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The Good Wife 7×05 – Payback

Por: em 5 de novembro de 2015

The Good Wife 7×05 – Payback

Por: em

Inconstância. Assim posso definir esse conjunto de cinco episódios que até então formam a sétima (derradeira?) temporada de The Good Wife. Depois de uma season premiere matadora, um roteiro morno como o terceiro e algo interessante como o de semana passada, retiro o que disse: Não dá pra saber mais o que os roteiristas estão pensando.

A série sempre se renovou graças ao peso de seus atores principais e recepção da crítica especializada. Pra se ter uma ideia, o episódio dessa semana pontuou 0.9 no Nielson Ratings, uma espécie de IBOPE dos gringos. Isso significa que foi a terceira pior audiência do domingo, atrás apenas de CSI: Cyber e Blood & Oil. Com uma audiência tão baixa, seria bom mesmo que os King decidissem finalizar na atual temporada.

O episódio, como todos os outros, se desenvolveu nos já conhecidos fronts: Alicia/Eli/Lockhart & Argos. Apesar dos personagens serem grandes trunfos, devido a complexidade e capacidade de cativar, nesse episódio em especial senti uma falta de união, quase como transição de núcleo de uma novela da globo. Falta a naturalidade e a sutileza pelas quais a trama era conhecida.

Mesmo quando os episódios pareciam longas barrigas dentro de tramas maiores, havia uma preocupação em procurar casos semanais polêmicos e atuais (sdds Bitcoin), que não estão num passado tão distante assim, afinal, semana passada em plena TV aberta, no primetimeThe Good Wife tematizou suicídio assistido. Não foi o caso do episódio dessa semana.

 

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Em Payback, Alicia e Lucca defendem uma estudante vítima de extorsão no processo de pagamento de suas dívidas escolares. Enquanto Jason Crouse investiga para onde foram os cheques de deposito da cliente em questão, Grace indaga a mãe sobre a possibilidade de fazer dinheiro num caso, até então, pequeno.  A chance vem na coletivização: num contexto macro, a Coleasum era uma universidade barata e que fazia propaganda enganosa, não oferecendo aos seus alunos sequer professores formados. Um processo coletivo é a chance dos alunos, assim como a dupla de advogadas, receber um bom montante de dinheiro.  Dessa história toda, os únicos momentos de brilhantismo são a dinâmica entre Florrick/Quinn, que parecem tão coreografadas a ponto de soltar “Objection!” no mesmo tom e instante. Timing é para poucos.

Na antiga firma, Cary e Howard participam de uma sessão de mediação para mostrar os seus problemas como idosos. É difícil, mesmo quando certo, levar esse personagem a sério. Dramático e pastelão, é estranho acreditar que um terço do episódio seja demandado por ele, incluindo uma dinâmica cujo objetivo é mostrar as dificuldades em ser idoso e um choro falso que rende uma cena muito, muito bizarra. Pobre Cary.

A última linha narrativa é a treta entre Eli e Ruth. Dessa vez com a volta de uma das personagens mais simpáticas que já passou por The Good Wife, a dona Marrisa, filha de Eli. Obstinada a arranjar outra emprego para o pai, colocando-o numa posição mais saudável, ela até convence Alicia a demitir Eli. Mas nada feito. Mr. Gold é duro na queda. O problema é que, quando um dos personagens mais interessantes começa a cansar, os roteiristas devem ver onde está o erro.

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Depois de Payback já não sei mais o que esperar dos próximos episódios (mas espero pagar língua na próxima review). Nem da própria série. O fim, se não está próximo, deveria.

Considerações finais: 

  • Jason Crouse é muito, muito arrogante. Além dessa postura fanfarrona do valentão que se dá bem, me irrita sua construção chapada, sem nuances. Sedutor-bad boy-engraçado. Além disso, Crouse é o quê? Como não conheço muito bem o trabalho de Jeffrey Dean Morgan fico sem jeito de colocar a culpa no ator. Vejamos as cenas dos próximos capítulos. Sdds Kalinda.
  • #GirlPower Alicia e Lucca cada vez mais fortes. Esperando Diane se tornar uma juíza.

Daniel Matos

Ex-gordo, fã de televisão e da Palmirinha.

Belo Horizonte

Série Favorita: The Good Wife

Não assiste de jeito nenhum: Game of Thrones

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