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The Originals – 2×22 Ashes to Ashes (Season Finale)

Por: em 12 de maio de 2015

The Originals – 2×22 Ashes to Ashes (Season Finale)

Por: em

Para aqueles que estavam esperando um final de temporada bombástico, The Originals veio exatamente na contramão dessa expectativa, nos entregando um episódio que decidiu trabalhar as questões abertas do grande arco desse segundo ano em atuações brilhantes de seu elenco e momentos que dificilmente serão esquecidos pelos fãs da série, mas sem nenhum daqueles momentos que ficam ecoando em nossa mente mesmo tempos depois que o episódio foi ao ar. A sensação que fica é que, mesmo com as tramas que deixou abertas para sua terceira temporada, a sequência final poderia ter servido como um encerramento para a série, empregando uma espécie de ciclo vicioso a história do híbrido que não tem limites quando se trata de sua família.

originals 222 - klaus

Depois do final da última semana, era muito difícil fazer apostas em qual seria o caminho escolhido pelo roteiro para finalizar o arco de Dhalia/Freya contra o resto dos Mikaelson. O interessante foi que, apesar de não ser exatamente bombástico, esse desfecho foi um momento bastante significativo para Klaus, principalmente, que se colocou de maneira completamente altruísta perante a salvação de sua filha – algo que pensávamos ser impossível devido a todas atrocidades que já o acompanhamos cometer ao longo desses anos. Era isso que tinha comentado com vocês e reforço: quando a série usa dos mesmos artifícios, ela tem que pelo menos levar a trama para outro lugar e a evolução de Klaus é algo muito bacana de se mostrar. A adaga no seu peito significava muito mais do que tentar vencer Dhalia, mostrava o quão disposto e vulnerável ele é capaz de ficar em nome da sua filha.

No meio desse plano, acabamos nos deparando com Esther, em seu corpo original, em mais uma das artimanhas dos Mikaelson. Juro para vocês que não entendo como Davina consegue ser passada tantas vezes para trás sem surtar com eles. Quando estávamos mais perto de trazer menino Kol de volto, o roteiro passa a perna e trás a bruxa Original para o embate final com a sua irmã – uma das melhores cenas, de longe. Gostei muito de ver todos os Mikaelson ali, mesmo que obrigados somente pelo amor a Hope, lutando juntos contra esse inimigo comum. Mais bacana ainda foi ver Esther se sacrificando pelos seus filhos e atingindo aquela que era a única expectativa de Dhalia com todas as suas atitudes até então: ter a irmã ao seu lado. O paralelo que a série traça nesse momento é muito legal: Esther sempre exigiu que seus filhos apoiassem um ao outro, quando ela mesma não tinha feito isso pela sua irmã no passado.

originals 222 - mikaelsons

Erro reparado que serviu de exemplo e pode estreitar alguns dos laços ainda pouco aprofundados na série, como Rebekah e Freya. Não temos como negar que a cada volta de Claire Holt, ficamos com aquele sentimento saudoso da primeira temporada. Ela é nossa Rebekah e, por isso, enquanto ela se dispor a voltar, a personagem se manterá viva. Dar a opção entre os corpos para ela é, no mínimo, justo considerando que a personagem sempre levou a humanidade como um dos seus maiores desejos. Seu caminho fica, nesse momento, completamente aberto. Apesar de não ter tomado uma decisão em definitivo, Rebekah escolheu ser bruxa por hora e manterá seu corpo vampiro seguro, caso alguma emergência venha a aparecer (o que esperamos que apareça!). E além das novas possibilidades que ela alcança com a vida bruxa, a chance do seu romance com Marcel acontecer parece mais certa agora que os dois finalmente se encontraram emocionalmente – apesar dele ainda estar bastante perdido no contexto que a série vem ganhando.

Já Freya, que logo depois da exibição do episódio foi confirmada como elenco fixo da terceira temporada, finalmente se redime com seus irmãos e firma de modo incontestável que nunca esteve do lado de Dhalia nessa batalha. Faço aqui minhas ressalvas com a personagem que tinha tudo para ser a bomba desse segundo ano. A segunda metade dessa temporada foi completamente baseada no seu retorno e talvez por isso tenha sido mais fraca. E, por mais prematuro que soe, talvez a escalação tenha prejudicado o papel. Todos os Mikaelson sempre chegaram com muito poder, ao contrário de Freya, que mesmo tentando ameaçar, parecia frágil demais. Espero que o tempo a torne mais relevante para a série e que sejam aprofundadas as suas relações com os demais irmãos, principalmente com Rebekah.

originals 222 - mik sisters

Enquanto alguns de aproximavam, Elijah pareceu estar com raiva suficiente para ignorar quaisquer planos de seu irmão – só que no final acabou voltando, talvez mais por Hayley, do que por ele. A relação Klaus/Elijah é um dos alicerces da série e, abalada como está, pode significar muito para o que podemos esperar pela frente. Por mais que brigassem, nunca os vimos afastados de fato – uma dinâmica que pode ser bacana de explorar. Aproveitando Hayley, o plot dos lobos ficou de lado em meio a tantas resoluções, o que os deixa amaldiçoados até a próxima temporada – mas se garantir Hayley nua na floresta para a gente, tá suave! Brincadeiras a parte, quero nem ver o que vai acontecer quando a loba conseguir se livrar das artimanhas de Klaus e voltar em busca da filha.

No campo do impossível, parece que shipar Camille e Klaus é pedir para sofrer. Quando é que esses dois vão se entregar a um momento que seja? Já tivemos tantas deixas para um beijo, mas até agora só ficamos com as emoções intensas de cada diálogo dos dois – que, sem dúvidas, é um dos melhores casais da série e que mais promete quando acontecer de fato, tamanho a diferença e dualidade que os personagens possuem. Por fim, porém não menos importante, nossa pequena Davina encerra a temporada como chefe de um clã, agora com Vincent como seu mentor e uma raiva absurda de todos os Mikaelson, que impediram a volta de Kol (sério Plec e Narducci, parem de fazer a gente sofrer e tragam ele de volta logo!!). Tudo que eu espero é que o terceiro ano não seja mais Davina x Klaus, porque disso já estamos cansados, né?

Sem dúvidas, esse foi um ano muito agitado em The Originals. Tivemos muitas reviravoltas, chegadas e despedidas e um ano mais instável para o show. Agradeço desde já a companhia de vocês durante essa segunda temporada e convido vocês para continuar nos acompanhando com as notícias que começarão a rolar sobre esse e outros seriados. Deixo vocês com o voiceover que encerrou o episódio em uma das mais belas cenas da temporada (e uma ótima maneira de fechar um ano que começou sendo contado do mesmo jeito, só que por Rebekah):

originals 222 - once upon a time

“Once upon a time, there’s a wolf king who fought a war for the most precious treasure in all the kingdom: his beautiful little princess. But victory came with a price: allies lost, new enimies made and so, the wolf king stood alone. Happily ever after he was not but sometimes, even the worst endings are not really endings at all and you should know, my littlest wolf, that even when all seems burned to ashes, in our history, there’s always another chapter to be told”

Nos vemos em outras reviews, notícias ou, em breve, na cobertura da Comic-Con. Até mais!


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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