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The Originals – 2×06 Wheel Inside the Wheel

Por: em 15 de novembro de 2014

The Originals – 2×06 Wheel Inside the Wheel

Por: em

Depois de alguns dias da exibição do episódio, cá estou eu finalmente conseguindo assistir para compartilhar um pouco do que achei com vocês e a verdade é uma só: essa semana The Originals caprichou na mitologia de uma maneira que me fez ficar ansiando pelos próximos passos da trama. Tudo que foi exibido colaborou para que “Wheel Inside the Wheel” fosse um excelente episódio, mas a mitologia, sem dúvidas, foi o maior dos destaques. Em uma tacada só tivemos a revelação do passado da sétima Original, a existência da irmã de Esther e também a volta de Ansel, pai biológico de Klaus. Segurem o fôlego, porque Plec não tá para brincadeira não minha gente.

originals 206 sisters

Vou começar com a parte que mais me intriga sempre que é a mitologia a cerca dos Originais. Essa família sempre me chamou muita atenção por ter uma trama tão bem criada e pensada, sem furos e com um pano de fundo que justificasse quase que todas as suas ações ao longo dos séculos. Aos poucos fomos conhecendo cada um deles: primeiro Elijah, depois Klaus, a agridoce Rebekah, seguidos pela reunião familiar com Kol, Finn, Esther e Mikael. Mas Esther fora mãe de sete filhos. Henrik morrera na noite em que ele e Klaus foram ver a transformação dos lobos. O outro filho morreu da praga que assolou o continente Europeu. Isso foi o tanto de informação que tínhamos até então. Agora, fomos apresentados a verdadeira história de Freya Mikaelson – o que mostra como sempre fomos enganados sobre Rebekah ser a única mulher. No passado, antes dessa penca de filhos, Esther tinha problemas para engravidar e como tinha renunciado de sua magia, teve de recorrer a sua irmão Dhalia para alguma ajuda dos ancestrais. Dhalia avisou que haveria um preço a se pagar, porém os desejos de construir uma família em Esther eram tão grandes, que esse mero detalhe passou desapercebido – porém não para Dhalia.

Os anos passaram e os Mikaelson foram vivendo suas vidas, até que a hora de se pagar pela felicidade chegou. Dhalia veio buscar a primeira dos filhos e assim seria por todas as gerações de Mikaelson que viriam pela frente – o que pode até ser uma maneira de justificar também a transformação que Esther fez na vida dos seus filhos, os tornando “inférteis” por serem vampiros. Freya foi levada e a história que ficou foi de que não houvera outra escolha, se não queimar a filha com resquícios da praga. E é nisso que a história que Plec cria, tanto me impressiona: seus vilões dificilmente tem o mal como motivação, geralmente são impulsionados a cometerem atrocidades por conta de fatores externos e subsequentes, transformando tudo em uma bola de neve. O que nos leva diretamente a primeira temporada e a caçada, até então, infundada de Hope. Nunca tivemos um real motivo para todas as bruxas quererem a filha de Klaus morta. Depois parecia uma simples vingança de Esther, cujo lado maternal é extremamente passível a críticas. E então tudo se amarra nesse episódio: a morte de Hope significava o pagamento a um pedido realizado séculos atrás – só que Hope nunca morreu, o que significa uma coisa: Dhalia voltará para caçar cada um dos Mikaelson como prometera no passado.

