Dando mais um passo em direção a profecia estabelecida no último episódio, The Originals voltou ao passado e mostrou mais da formação de Lucien como vampiro pelas mãos de Klaus e toda a passagem traumática que isso envolveu. Além disso, tivemos também a chegada definitiva de Tristan, representante oficial da linhagem de Elijah, e com ele uma sociedade vampira com objetivos ainda obscuros, a Strix. E o saldo que fica é de um episódio bem bacana e que abre infinitas possibilidades daqui para frente.
Não posso falar que não fiquei com o pé atrás com relação a chegada da Trindade na série. Podia ser uma trama muito chata e até batida, só que me surpreendendo completamente, ela funcionou – muito por parte dos personagens interessantes que trouxe consigo. É como se estivéssemos conhecendo os Originais mais uma vez, só que agora com a vulnerabilidade da transformação. Interessante notar também como seus primeiros transformados não passam de reflexos de suas próprias personalidades – algo que remete muito a relação entre pai e filho. Olhando para Lucien, vemos Klaus inteiro nele. Sua loucura, sua inconsequência, sua vontade de provar para o mundo que é dono de si.
Quando olhamos para o passado, a transformação dele não foi das mais fáceis. Klaus acabou se deixando levar pelo desejo da carne e passando a perna no ‘novo amigo’ para ficar com Aurora, até o seu irmão maluco, Tristan, decidir culpar alguém, não acabando muito bem para Lucien. Vimos Nik descobrindo os poderes do seu sangue e como realizar uma transformação. “E como uma fênix, eu ascendo” foi uma bela representação para a saída triunfal de Lucien diante das acusações que sofria no presente. Podemos afirmar que ele realmente não tem nada a ver com isso? Não, porque ele pode ter mandado alguém matar por ele e Cami está certa ao apontar o perfil dele que converge para esse tipo de ação, mas, por hora, ele é inocente até que se prove o contrário.
E é possível olhar para Tristan e não lembrar de Elijah? Toda a pompa e elegância está ali – o gesto com o lenço foi extremamente representativo nesse ponto. Apesar de ter mostrado muito pouco, o personagem já chega com uma carga enigmática muito forte e que o coloca nas cenas de crime que se espalham por New Orleans – afinal o sorriso Coringa foi uma das marcas de sua tortura em Lucien no passado. E agora começa uma guerra de nervos entre as linhagens e veremos todo mundo fazendo tudo que for possível para conseguir o que quer. Será que realmente existe uma arma para matar os Originais? O que será que a visão de Elijah realmente significa? Tudo muito confuso e só o tempo nos mostrará onde isso vai dar.
Aurora começa a trilhar seu caminho para a cidade, completando a Trindade de uma vez e dando o start na guerra de fato (tenho minhas desconfianças de que ela só não chegou ainda por problemas de agenda para a participação de Claire Holt nos episódios). Agora vem cá, CW não tinha dinheiro suficiente para pagar para o elenco todo aparecer no flashback? Fiquei um pouco chateado com isso, mas já me conformei que será assim em grande parte da temporada. Deixando a Trindade de lado, Klaus teve bastante foco no episódio, lidando um pouco mais com a culpa de ter tomado decisões um tanto contraditórias. Ainda acho que estão exagerando um pouco na dose dessa briga entre ele e Elijah, afinal nenhum dos dois é exemplo de nada ali.
Quando pensamos em toda a trajetória de Klaus, vemos que ele realmente evoluiu. Na cena em que diz que não será ele a matar Elijah, ele está praticamente implorando pelo perdão do irmão, que só sai andando, sem falar nada. Aos meus olhos, esse é um recurso que o roteiro quer manter para que a profecia tenha mais força e que a ameaça da família seja, de fato, uma ameaça. Tomara que nos surpreendamos com isso. A sociedade Strix é um mistério total. Tenho minhas ressalvas depois de Augustine em The Vampire Diaries, mas tô aqui de coração aberto esperando para ver o que dona Plec e Narducci vão aprontar com isso. Sobre Marcel, realmente não consigo me importar e nem comentar muito – acho sim que ele vai se juntar a Strix, até porque está se sentindo rejeitado, mas só queria que matassem ele logo para acabar com meu problema.
Hayley também está com um pouco de problema para aceitar sua nova condição e redefiniu os conceitos de sexo selvagem nesse episódio. Começo a gostar mais dela com Jack, do que com Elijah – mas isso pode ser um efeito direto da cena mesmo. Nada de Davina, com a graça do Senhor. Agora só resta dar uma olhada no vídeo promocional da semana que vem e comentar comigo o que você achou do episódio dessa semana. Até mais!
