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The Originals – 1×17 Moon Over Bourbon Street

Por: em 22 de março de 2014

The Originals – 1×17 Moon Over Bourbon Street

Por: em

Cara, o episódio de The Originals foi tão diferente do que eu esperava essa semana que acabou por se tornar uma excelente surpresa nessa semana de ótimos episódios. Estava com um pouco de medo de como os personagens, principalmente Klaus e Elijah, iriam lidar com a despedida de Rebekah, mas a série não pecou um só momento quanto ao fato – dando a devida importância e fazendo com que os personagens tivessem as reações que condissessem com suas respectivas personalidades. Além disso, colocamos a mitologia de volta na mesa com cartadas bem inesperadas e tivemos quase que uma interação completa do elenco com o acordo entre espécies.

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O que gostei de verdade foi ver mais uma camada de Klaus ser exposta aos espectadores. Mesmo depois de um tempo da partida de sua irmã – passagem de tempo que se fez necessária -, o híbrido ainda mostra seus sentimentos danificados, misturando a ira pela traição, com o medo de nunca mais ver Rebekah na sua frente. Era de se esperar que ele se enclausurasse de alguma maneira e fora nas suas pinturas que ele encontrou um lugar tranquilo para repousar suas emoções. Interessante notar que a marca dessa recente briga foi muito mais profunda do que poderíamos imaginar para o personagem – Klaus realmente desistiu de tentar qualquer coisa que envolvesse de fato sua família original, abrindo caminho para uma trama muito bacana que é a retomada de sua linha genética da família de lobos da qual descende. Lembrando que pouco conhecemos sobre o pai verdadeiro de Klaus e essa revisita ao passado pode render flashbacks interessantes para o desenvolvimento dessa reta final da temporada. Além disso, Klaus também trouxe a tona o tal anel da lua, uma grande revelação da mitologia da série, que realmente não tinha sido pensada por muito tempo. Se o anel realmente funcionar, os lobisomens deixam finalmente de serem os seres mais frágeis da cadeia sobrenatural que temos na série, podendo brigar de igual para igual com todos os outros seres.

Não sei se vocês sentiram a mesma coisa, mas a saída de Rebekah parece ter trazido para a série infinitos novos personagens em uma tacada só. Além dos lobos do clã de Hayley que passaram a ter um maior destaque, conhecemos também Francesca, uma mulher com personalidade bastante forte e muito sensual. Ao que me pareceu, além das suas claras intenções de representar a ala humana no conselho, a personagem vem para suprir o cargo vago de ser a terceira pessoa em um dos triângulos amorosos mais importantes da série, o que envolve Hayley e Elijah. Esse casal está realmente numa brincadeira de gato e rato por tanto tempo que tô achando que só veremos algo acontecendo de fato no final da temporada (ou até só na segunda temporada). Eles tem uma química tão forte que admiro como o roteiro trabalha tão lentamente com o casal, fazendo cada momento intenso e muito representativo. Era claro que o embate entre os dois no conselho surgiria e seria um motivo de decepção para a grávida, que acaba se aproximando ainda mais de sua família loba. Venho curtindo muito essa discussão que a série traz para igualar os seres dentro da cidade, garantindo a cada um deles o seu digno espaço.

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Para isso que o tal do tratado de paz foi assinado e jurado com sangue – o que claramente não impedirá Klaus de absolutamente nada. Os lados vem se formando de maneira gradual, porém bem definidas. Os humanos ficam com a representação de Francesca. Os lobos ganham a força obscura de Klaus como parceiro, mas sem grandes alardes. Os vampiros são os que menos se preocupam e mais precisam se controlar. E as bruxas começam a ganhar força – alguém entendeu da onde surgiu o relacionamento de Klaus com Genevieve? Achei aleatório, porém compreensível. Fazemos coisas impensadas quando estamos passando por um momento complicado. Sobre as bruxas, é interessante comentarmos o crescimento das meninas da Colheita na trama e como os seus poderes são incrementados a cada episódio. E ressalto: se um dia eu tive raiva de Davina, hoje eu só quero que ela fique muito poderosa pra dar um pau naquela Monique, aprendiz de Celeste. Que menina insuportável. Cada vez que ela aparece em cena, torço para um feitiço para “não abrir a boca nem aparecer nunca mais” seja executado.

Gosto muito também da amizade de Davina com Josh. Eles se ajudam muito e acabam que enfrentando situações semelhantes por motivos bastante diferentes. O personagem andava bem sumido, mas voltou com a grande importância de ser o amigo que a garota precisa para enxergar mais claramente o rumo de suas decisões. Enquanto esses lados se formam, uma nova oposição surge com Marcel e Thierry. O primeiro deles está realmente determinado a tomar sua cidade de volta e começa a montar um exército para que isso se torne possível. A questão é: a hora que Elijah descobrir que isso está acontecendo pode ser tarde demais ou pode causar uma fúria que nunca vimos no personagem. De qualquer maneira, será interessante poder ver como eles vão lidar com esse fato. Mas Marcel não ficou só tramando vingança no episódio. Aproveitou para dar uns pegas em Cami e, talvez, ganhar mais uma aliada para a sua luta. Cami, que é uma das minhas favoritas, se mostrou bem forte ao lidar com a situação do seu tio, que só piora com o passar do tempo – a série se preocupou em explicar o porquê do feitiço não se desfazer com a morte da bruxa: muitas vezes, a piração é tão grande que toma conta do cérebro, se tornando irreversível.

Agora, estamos a 4 episódio do season finale e a CW decidiu fazer uma nova pausa. Voltamos com inéditos somente no dia 15 de abril, mas você já pode dar uma olhada no que “The Big Uneasy” promete. E não deixe de comentar conosco o que acho do episódio dessa semana!


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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