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The Flash – 2×15 King Shark

Por: em 24 de fevereiro de 2016

The Flash – 2×15 King Shark

Por: em

Depois de duas semanas de “férias” forçadas devido a algumas viagens, estou de volta! E com um episódio que, obviamente, não tem a mesma força e qualidade dos capítulos da Terra-2, mas serve para entreter e reforçar algumas consequências de tudo que aconteceu lá, além de dar mais destaque a um vilão que tinha aparecido apenas de relance: O famoso King Shark.

diggle-lyla

De uma certa forma, a presença do metahumano meio tubarão e meio homem serviu para nos entregar um episódio mais leve e focado no clássico monstro-da-semana, o que não é nenhum demérito. A presença de Diggle e Lyla foi bem usada, não apenas pelo up que os personagens deram ao caso em si, mas também por conseguir explicar melhor o fato de King Shark ainda estar vivo depois do ataque de Harry episódios atrás. Claro que a ARGUS ia estar metida nessa história, né? Além disso, pra galera que assiste Arrow, o fato também serviu para mostrar que sem a liderança de Amanda, a organização ganhará um novo rumo… Mas isso o meu amigo Leandro comenta com vocês lá nas reviews do Arqueiro Verde.

O ataque do Tubarão Rei também casou perfeitamente com o atual momento da trama, com as pontes entre os mundos fechadas. É como se ele fosse o “último vilão da Terra-2”, o fechamento de um ciclo que começou lá na premiere e que agora está totalmente voltado para a batalha contra Zoom. Não vou dizer que não esperava um pouco mais do confronto do Flash com o monstro, mas a solução encontrada foi simples, fácil de entender e ainda nos deu cenas legais, como o velocista escarlate eletrocutando a água. Falando nisso, nunca costumo comentar a parte técnica dos episódios (porque sempre é algo bem comum), mas a fotografia desse episódio em específico estava linda. Aquelas cenas na praia (mar? rio? Não saquei o que era aquilo) com o clima nublado ficaram de encher os olhos.

A complicada relação entre Barry e Wally também entrou em pauta. Não dá pra dizer exatamente se existe um lado certo ou errado nessa história, mas é fato que estava faltando um pouco de boa vontade de ambas as partes para iniciar um possível relacionamento. Da parte de Wally, a coisa soava um tanto quanto inveja e ciúme (sério, garoto, me ajuda a te ajudar) e da parte de Bar, talvez um tanto quanto como medo ou hesitação em se envolver com o novo membro da família. As cenas dos dois foram bem constrangedoras, pois era perceptível o quanto era desconfortável, para ambos, aquela situação. Em outro momento, talvez, a coisa fosse diferente. Mas não agora. Não com um Barry totalmente quebrado pelos acontecimentos da viagem a Terra-2. 

barry-escada

Não canso de elogiar Grant Gustin e nunca vou cansar. A cena onde o rapaz está sentado na escada e chora e desabafa com Joe e Iris sobre ter visto o pai adotivo morrer sem poder fazer nada na Terra-2 tem uma carga de texto pesada e que o ator conseguiu transmitir muito bem. Bar é um cara extremamente sensível e apegado as pessoas que ama, então é perfeitamente compreensível esse mix de sentimentos que se instaurou em sua cabeça depois de tudo que viu. Eu já falei isso em outras resenhas, mas essa mania de Allen de carregar o mundo em seus ombros ainda vai custar muito caro em algum momento. Ele precisa entender que mesmo os heróis cometem falhas e podem sangrar uma vez ou outra. Não dá pra salvar todo mundo sempre. Nesse ponto, o discurso de Diggle ao final é perfeito e resume muito bem.

Fugir dos problemas não é a solução e nunca vai ser. O voice-over um tanto quanto depressivo feat motivacional que ele faz no começo é ótimo para ressaltar isso, mas de nada adianta se ficar apenas nas palavras. Só entendendo que não é responsável pelo sequestro de Jay e que pouco podia fazer para ajudar Iris e Joe na Terra-2, Barry teria paz. E o discurso excelente do fim do episódio mostra isso: Um Barry decidido, firme, que entende que nem tudo é sua culpa, mas mesmo assim não está disposto a jogar a toalha ainda. Um Bar que quer honrar a ‘morte’ de Jay, quer dar um sentido a isso, a tudo o que eles passaram na Terra-2… E Zoom que se cuide, porque dessa vez, ele parece estar ainda mais determinado.

E foi seguindo a mesma linha do plot dos desdobramentos das consequências de tudo que foi visto na Terra-2 que tivemos ainda o começo de uma possível transição de Caitlin em Nevasca. É claro que ela não é uma metahumana e tem um longo caminho a percorrer, mas já está claro que enfrentar dois períodos de luto em um intervalo tão pequeno de tempo ativou (ou desativou, depende do seu modo de enxergar) um gatilho dentro de Cat. Seu olhar está mais duro, seu modo de falar é mais agressivo e, mesmo com sua doçura aparecendo em alguns momentos, como a conversa com Cisco onde ela quase desaba e diz que não pode se permitir sentir (sério, que dor), parece que algo está mudando dentro de Snow e diante do que vimos na Terra-2, as perspectivas não são tão boas assim, ainda que tenhamos as piadinhas que ela fez ao final sobre os fatos.

jay-zoom

E, enfim, chegamos ao grande momento do episódio: Se as cenas pós-créditos dessa temporada tinham deixado a desejar (lembram de nossa cabeça sempre explodindo ano passado??), tudo foi redimido agora, com a revelação de que Zoom é… JAY. Eu nem vou começar a especular como isso é possível, se aquele é Hunter Solomon (o duplo do Jay na Terra-1) ou um Jay de alguma outra terra… Ou o Jay que conhecemos não é da Terra-2… Confuso. Confuso. Alguém traz logo o dia 22 de março, por favor?

Deixem suas teorias e comentários abaixo! Nos vemos no retorno.

Outras observações:

– “Nobody is faster than me.” Essas piadinhas com o Wally e velocidade tão cada vez menos sutis.

– Até Diggle percebendo a mania que o Barry tem de carregar o peso do mundo nos ombros.

– Joe citando Sharknado, como não amar?

– Aquela cara da Iris quando soube que  na Terra-2 ela e o Barry eram casados… Ainda dá liga?

– É ou não é pra morrer de amor da cena onde Joe explica para Wally como se sente em relação a Barry? Já disse e repito: Melhor relação dessa série!

– Só eu ou aquele olho por trás da máscara de ferro é do Rick Cosnett? #VoltaEddie

Fique com a promo de Trajectory, que será exibido dia 22 de Março!


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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