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The Flash – 2×20 Rupture

Por: em 4 de maio de 2016

The Flash – 2×20 Rupture

Por: em

Com o season finale praticamente batendo à porta, “Rupture” dedica o seu tempo a resgatar relações familiares, desenhar os caminhos que levarão Barry de volta aos tempos de velocista e começar um novo capítulo na história do nosso novo casal favorito.

westallen

Sim, senhoras e senhores, eu estou realmente falando de Barry e Iris. Podem me jogar pedras, pedir minha demissão (não), reclamar, xingar muito no twitter.. Mas WestAllen finalmente está acontecendo e, surpresa, surpresa: Da melhor maneira possível. Temporada passada, o romance era claramente rejeitado e, talvez percebendo isso, os produtores decidiram colocar as coisas em banho-maria. Iris se acertou com Eddie, Barry teve uma breve temporada de felicidade nos braços de Patty e, agora, os dois voltam a se encontrar novamente. Se anteriormente suas sintonias estavam diferentes, agora o roteiro convence claramente de que eles estão operando na mesma frequência. Talvez seja decorrência dos corações quebrados e do quanto eles se ajudaram nesse meio tempo… o quanto sempre estiveram ali, um para o outro. Agora é a hora. É o timing perfeito. E foi bom ver logo Iris se dando conta disso. Era o mínimo depois de tudo que Barry sofreu por ela.

(E só pra abrir um parêntese aqui: The Flash conseguiu lidar com isso de um jeito bem melhor do que sua irmã mais velha, Arrow. Ao invés de ceder a rejeição do casal – que foi bem maior com Barry e Iris do que com Oliver e Laurel -, preferiu afastá-los um tempo, fazer uma limpa na imagem de Iris e trabalhar pouco a pouco para que os dois fossem se aproximando de uma forma que o acontecer do ship fosse inevitável. All hail to king Berlanti).

Mas é claro que as coisas não seriam tão fáceis. A cena em que Iris se declara a Barry era um prenúncio silencioso de que alguma coisa daria errado até o final do episódio e toda a insistência de Harry em seguir em frente com o plano absurdo de recriar a exploração do acelerador de partículas deixava tudo ainda mais claro. Foi bem interessante, aliás, a forma como o episódio abordou o duelo entre a ciência e o pragmatismo de Harry x a emoção de Henry.  No fim das contas, nenhum dos lados estava errado. Harry era a razão, que queria proteger a Terra-1 do monstro que é Hunter. Henry, a emoção e o medo de ver o filho morrer por um experimento falho. Barry acabou sendo o velho Barry. Aquele que cede à emoção, mas no fim, escolhe a razão. E o resultado disso foi a cena final.

wally e jesse

Não ficou claro o que aconteceu ali e acho que a sensação era exatamente essa: Deixar tudo às escuras e chocar. Mas depois de tantas referências aos quadrinhos que a temporada nos trouxe (especialmente nesse episódio, com a recriação da clássica cena de Ponto de Ignição), dá pra imaginar que provavelmente a experiência resultou algum tipo de fusão de Barry com a speedforce (é também o que a cena dá um pouco – bem pouco – a entender). Mas o que aconteceu, de fato, só saberemos semana que vem. Até lá, sinta-se a vontade para compartilhar suas teorias comigo na caixa de comentários. No meio disso tudo, acho que a única coisa certa que dá pra dizer é que Wally e Jesse ganharão, enfim, seus poderes de velocistas. 

A partir do momento em que a série jogou os dois numa mesma sala durante o tempo em que Harry recriaria a explosão, já ficou bastante óbvio o que iria acontecer, mas isso não deixou de render ótimos momentos, como Wally perguntando se ali havia wi-fi (te entendo, amigo. Se eu fosse ficar confinado sem saber porque e por quanto tempo, teria a mesma preocupação), a ótima interação entre os dois e o modo como eles conseguiram sair de lá e colocar os pés para fora no exato momento em que a explosão era recriada e os dois fossem atingidos. Sequência previsível, feijão com arroz, mas muito bem conduzida. Mal posso esperar pra vê-los como Kid Flash e Jesse Quick.

cisco e dante

Orbitando de maneira paralela, tivemos ainda o plot de Cisco e seu irmão, Dante.  A participação anterior do irmão do nosso Vibro não tinha sido exatamente interessante, mas dessa vez a coisa funcionou. A presença do Ruptura na ação deu um diferencial bacana e se tornou o gatilho que Ramon precisava para acertar sua relação com o irmão. As cenas em que Cisco revela seus poderes e em que abraça o irmão emocionado, selando a tão ansiada paz entre eles, são bem bonitas e mesmo que sejam infinitamente menos interessantes que o dilema de Barry, Harry e Henry que se desenvolvia lado a lado, foram necessárias para equilibrar o tom do episódio. E, claro, é sempre divertido pegar as referências nerds de Cisco. Dessa vez, eu concordo com ele: Ruptura parecia mesmo saído de algum jogo de World of Warcraft.

E só pra terminarmos, porque essa resenha já ficou enorme, ainda tivemos um pouco mais de demonstração da megalomania de Hunter (não que fosse preciso, né?). Aterrorizante vê-lo tomando a delegacia de Central City e disposto a promover uma chacina pelo simples prazer de mostrar que pode. Hunter é totalmente desequilibrado, um homem perigoso e que parece ter apenas uma fraqueza: O sentimento bizarro e um tanto quanto distorcido que diz sentir por Caitlin e o medo de ficar sozinho novamente. Falei semana passada e torno a repetir: Se sua ruína está em algum lugar, esse lugar atende pela alcunha de Caitlin Snow.

Outras observações:

– Uma Terra sem Fringe, de fato, deve ser uma Terra horrível.

– “Expecto Patronum” já é oficialmente a melhor referência ao universo de Harry Potter nos últimos anos.

– Mais uma coisa que não deve ser aleatória: O fato de ‘Garrick’ ser o sobrenome de solteira da mãe de Henry. Quero nem ver o nó que vai sair disso…

– Bem interessante a ideia de usar hologramas.

Fique com a promo de The Runaway Dinosaur (melhor nome!!!), episódio de próxima terça:

Até lá, comenta comigo, que eu sei que você também deve tá nervoso.


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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