O efeito de uma peça.

Partindo do ponto que os personagens se reúnem para ajudar na montagem do musical que Brandon prepara como seu projeto de formatura, alguns conflitos começam a ser resolvidos e outros passam a vir à tona como consequência do desenvolvimento da temporada, mas mesmo assim, não faço ideia do que irá ocorrer nesses poucos episódios que restam até a finale desse ano.

Tocando em um ponto que confesso que havia esquecido, Callie acompanha Daphne na audiência em busca da guarda de seu filha e tem um importante papel em ajudar sua amiga, mas que não dá muito certo já que Daphne precisa trabalhar e provar para o juiz que consegue sustentar sua filha. Trama teoricamente aleatória se não fosse para nos mostrar que Justina realmente não vale nada.

Contando uma história pouco convincente para Callie sobre sua vida, a investidora revela-se ser uma mulher totalmente não confiável, pois quando a garota descobre que ela está usando sua história de outras crianças adotivas para ganhar dinheiro, Justina reverte a situação numa chantagem sútil de que tudo trata-se sobre dinheiro, ela usa essas histórias a seu favor e para o “bem” enquanto Callie precisa dela para seu aplicativo e que pode oferecer um trabalho a sua amiga. Desde o começo toda essa assistência gratuita que Callie recebeu não foi nem um pouco convincente e acredito que deve haver mais sujeira dentro dessa história que possa deixar a garota em apuros.

Nas vésperas do musical, Brandon começa a passar por apuros quando tenta controlar todo o drama que envolve os protagonistas da peça, Mat, Mariana e companhia. Agora que ambos estão namorando com pessoas diferentes, a história da traição da baixinha vem à tona o que parece não deixar Nick muito confortável quanto a isso, já que é nítido que Mat e Mariana ainda estão envolvidos e os dois atuando juntos deve trazer ainda grandes problemas para os dois. Uma trama que está arrastada e longa e que só deve servir para juntar os dois novamente e despertar a ira de Nick, que não tem um bom caráter.

Mas uma trama que é sempre interessante (e diverte) é a das mães. Lena ainda procurando uma forma de Stef sentir-se confortável com sua condição é lhe apresentando um casal de lésbicas que também já passaram pela mesma coisa que as duas e convivem muito bem com isso, servindo para uma reflexão emocionante da nossa policial cortando seu cabelo bem ao estilo DeGeneres, deixando claro que possuía uma homofobia interna de pensar que deixar os cabelos longos e não ter seios a faria ser menos feminina. Ela eleva sua confiança e começa a não se importar mais com que os outros vão pensar e resolve sentir-se bem consigo mesma.

Outra discussão muito boa foi o tratamento que deram para pessoas que se envolvem com pessoas mais velhas sob diversos ponto de vista. Partindo do momento que Stef e Lena não concordam com o fato de Brandon ter um relacionamento com Cortney, que é bem mais velha que ele. O que faz Brandon relembrar de toda sua situação com Dani (a ex-namorada de seu pai) e Callie o confortando para que ele não guarde a culpa que sente, pois os dois passaram pela mesma coisa e não devem sentir vergonha disso. Interessante de ver como toda essa história é similar com o passado dos pais dos gêmeos, discussão que acontece atualmente.

Como previ, Gabe quer tentar uma aproximação com seus filhos, mas não sente-se bem com o fato de não ter nada a oferecer para os dois e todo a confusão que se deu no passado. Com a ajuda de Stef, ele passa a ajudar na montagem do musical e fica mais próximo de Jesus, que ainda tenta entender o afastamento dele. Confesso que a trama dos dois vem convencendo muito e deu um gás no personagem que muitos consideram descartável (até eu!) e fiquei com pena quando a polícia interrompe a conversa de Gabe e Mariana e o leva preso porque ele não pode estar próximo de uma menor de idade.

O desespero de Mariana contagiou e foi horrível vê-la naquela situação de não poder fazer nada pelo pai. Deixando mais um cliffhanger para a próxima semana, especialidade da série, que exibiu um episódio bom apesar de algumas tramas arrastadas.

Observações:

• Jude ausente de novo. Mike e A.J. nem deram as caras. Estão vivos?
• Quão estranho é duas lésbicas fazer topless na cozinha da sua casa? Jesus, coitado, sabe a resposta.
• Stef ficou bem bonitinha com esse cabelo novo.

Até a próxima, pessoal. E que venha The Fosters: The Musical, que promete!