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The Girlfriend Experience

Por: em 12 de abril de 2016

The Girlfriend Experience

Por: em

Ao final do primeiro episódio de The Girlfriend Experience, é possível assistir uma curta entrevista com Amy Seimetz, co-criadora da série e diretora do episódio, sobre o que acabou de assistir. Em um momento, a diretora conta que dirigiu uma cena para que os espectadores se sentissem como uma mosca na parede. Normalmente, eu não usaria nenhuma citação para escrever as Primeiras Impressões de uma série, mas a fala de Seimetz é necessária para compreender o novo drama da Starz que estreou no dia 10 de abril.

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Inspirada em um filme homônimo dirigido por Steven Soderbergh, a série acompanha Christine Reade, interpretada por Riley Keough (Mad Max: Estrada da Fúria), uma estudante de direito de Chicago que se torna uma prostituta – para ser mais precisa, Christine entra no mundo da “girlfriend experience” ou GFE, em que finge ter um relacionamento temporário com alguém disposto a pagar por isso.

O piloto chamado de “Entry” mostra a introdução de Christine a essa “experiência”, mas também constrói a imagem da protagonista. Christine é apresentada como uma pessoa incrivelmente manipulativa e é muito difícil reconhecer quando ela está sendo honesta ou calculando seus próprios sentimentos. Assim, as decisões da protagonista parecem que partem, muitas vezes, de personagens criados e incorporados por ela. Logo, a incrível atuação de Riley é necessária para dar credibilidade a todas essas facetas.

Para seu primeiro jantar como uma “girlfriend“, Christine decide usar o codinome “Chelsea” seguindo o conselho de Avery (Kate Lyn Sheil), amiga da faculdade, que afirma que ela pode ser quem ela gostaria de ser. Então, ela flerta com o seu suposto cliente e com as possibilidades que aquele encontro podem trazer ao mesmo tempo que reconhece que não é boa naquele jogo.

É para essa cena que a Seimetz afirma que os espectactadores acompanham a história como moscas, mas essa sensação está presente em todo o primeiro episódio. Seimetz e Lodge Kerrigan – criadores que dividem a responsabilidade da roteirização e direção de todos os 13 episódios da série – construíram uma estética voyer muito interessante que segue Christine em um universo que é feito de aparências.

Mas a maior qualidade de The Girlfriend Experience é que a série não se propõe a investigar o mundo da prostituição ou a vida dos milionários de Chicago. O drama é apenas sobre Christine. Os seus desejos, curiosidades, vontades e sexualidade são revelados aos poucos em uma série interessada em documentar a vida de uma mulher que tem o controle sobre o próprio destino.

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O único problema é que os episódios são curtos, então “Entry” parece uma obra incompleta. Mas se a ideia de Seimetz e Kerrigan era deixar o espectador com “gostinho de quero mais”, funcionou. Ao fim do primeiro episódio, a vontade é correr para devorar a temporada inteira que já está disponível para os assinantes da Startz e descobrir quais serão os próximos passos de Christine.


E você? Assistiu The Girlfriend Experience? Vai dar uma chance a série? Conte tudo nos comentários!


Nathani Mota

Jornalista, nerd e feminista. Melhor amiga da Mindy Kaling, mesmo que ela não saiba disso.

Salto / São Paulo

Série Favorita: Sherlock

Não assiste de jeito nenhum: Two and Half Men

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