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The Flash – 2×09 Running to Stand Still (Fall Finale)

Por: em 10 de dezembro de 2015

The Flash – 2×09 Running to Stand Still (Fall Finale)

Por: em

Diferente do ano passado, em que explodiu nossas cabeças e nos deixou pensando e teorizando por meses a fio, The Flash escolheu fazer um fall finale mais moderado este ano. Sem grandes viradas e focado principalmente no desenvolvimento emocional de seus personagens, Running to Stand Still é um bom episódio e que fecha muito bem essa primeira parte de uma temporada que, até então, tem se mostrado mais um acerto da produção. Com a proximidade do Natal, era a hora de expressar melhor os sentimentos e teve um, em específico, que norteou quase todas as ações aqui: A culpa.

Foi a culpa que fez Patti entrar na divisão de caça a meta-humanos. A culpa por, em uma lógica um tanto quanto distorcida, ser a responsável pela morte do seu pai, nas mãos do Mago do Tempo. É complicado entender o que se passa na cabeça da personagem, porque por mais que pra gente, de fora, pareça óbvio que ela não tem culpa alguma, é muito diferente para quem está dentro da situação. A única coisa que me incomodou nisso tudo foi ela escolher justamente o Flash para desabafar. Eu entendo que, como ele colocou, é muito mais fácil falar com alguém o qual você não vê o rosto, mas isso coloca a relação dela com Barry em outro nível. Ele com certeza terá mais dificuldade em eventualmente revelar o seu segredo e, quando ela descobrir, podemos ter um drama desnecessário, sobre jogo duplo ou algo assim. Oremos para que não.

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É também culpa que faz Joe se emocionar tanto ao saber da existência de Wally West. Culpa por não ter procurando Francine, por não perceber que tinha um outro filho, por toda uma vida que Wally passou sem ter uma figura paterna (aparentemente, porque Francine pode ter tido outro marido). Os natais sem carinho, os aniversários sem abraço… É muito para se administrar e dá pra entender a postura de Joe e porque ele se sente assim. A chegada de Wally no natal do West é um tanto quanto novelística, mas funciona graças ao bom background da história que foi construído. Seja bem vindo, Wally West. Mal posso esperar para ver até onde essa história vai nos levar quando a série retornar em janeiro.

Dadas as devidas proporções, foi também a culpa que fez Snart não seguir em frente com o plano do Mago do Tempo de matar Barry. É complicado descrever qual o tipo de relação foi construída entre o Flash e o Capitão Frio, mas a coisa já deixou de ser inimizada. Ainda não é amizade (talvez com Legends of Tomorrow vindo, se torne), mas de alguma forma, Snart sente que tem uma dívida com Barry e isso que o faz avisar ao Flash sobre os planos de Mardon e Trickster (que voltou mais bizarro do que nunca).

O confronto entre os dois vilões e Barry não foi tão interessante quanto poderia ser (muito graças ao fato dos dois já serem velhos conhecidos), mas funcionou para mostrar mais uma vez o lado altruísta de Barry, disposto a se sacrificar para salvar milhões de crianças inocentes, e para trazer novamente o conceito do universo resetado, agora com a arma que Cisco construiu contra Mardon. O momento ápice do plot, sem dúvida, foi quando Patti apontou sua arma para o Mago do Tempo e, por pouco, não puxou o gatilho. Barry estava certo: Se Patti o fizesse, seria um caminho sem volta.

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No meio disso tudo, Zoom pouco apareceu. Mas se sua identidade continua um mistério, seus planos finalmente são claros: Numa vibe ‘bruxa de João e Maria’, Zoom está fortalecendo Barry, para em seguida roubar sua velocidade. Ainda não está claro como ou porque ele pretende fazer isso, mas finalmente temos um ponto de partida, algo para afirmar de certeza e não apenas especular. Não me surpreendeu nenhum pouco ele “recrutar” Wells para a tarefa. O bacana é ver que o cientista claramente não é uma má pessoa e só aceitou fazer parte do plano porque precisa salvar sua filha. Espero, de verdade, que Barry e todo o time entendam suas atitudes quanto tudo vier a tona, até porque não acho que a série vá simplesmente mandá-lo de volta para a Terra 2 ao fim da temporada.

E falando em Terra 2, descobrimos o shipper mais fervoroso de Caitlin e Jay: Cisco. Foi sensacional vê-lo observando os dois com angústia e soltando frases como “Isso é doloroso.” ou “Se beijem logo“. Gente como a gente. E, no fim das contas, o beijo (um selinho, na verdade) rolou. E é isso que eu mais gosto em The Flash: Nada é atropelado e o romance não é o elo central da história. Ele está ali, em segundo plano, para promover um alívio depois da tensão. Que assim continue!

Outras observações:

  • Barry e Iris funcionam muito, muito, muito bem como amigos e confidentes. Que assim seja, pra sempre!
  • Talvez um cisco tenha pousado no meu olho na cena em que Joe dá o relógio a Barry. Só talvez.
  • Até eu to começando a chamar o Wells de Harry agora.
  • Se eu fosse uma criança e um homem feio e estranho como o Trickster viesse me oferecer um presente, eu ia sair correndo e chorando pra minha mãe, fato.
  • Agora, só temos episódio inédito em janeiro. Um muito obrigado a todo mundo que me acompanhou nas reviews nessa primeira metade da temporada. Feliz Natal e um próspero ano novo pra todos nós! Até a volta.

Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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