Está tudo desmoronando.
Para uma série adolescente, The Fosters sempre apostou forte no melodrama ao mesmo tempo que sabe discutir e trabalhar muito bem situações tabus da sociedade atualmente. Não que essa aposta seja um demérito muito grande, a série veio amadurecendo um bocado nessa questão desde as primeiras temporadas, mas certos momentos chegam a incomodar e cansar o telespectador que está exausto de assistir tudo dar errado para essa família.
Callie sempre foi a maior vítima dessa opção dramática que os roteiristas optam por seguir, desde o começo acompanhamos mais erros do que acertos da garota, que também teve um leve amadurecimento, mas a vida insiste em puxá-la para baixo. Sempre impulsiva, dessa vez incomodou o fato dela ir até a polícia falar sobre um crime sem sequer avisar suas mães, impulsividade que ela já devia ter aprendido controlar, mas que os condutores da série preferem ignorar e tornar tudo mais complicado.
Atestar parte da culpa no depoimento e assiná-lo sem alguém por perto foi mais uma das suas péssimas decisões e, claro, seu passado com a justiça viria à tona para contrariar qualquer chance dela voltar para casa e aguardar o julgamento em segurança. Também devemos colocar na balança o quanto acoada ela estava nessa situação já que tinha boas intenções e injusta a abordagem do promotor do caso, que não deu nenhuma chance de defesa para a garota. Infelizmente, vamos ter que acompanhá-la novamente lidando com os perigos do reformatório e lidando pela milésima vez com a justiça que facilmente a tratará como culpada considerando que Troy tem uma ficha totalmente limpa, quão exagerado é querer tratá-la como maior de idade no próximo julgamento?
Mas essa semana o grande destaque foi de Jesus e as emoções do personagem finalmente desenvolvidas. Desde a troca de interpretes houve uma evolução tremenda na essência do personagem e histórias melhores trabalhadas, tornando a performance de Jake T. Austin totalmente esquecível. Em coma, finalmente tivemos o gêmeo de Mariana lidando com seus maiores medos, a culpa por ter trazido Nick para dentro de sua família e não ter protegido sua irmã o suficiente de todo o trauma. Todas as sequelas desse pós acidente pode deixar mais ainda Mariana fora do eixo, quando cada vez mais há insinuações de o que está ocorrendo é sua culpa. Ela não está conseguindo lidar com tantos problemas e parece estar sendo sufocada, tornando seu relacionamento com Mat invasivo diante da situação traumática que ainda não está perto de superar. Espero realmente que sua suposta gravidez seja um alarme falso e um efeito totalmente desesperado dela.
Tenho que destacar a força das mães diante do que está acontecendo sem desmoronar totalmente. A carga está pesada e nem todos os conflitos foram expostos ainda, como o suscetível vício de Jude em maconha precocemente e sua incapacidade de enxergar isso e a zero possibilidade de Brandon reverter sua situação com a Julliard. Logo, Lena foi a primeira a mostrar fraqueza quando projeta em sua cabeça alguém que já morreu para encontrar forças nesse momento, sem deixar de mencionar o quão cafona e clichê foi a cena em que ela descobre a verdade, mas compreensível considerando todas as falhas que os filhos estão cometendo, fazendo-a questionar seu papel de mãe.
Observações:
- Brandon falando algo que eu concorde em muito tempo: preferia o Jude de antes.
- Aliás, cadê Ana, Gabe e Robert no meio dessa situação toda?
- Podemos fazer outra contagem regressiva para ver Callie em encrenca dentro daquele reformatório.
- Aaron poderia aparecer e apresentar logo as suspeitas sobre o Troy.
- O exagero nessa caso da Callie está tanto que incomoda, não foi dito nos dois depoimentos que ela ligou para o socorro?
O que acharam do episódio? Não deixem de comentar e até semana que vem!
