma, a luta de Flash, Arqueiro e Nuclear contra Wells foi fantástica. Encerrou o episódio com chave de ouro e foi muito bem realizada, inclusive na parte dos efeitos especiais – coisa que a CW é bem deficiente, mas que, em The Flash, anda acertando.

A conversa rápida entre Barry e Wells antes da luta é incrível. A dualidade que a série conseguiu criar entre eles dois desde que Barry descobriu a verdade sobre o professor funciona muito bem e eu espero que não encerrem essa história semana que vem – acredito que não, já que como Wells disse, há muito eles lutam entre si. Merecemos Flash Reverso por mais tempo. Com o professor nas mãos da equipe novamente, não consigo imaginar que rumos a trama vai tomar – a não ser, é claro, que tudo seja mais um plano de Eobard.

Eddie The Flash

Mas nem só de Barry e Wells viveu o episódio. Eddie foi outro que teve bastante destaque – coisa que já vinha acontecendo desde que descobriu a identidade de Barry e que foi potencializada com seu sequestro. Como esperado, saber que Barry e Iris vão se casar em algum ponto do futuro mexeu com a cabeça do detetive e foi interessante ver ele, logo de cara, confrontando Iris. Comentei a possibilidade da descoberta transformar Eddie em vilão, mas fiquei feliz de ver que The Flash optou por não seguir esse caminho mais óbvio – ao menos, não por agora. Nem mesmo contra Barry ele se colocou – o que mostra o caráter do personagem e faz dele um personagem mais gostável do que ele já é.

A “conversa final” entre ele e a noiva foi uma das melhores cenas do episódio. Iris, de fato, precisa parar um pouco e olhar para dentro de si, de forma a tentar entender o que sente por Barry. Querer seguir em frente com o noivado sabendo que sente algo por seu melhor amigo é de um egoísmo incrível, com Barry e com Eddie. Ainda bem que o detetive não se submeteu a isso.

Steirn The Flash

Outro personagem que ganhou uma participação maior foi Leonard Snart. Sou fã do Wentworth desde os tempos de Michael Scofield e gosto muito de ver como o personagem vem sendo trabalho com cuidado, até que chegue o momento em que ele saia para estrelar Legends of Tomorrow. Snart tem ideais interessantes, ainda que distorcidos. A atitude de libertar os meta humanos foi pensando muito mais nele do que nos “companheiros”, por exemplo, e ele não hesitou em trair Barry, que tinha confiado nele – ainda que fosse um confiar desconfiando.

E assim, ficamos com o cenário montado para o season finale. Sem meta humanos na prisão, Wells nas mãos de Barry e o acelerador de partículas aparentemente prestes a ser ativado novamente. Prontos ou não, semana que vem diremos adeus a uma das séries mais legais da temporada.

Confira a promo de Fast Enough:


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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