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The Flash – 2×19 Back to Normal

Por: em 28 de abril de 2016

The Flash – 2×19 Back to Normal

Por: em

Back to Normal” pode ser colocado na cota de fillers da temporada. Sem grandes acontecimentos, viradas espetaculares ou mesmo uma ação de tirar o fôlego, o 19º episódio do 2º ano de The Flash é uma boa hora, que funciona isoladamente, mas que dificilmente será lembrada quando analisarmos a temporada de uma forma geral. Sua maior contribuição talvez esteja nas entrelinhas; pequenos desenvolvimentos de personagens e ideias soltas aqui apresentadas que, no futuro, poderão ser importantes.

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O grande destaque mesmo foi a interação entre Caitlin e Nevasca – e é preciso colocar que Danielle Panabaker estava excelente, tanto como Cait quanto como Killer Frost. Os livros e a ciência de Snow se contrapondo a ironia e a total falta de empatia de Nevasca. É claro que Caity foi muito ingênua em confiar em sua doppelganger assassina, mas no fim das contas, dá pra entender totalmente a atitude da personagem. Presa em uma Terra que não é sua, tendo que ouvir declarações de amor de um psicopata e sem qualquer perspectiva de salvação, era esperado que ela se agarrasse a primeira pessoa que lhe estendesse a mão… Mesmo que esta seja pessoa outra psicopata. Vida que segue, erro cometido. No fim das contas, acho que esse plot todo se apesenta como uma grande preparação para o futuro. Nevasca está morta, claro, mas acredito que o fato de Caitlin ter tido a chance de conversar com sua dupla durante alguns momentos vai ser de vital importância para o desenvolvimento da personagem e uma possível transformação futura. Não sei até onde vê-la ser morta pelas mãos de Hunter pode influenciar nisso, mas certamente Caity não sai dessa situação da mesma forma como entrou.

O plano megalomaníaco de Hunter foi citado por alto, mas também merece que falemos um pouco dele. Conquistar a outra Terra? Sério? Claro que, agora que ele está curado, o roteiro precisaria encontrar algum novo objetivo para o personagem, mas fiquei esperando por algo mais original. Os sentimentos que ele nutre por Caitlin obviamente são doentios, isso ficou claro aqui, e passam longe do que a gente pode configurar de “amor”. Talvez dê pra considerar como “posse” ou até mesmo “obsessão” e acho que, no fim das contas, isso vai acabar sendo o seu Calcanhar de Aquiles. À maneira distorcida dele, ele parece acreditar mesmo que matou Nevasca para protegê-la.

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Outra frente narrativa boa e que promete desdobramentos interesses no futuro diz respeito ao menino Wally West. Não é surpresa pra ninguém que acompanha os meus textos que a participação do icônico Kid Flash das HQ’s até então é uma decepção e pode ser reduzida a algumas birras e a história familiar com Joe, que só veio ficar interessante nas últimas semanas. Agora, finalmente podemos ver Wally em um crescimento exponencial e realmente curioso. Devido a todo o temperamento que o garoto já mostrou ter, pra mim já era certo que ele e o pai teriam uma briga séria quando ele exigisse que Joe lhe revelasse a identidade do Flash. Vê-lo compreensivo, querendo agradecer ao velocista e ainda mostrando que tirou algo de bom daquela situação e que agora pretende levar sua vida de maneira diferente foi uma surpresa. A conversa final dos dois é muito interessante e quando Wally diz que vai fazer essa oportunidade valer a pena, acho que está aberta a porta para uma possível transformação do garoto em velocista, como está no cânone. O plano proposto por Harry no final de criar outra explosão é a deixa perfeita para isso (e, porque não dizer, para também dar poderes a Caitlin).

Indo na contramão de Wally, Jesse precisou saber que o pai corria perigo para tomar uma atitude mais madura. Hoje mesmo eu li uma entrevista do Andrew Kreisberg (produtor executivo) falando que a introdução e desenvolvimento do Harry era uma das coisas que ele mais se orgulhava e eu concordo plenamente com ele. O personagem entrou sob a sombra do Eobard que conhecemos na temporada passada e, agora, já está estabelecido de uma maneira totalmente independente – pra gente, pro roteiro e pros próprios personagens. A atitude de culpar Barry e todos os outros pela ameaça que Zoom voltou a representar é precipitada, mas não chega a ser errada. Harry foi o único que nunca achou o plano uma boa ideia e agora ele pode usar o velho “Eu avisei.” E, no fim das contas, de nada valeu o pequeno chilique. Quando ele precisou, o Team Flash não hesitou em arriscar a vida para salvá-lo.

Todo o plot envolvendo Griffin foi bem sem graça, pra dizer a verdade. Ele não era exatamente o que podemos chamar de um meta-humano interessante, seus diálogos e frases vazias mais irritavam do que qualquer outra coisa, mas dá pra destacar dois pontos positivos de toda essa bagunça: A possibilidade de ver Barry em ação sem seus poderes, o que foi bem interessante, e a reflexão que tudo provocou no próprio Harry, levando-o a ideia de recriar a explosão do acelerador de partículas para devolver os poderes de Bar. Uma ideia, a primeira vista, absurda, pensando em tudo que pode dar errado. Mas teremos que pagar pra ver onde isso vai dar.

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Dessa maneira, Back to Normal se encerra como um episódio ok, sem grandes deslizes, mas também sem grandes avanços. Como diria o nosso poeta da MPB, não vou dizer que foi ruim, também não foi tão bom assim. 

Outras observações:

– Nevasca menciona que ela tinha um irmão chamado Charlie e que foi isso que ocasionou o surto de sua mãe. Caitlin disse que nunca teve nenhum irmão. E aí, eu pergunto a vocês: Será? Não acho que isso tenha sido colocado aleatoriamente, não.

– Cinco graduações, Jesse? E eu achando que tava arrasando porque terminei 1.

– Achei bem interessante o fato das vibrações das pessoas da Terra-2 funcionarem de forma diferente (não me peçam pra explicar o lance das zonas mortas de celulares, sou de humanas).

– Será que essa nova explosão vai ser usada de uma maneira semelhante ao que aconteceu em Ponto de Ignição (Flashpoint Paradox)? Lá, para recuperar seus poderes, Barry foi colocado numa cadeira, amarrado a produtos químicos e esperou que um raio o atingisse. Pela promo do próximo episódio, parece que a ideia do Harry é algo nessa linha – mas ainda acho que Wally, Caitlin ou outros podem ser afetados.

– Então não tinha plano. Ele deu a velocidade mesmo. Ai, ai, Barry.

– Barry e Iris vai muito acontecer, viu?

– Jesse funcionou muito bem como parte da equipe, né? Já quero ela como a mini Caitlin.

– Muito bom o começo do episódio, mostrando como Barry se adaptou (ou não) a rotina sem poderes.

Fique com a promo de Rupture, episódio de próxima terça. Deixe seu comentário e até lá! 


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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