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The Good Wife – 7×15 Targets

Por: em 29 de fevereiro de 2016

The Good Wife – 7×15 Targets

Por: em

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A melhor coisa sobre The Good Wife é sua mitologia. Principalmente nos últimos episódios, onde o roteiro que costumava ser tão afiado vai se transformando numa massa de narrativa insonsa. Os personagens, os juízes, os advogados, figuras sempre recorrentes eram um dos grandes fatores responsáveis por distinguir o drama das outras produções que se passam em ambiente jurídico.

Elsbeth Tascioni, vivida por Carrie Preston, é um dos melhores personagens de The Good Wife. Sua existência já rendeu à atriz um Emmy e era garantia de momentos engraçados. A presença da advogada excêntrica e única foi uma constante na série, com participação em 14 episódios. Ao que parece, essa é sua última participação antes que a boa esposa esteja aposentada. E é uma pena. Uma pena porque o episódio dessa semana foi chato, mais uma vez chato. Nem a atuação de Preston ou o brilho de Tascioni foram suficientes para salvar um episódio de seu roteiro e execução sem graça.

As tramas, como de costume, foram dividas entre três fios narrativos: é difícil decidir qual delas foi a mais desinteressante. Eli e Peter contratam Elsbeth Tascioni para descobrir qual o motivo que leva o FBI e o Departamento de Justiça atrás deles. A curiosidade é a personagem perceber que não pode ajudá-los, já que há um conflito de interesses eminente: um dos clientes de Tascioni também está envolvido na investigação e salvar o pescoço de Peter pode comprometer o antigo cliente.

Para extrair essa informação de Elsbeth, Eli vai atrás do ex-marido da personagem, tão extravagante quanto ela. Se essa poderia ser  uma situação interessante e até divertida, ela causa vergonha alheia em quem assiste. Vergonha porque esse não é The Good Wife em seu melhor e não é digo de pertencer aos últimos episódios da série. O jogo de gato e rato entre os dois envolve até a custódia de um cachorro. Esse é o momento em que o motorista dá uma freada brusca e pergunta: “A que ponto chegamos?”

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A trama da firma não tem bons momentos capazes de redimir o episódio. David Lee começa a perceber uma movimentação de Diane em relação às mulheres da firma e contrata Jason para descobrir se é da intenção de Lockhart formar uma empresa composta só por mulheres. David Lee sendo peçonhento como só ele sabe (e consegue fazer).

Além disso, a dinâmica entre Lucca e Jason mostra-se até interessante, como o namorado e uma amiga que zelam pelo bem estar de Alicia, que de santa não tem nada. Depois de uns bons beijos, ela decide dar uma passo adiante e faz sexo no escritório, ao fim do expediente. Seria divertido se não fosse chato ou destoante da realidade. As cenas onde Jason seduz Alicia ou a pede pra ficar de olhos fechados são o cúmulo da forçação de barra, lembrando o Cine Privê da Band (uma cena que faz jus aos promos ridículos com a vibe de sexo no escritório).

O caso mais interessante é o de Alicia, que faz parte de uma comissão especial, com o objetivo de decidir o futuro de um jovem envolvido com terrorismo. Apesar de levantar questões interessantes, principalmente no contexto recente, também não empolga e nem se aprofunda.

Sete episódios restantes e o coro pelo fim de The Good Wife só aumenta.

Que temporada ruim, meus amigos.

Que episódio desastroso, Kings.

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Daniel Matos

Ex-gordo, fã de televisão e da Palmirinha.

Belo Horizonte

Série Favorita: The Good Wife

Não assiste de jeito nenhum: Game of Thrones

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