originals 206 relacoes

Só que de tudo isso, uma coisa acabou ficando na minha cabeça: vocês já viram Plec dar ponto sem nó? Eu não. Ela segurou todo esse tempo para nos contar a história de Freya – que obviamente foi um excelente argumento para justificar todos os atos da temporada passada -, mas talvez não seja impossível a gente duvidar da morte da garota? Não sei, fiquei muito com a sensação de que não foi só um argumento, de que poderíamos esbarrar com uma nova Original por aí – o que vocês acham? Estou bem em dúvida sobre como que isso vai se desenrolar, mas prevejo excelentes momentos no nosso caminho. O bacana  é que, de uma maneira ou de outra, isso tudo não ficou perdido em meio ao episódio. Esther e Klaus compartilharam momentos bem fortes e interessantes durante essas voltas ao passado – só que, por mais que aparente boas intenções, tenho uma tendência a não acreditar em muito do que Esther fala. Obstinada a trazer seus filhos para a mortalidade, a bruxa ofereceu muito do que Klaus sempre quis durante toda a sua vida, mas nunca tivera o poder da escolha – só que o ressentimento pelas atitudes recentes da sua mãe para eliminar sua filha o fizera deixar de lado a chance até de considerar o que estava sendo oferecido.

Esther foi mais longe do que poderíamos pensar: não trouxe para o presente somente seus filhos. Resgatou também do Outro Lado seu grande amor e  pai biológico de Klaus, que atende atualmente pelo nome de Ansel. Por mais que ninguém acredite, assim que ele apareceu, eu achei que ele era o pai do híbrido original, mas não fazia muito sentido, porque ele tinha morrido nas mãos de Mikael. Só que eu estava mais certo do que imaginei. O reencontro fugiu dos padrões “emocionantes” e teve um tom mais melancólico do que seria possível imaginar. As feridas de Klaus, por mais que tenham sido feitas em uma passado tão distante, ainda permanecem abertas, ardendo. A dor de pensar em tudo que sofreu por não ter alguém que lutasse do seu lado o cega de tal forma que aproveitar qualquer momento que seja, mais humano, com seu pai de verdade não foi possível. E aí entra a grande virada: supostamente Klaus está tendo toda oportunidade de deixar seu passado de lado e começar mais uma vez, com menos carga, menos drama – mas seria possível ele esquecer tudo que aconteceu e só ser feliz? Duvido muito disso.

originals 206 cami

No outro lado da trama, mas não tão longe, vimos um envolvimento maior de Cami e Vincent, ou melhor, Finn. Descobrindo finalmente que estava sendo enganada pelo seu orientador, Cami começa a se achegar muito mais da trama principal, desempenhando um papel que vem me agradando e muito: aquilo que Klaus sempre precisou, alguém que entendesse todos os seus conflitos e dramas. Fiquei só com medo da atitude que a loira tomaria naquele encontro nada casual, mas ainda bem que sua inteligência falou um pouco mais alto e ela deixou a estúpida ideia de lado. Finn tem, mais uma vez, um ponto cego, o que o torna vulnerável para um possível e futuro ataque. Hayley engata a sua ira na busca por Elijah, o que acabou se mostrando muito inútil já que Esther o devolveria de qualquer maneira. O ponto importante foi a retomada de Jack como um possível alfa para a matilha de lobos – que atualmente respondem como cachorrinhos a tudo que as bruxas pedem. Fico ansioso para essa guerra que se forma a pequenos passados e que pode culminar em um grande conflito entre todas as espécies, mais uma vez.

Elijah volta agora para casa transformado pelos pensamentos que Esther colocou na sua cabeça. Ainda não sabemos como o vampiro estará depois de tanta tortura psicológica, mas com certeza ele não será o mesmo. Davina e Kol também se mantiveram distantes, mas prometem voltar no próximo episódio – vale lembrar que agora Esther já sabe da sua traição quanto a volta de Mikael. O relacionamento entre Klaus e seus dois pais será certamente explorado e, por fim, podemos esperar uma visita de Dhalia em breve. Muitas emoções a caminho, não? Fiquemos no aguardo. Primeiro, você vê o vídeo promocional de “Chasing the Devil’s Tail” e depois, trate de comentar porque preciso de opiniões depois de tanta informação.

P.S.: Confiram também o primeiro dos episódios de The Originals – Awekening – websérie que conta um pouco mais do passado de Kol Mikaelson, um dos Originais mais adorados pelos fãs:


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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