Continuando o ritmo frenético imposto pelo episódio da semana passada, The Originals cresce mais uma vez e trabalha seus melhores personagens em tramas muito bacanas, o que eleva mais a série a uma das melhores do canal em que é exibida (apesar da audiência não parecer concordar muito). E se pensávamos que a volta de Freya seria algo perturbador, a personagem mostrou que suas intenções são um tanto obscuras e que talvez, esse retorno pode colocar todos em perigo, principalmente a pequena Hope, que teve sua sobrevivência escancarada para o mundo de uma vez por todas.
Se você não conseguiu entender qual o real motivo da volta de Freya, não espere que eu esclareça isso, porque também estou bastante confuso. A personagem parece ter um ano de vida a cada século, uma espécie de maldição imposta por Dhalia e agora que está viva, não parece se importar tanto com a família como demostrara no último episódio. Em alguns momentos cheguei a desconfiar de que talvez estivéssemos conhecendo Dhalia e não Freya, mas depois larguei essa ideia. Agora que eu acho que ela está aliada com a tia em alguma circunstância, isso tá. E mesmo que muito pequena, sua participação foi crucial para que Finn conseguisse enxergar as possibilidades e buscar finalmente um caminho que o levasse até a pequena Hope – caminho esse sem sucesso, mesmo que provisoriamente. A escalação de Riley Voelkel para o papel de Freya me pareceu muito acertada, porque o tom de mistério está ali o tempo inteiro, agora nos cabe decidir (e torcer) para saber em que lado a mais velha Mikaelson joga.
Embalando no lado duvidoso da família, esse episódio coroou Finn como o personagem mais odiado da série em muito tempo – sério, se você não o odeia ainda, te admiro bastante. Toda as suas ações repugnantes para conseguir atingir ao irmão vem sendo a grande engrenagem da temporada e, mesmo querendo ele trucidado, eu sei que esse ano não teria metade da graça sem sua presença. Ainda assim, vibrei quando Elijah – depois de mais um dos seus surtos – colocou ordem no pedaço e explodiu a bagaça toda. Duvido que Finn tenha morrido mesmo, sendo que o mais provável é que ele tenha pulado para outro corpo quando viu que o negócio não estava bom pro seu lado, mas só de ver ele se ferrando um pouco, eu fiquei mais feliz, porque olha, se ele virasse aqueles dedos dele mais uma vez pra fazer mal pra alguém, eu seria capaz de entrar na tela e dar um murro na cara do infeliz. Por mim, ele é o Mikaelson mais desprezível e não vejo a hora de me livrar dele, mas como ainda quero uma cena compartilhada por toda a família, deixem ele viver mais um pouco.
Agora os grandes momentos do episódio foram, sem dúvida, compartilhados por Klaus e Kol. A relação conturbada entre os irmãos veio mais uma vez a tona, expondo uma série de sentimentos reprimidos e temores do passado que precisavam, uma hora ou outra, ser compartilhados. A descoberta de que a recente empreitada de Kol era para matar Klaus, não soou muito bem aos ouvidos do híbrido, que se expressou de maneira arrogante e exagerada como sempre. Mas o que eu gosto muito em Klaus é que ele, apesar de ser muito escroto em alguns momentos, é quase que incapaz de fazer algo letal àqueles que chama de família. E toda essa jornada entre os dois parece finalmente ter chegado a uma conclusão ao aceitarem que unidos são muito mais fortes. Foi muito massa ver Klaus confiando no irmão para salvar a sobrinha, colocando a sua própria vida em jogo. Agora espero que alguém consiga tirar essa maldição de Kol – não sei se com a “morte” de Finn ela desaparece -, porque o personagem é muito bom para morrer.
Outra coisa que acho muito interessante é como Maisie, a atriz que interpreta Rebekah no momento, conseguiu pegar exatamente o jeito de Claire Holt – tem momentos que até mesmo a voz soa muito igual para mim. Seu jeito ainda um pouco desajeitado com a bruxaria foi de extrema valia para que Kol conseguisse canalizar a força necessária para deter Finn, mas sua participação ainda pode crescer mais nos próximos episódios. Aproveitar que ainda estamos no núcleo familiar e vamos falar de Hope – a menina que sobreviveu. Gente, vamos ser lógicos: ela é filha do Híbrido Original com uma lobisomem badass, então era muito claro que essa menina teria algum poder dentro dela, o que eu não esperava era que isso se manifestasse tão cedo. Me assustei com a cena final em que ela consegue parar o carro antes que Cami as levasse para a explosão. Olha, essa menina vai causar muito, escrevam isso (#girlpower #whorunstheworld). Quero mais desses poderes inesperados. Quero mais Hope sambando na cara dos inimigo.
Enquanto tudo isso acontecia ao mesmo tempo nos deixando sem fôlego algum, lá no meio das mata, alguns machos alfa decidiam se submeter a Jack para que o casamento surtisse efeito sobre a sua matilha também. Eu não sei no que tudo isso vai dar, mas eu ainda acho que não vai prestar. Não consigo acreditar que todo mundo vai aceitar essa situação e se submeter a um único alfa. Depois que o negócio tiver feito, vai vir uma briga por poder louca que pode acabar devastando o tal exército que eles tanto queriam construir. Fora que a vó de Jack ainda não me convence como uma pessoa “do bem”. Agora vou assumir uma coisa pra vocês: quem lê minhas reviews sabe que eu já odiei a Hayley um dia e hoje sou apaixonado por ela, me levando a conclusão que a personagem shippa com qualquer um da série. Sério, colocou ela com um cara, a gente compra. O vídeo promocional da semana que vem mostra que Klaus não tá aceitando muito bem esse casamento e podemos, definitivamente, esperar por momentos entre ela e Elijah. Confere aí o vídeo de “I love you, goodbye“:
Pois é, por enquanto a gente para por aqui e fica no aguardo de mais uma dose sanguinária semanal. Até a próxima.
