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The Flash – 2×10 Potential Energy

Por: em 21 de janeiro de 2016

The Flash – 2×10 Potential Energy

Por: em

Estamos de volta, senhoras e senhores! Potential Energy é um episódio comum, sem grandes acontecimentos ou viradas inesperadas, que em muito lembrou os ‘casos-da-semana’ da primeira temporada. Isso é um demérito? Jamais. Foram 42 minutos de entretenimento, que conseguiram também dar evolução (ainda que lenta) a algumas tramas maiores e trouxe, infelizmente, o encerramento de outros. E sim, eu estou falando exatamente do que você está pensando.

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Patti está deixando Central City. Não adianta chorar, não adianta reclamar. O que nos resta é lamentar junto com o Barry e um pote gigante de sorvete, porque se este for mesmo o fim da personagem (o que não acredito), será uma perda gigantesca. A policial chegou como quem não quer nada e graças ao carisma enorme de Shantel VanSanten, se tornou uma das figuras mais queridas deste segundo ano. Enquanto todos esperávamos por Jay Garrick e Wally West, foi Patti Spivot o grande nome desta primeira metade do segundo ano. Por mais triste que sua partida soe, ela é totalmente compreensível e, mesmo que o Sr. Allen tenha seus motivos para agir como agiu, é fato que agora ele terá que conviver com o peso das decisões aqui tomadas.

Quando toda a historinha de “vou contar o meu segredo para Patti” começou, já dava pra sentir que não, não ia dar certo. A conversa de Barry com o Harry ditou o tom e o cientista tem sua parcela de razão. Expor Patti ao segredo da identidade do Flash seria colocá-la em um risco maior do que o que ela já enfrentava. É claro, esse é um peso que somente ela poderia escolher se conseguiria carregar ou não (e todos nós sabemos que ela conseguiria), mas como Iris brilhantemente colocou naquela conversa inicial com a garota, Barry acha que precisa carregar o peso do mundo nas costas dele e com sua namorada, isso não seria diferente. Depois de vê-la quase morrer nas mãos do Turtle apenas pelo modo como o Flash a olhou, ele jamais conseguiria ser egoísta (claro, aqui é uma questão de ponto de vista) a ponto de se revelar para a garota e colocá-la em risco. E, cá entre nós: Se ele o fizesse, não seria o Barry que amamos.

Isso nos levou ao momento de despedida entre eles. E que cena dolorosa. A química entre Grant e Shantel é explosiva e vai fazer muita falta e foi difícil ver a impotência estampada nos olhos de Barry, mais uma vez colocando Central City à frente de sua própria felicidade. Pelo menos, antes disso, fomos presenteados com ótimos momentos entre eles, como o convite para a exposição e a belíssima dança (e como esses dois atores estavam bonitos, shit!). Mesmo a DR depois, foi bonita – de um jeito triste, mas bonita. “Rápido é minha especialidade“. Que pena do Barry. Que duro.

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Sai Patti, entra Wally. E sério, que moleque chato. Eu tava de coração aberto para sua chegada e até com um pouco de pena graças a sua história de vida sofrida e tudo o mais (não deve ser fácil ter que virar adulto antes do tempo e cuidar da mãe doente, sem qualquer suporte), mas o modo agressivo como ele veio para cima do Joe foi indefensável e injustificável. Acusá-lo de ser culpado (como Wally fez indiretamente) de seu abandono é um erro gigante, considerando que Joe nunca soube que Francine estava grávida e não tinha como imaginar que tinha um filho perdido em algum lugar dos Estados Unidos. É de Joe que estamos falando aqui. O Joe que criou Iris sozinho e que assumiu a criação de Barry quando Henry foi preso e o amou como seu filho. Ele jamais abandonaria uma criança e, somente por essa suposição absurda, Wally já começou no saldo negativo.

Pelo menos, o roteiro não enrolou para ensaiar uma aproximação entre os dois. Deu pra ver que estamos indo a passos lentos e graduais, mas pouco a pouco Wally deve perceber a pessoa maravilhosa que Joe é. Uma coisa que eu sigo bastante curioso para ver é como será a relação dele com Barry e Iris. Estranha? Vão se dar bem de cara? Surgirá uma amizade daí? Não faço ideia e espero que The Flash saiba explorar todas as possibilidades presentes nesse universo.

E, falando em Barry e Iris, aproveito para falar, novamente, como eles funcionam bem mais como amigos. A conversa-desabafo depois do pequeno jantar que não aconteceu foi linda e a cumplicidade deles está cada vez maior. Se isso é um ensaio dos roteiristas para apostar novamente em um romance mais adiante, não sei. Mas por agora, tem funcionado muito bem essa nova página do relacionamento dos dois e se depois disso, tivermos mesmo que voltar a #WestAllen, que a transição seja tão bem feita como o fortalecimento dos laços entre eles está sendo.

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Laços que também estão fortalecidos entre Jay e Caitlin. O novo quase-casal continua agradando muito e agora, com o acréscimo de uma doença degenerativa pro Jay, as coisas tendem a ficar ainda mais interessantes. Como Caitlin mesmo colocou naquela desabafo para o boy, ela já perdeu o marido recentemente. O tom firme usado por ela deixa claro que ela não vai desistir de tentar encontrar uma forma de devolver os poderes de Jay, aparentemente a única ‘solução’ para sua doença. Se eu fosse apostar meu dinheiro nessa trama, diria que antes do fim da temporada, teremos dois Flashs juntos, lutando contra Zoom.

O que pode complicar um pouco são os métodos ainda discutíveis de Harry. Que ele está desesperado para salvar a filha das mãos de Zoom, todos sabemos (e entendemos). Que ele continue a agir pelas costas de uma equipe que confiou nele (mesmo com reservas inicialmente), não dá pra defender. O fato dele ter um plano totalmente oposto ao de Caitlin e Jay ainda vai dar muito pano para manga e como ficou claro pela sua atitude de pegar o sangue do Turtle ao final. Vamos ver, vamos ver.

Outras observações:

– Não achei espaço pra falar disso no texto, então vai lá: WTF is aquele Eobard Thawne voltando no final, mais perdido que eu quando esqueço de ler alguma página de um livro?

– Grant fica muito bem em roupa de gala, podem encontrar mais oportunidades para isso.

– A interação entre o Team Flash está cada vez melhor. Morri de rir aqui quando eles corrigem o horário da exposição para o Barry.

– Cisco estava particularmente inspirado nesse episódio com essa questão dos nomes.


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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