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The Originals – 2×04 Live and Let Die

Por: em 29 de outubro de 2014

The Originals – 2×04 Live and Let Die

Por: em

The Originals pisou no freio na sua quarta semana dessa segunda temporada, mas nem por isso entregou um episódio menos interessante ou mal trabalhado. Depois de todos os embates diretos que tivemos no último episódio estava meio claro quais seriam os caminhos seguidos nessa semana e tivemos tudo que esperávamos, talvez realizado de maneiras um pouco distante daquelas que imaginamos. Diferente também das últimas semanas, tivemos uma ação de todos os personagens nas tramas principais, sem sequer um momento desperdiçado com cenas aleatórias – essa é o grande diferencial da série, que não cansa de investir na ação e em um roteiro surpreendente.

originals 203 klaus

Klaus foi aquele que mais surpreendeu por suas atitudes durante “Live and Let Die“, o que mostra não só a evolução do personagem com o passar do tempo, mas também uma correlação direta com o depoimento de Cami para Finn – Klaus é complicado, se mostra de um jeito perverso para o mundo, porém é um ser capaz de amar. Por sinal, Cami vem sendo um dos pontos chaves de tanta mudança para o híbrido já que exige que o mesmo traga a tona uma humanidade quase que esquecida. As confissões compartilhadas na mesa de bar, seguidas pela dança lenta e representativa que selou um dos momentos mais bonitos da dupla. A tensão sexual estava ali e me agrada bastante o cuidado que o roteiro tem em investir nesse possível casal, já que os dois parecem danificados bastante para um relacionamento e poderia acabar com uma relação bem intensa e importante para o desenvolvimento da trama.

O pensamento do original muda tanto que mesmo batendo com Mikael de frente – em um embate de tirar o fôlego de qualquer pessoa – e ter ficado a beira da morte com a estaca branda no seu peito, Klaus não foi capaz de matá-lo.  Usou a faquinha do Papa Tunde, mas não o matou o que demonstra uma das maiores vulnerabilidades do personagem: a vontade ser aceito por aqueles que um dia amou. Negue o quanto for, essa busca sedenta por afeição vem sido a saga do personagem até aqui e faz muito sentido ele manter o pai vivo já que o mesmo demonstra uma constante em sua vida (mesmo que seja para infernizá-lo). Só que o tiro saiu pela culatra e Mikael resistiu aos poderes da faca, acordando muito antes do previsto, o que promete gerar alguns problemas para Nik. Ainda nesse núcleo, vale citar a interação do patriarca Mikaelson com a jovem Davina em uma clara lição ao estilo Karate Kid. Vou confessar que sou a favor de defesa pessoal e acho mesmo que Mikael tem razão ao expor que a mágica é só metade do caminho ganho, mas o treinamento para uma menina como Davina foi um pouco fora do normal.

originals 203 kol

Além disso, a bruxa interagiu também com Kol, que se aproxima cada vez mais de mostrar suas reais intenções. Primeiro ele escondeu da mãe que o pai estava de volta, agora encontra Davina (que a mãe tanto procura), não fala nada, liberta o pai e se faz de sonso. Estou realmente muito interessado para saber onde que tudo isso pode levar, porque ainda não vejo passos claros para o personagem. Do outro lado dessa bagunça, Esther mandou no jogo, por mais uma vez. O grande poder da bruxa original talvez nem seja a sua magia de fato, mas sim o grande conhecimento que tem da mente e das possíveis ações de cada um dos seus filhos (eu não estranharia nada se ela revelasse saber tudo que Kol faz pelas suas costas). Aquele ataque aos vampiros, aparentemente sem sentido, acabou se comprovando uma cilada para Elijah. O que fica de tudo isso, além das excelentes cenas de luta, é que Esther não está brincando e a “purificação” dos seus filhos parece ser um processo que ela irá investir até o fim. Finn (o mala) acabou sendo fundamental para, mais uma vez, ferrar com um dos irmãos – não me estranha todo mundo odiar ele.

Agora me digam, já sabemos que Esther fará Elijah revisitar seu passado, talvez incitando um pouco do ódio reprimido por Klaus, mas seria isso o suficiente? Porque vamos combinar que Klaus não faz questão nenhuma de esconder seu passado e lembrar disso nos momentos mais inconveniente possíveis, portanto Elijah já está para lá de acostumado – vale lembrar que teremos Nina Dobrev meus caros. O que me entristece sempre é ver o retrocesso na relação entre ele e Hayley, personagem que vem demonstrando uma das reações mais verossímeis em cima daquela que perdeu a filha e viu se transformar naquilo que sempre odiou. Claro que é um recurso interessante trabalhar a desconstrução deles para depois fundamentar a relação em uma base mais sólida, porém queríamos ver o casal junto logo. Marcel esteve no episódio, porém nem considero sua participação como grandes coisas. Uma novidade foi a relação homoafetiva/impossível/romeu e julieta do século XXI entre Josh e o lobo que acabou de aparecer. É a primeira vez que vemos a série investindo nesse tipo de relacionamento e parece que promete momentos muito interessantes porque não temos dúvidas de que eles irão se envolver muito mais do que esperam, certo?

originals 203 casal

Assim, ficamos por aqui. A trama promete der curvas interessantes na próxima semana, com essa revisita ao passado dos personagens e a adição de Tatia, a primeira das cópias, a mitologia desse mundo dos vampiros. Bom, deixo vocês com o vídeo promocional do próximo episódio, “Red Door”, e aguardo os comentários!

 


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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