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The Originals – 3×07 Out of the Easy/3×08 The Other Girl in New Orleans

Por: em 6 de dezembro de 2015

The Originals – 3×07 Out of the Easy/3×08 The Other Girl in New Orleans

Por: em

Não vem sendo um bom ano para The Originals. Além de uma trama que pouco se desenvolve, a série foi surpreendida pela mudança de horário da emissora, passando a ser exibida às sextas a partir de janeiro – horário completamente morto, quase atestando o cancelamento. Claro que é muito cedo para dizer, até porque a CW não tirará as séries da Plec de uma hora para outra, sem um final adequado. Talvez se elas mantiverem os números de audiência das quintas, possam receber uma temporada final. Só sabemos que o negócio tá feio – tão feio que eu esqueci do episódio por duas semanas e achei que estava em dia (me perdoem pela gafe!). Depois veio a cobertura da #CCXP2015 (tá acompanhando?) e o negócio atrasou legal. Mas agora, tudo em dia novamente!

Vamos dar uma passada então pelo episódio de duas semanas atrás e depois analisaremos o que rolou nessa semana, beleza?

3×07 – Out of the Easy

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A impressão que fica é que ainda não saímos do mesmo lugar que estávamos no primeiro episódio da temporada. Depois de descobrimos a aliança entre os membros da Trindade, os Mikaelson decidiram coloca-los frente a frente, para tentar extrair um pouco de verdade, o que me pareceu pouco eficaz. Usando as mesmas estratégias, sempre aparecem os mesmos resultados. Aurora e Tristan são muito mais aliados que qualquer coisa e deixaram claro que vão se privilegiar dentro da Trindade – deixando Lucien de lado e completamente contrariado. Mais uma vez temos Rebekah sendo usada como barganha, agora com seu corpo no fundo do mar e as coordenadas de sua localização espalhadas separadamente.

Se antes me agradava muito as participações de Claire Holt, agora já acredito que chegou a hora dos roteiristas tomarem uma decisão criativa para solucionar o problema que sua ausência na série causa – a aparição por episódios espaçados não funciona mais. Ela troca de corpo, morre, renasce, é empalada. Alguma coisa precisa ser feita. Contratem a atriz de volta ou sustentem a sua morte, porque estamos num looping infinito de decisões erradas quanto a personagem. Nesse jogo, o único diferencial vem sendo a participação de Freya, que assumiu de fato o papel de Mikaelson e faz de tudo para tentar salvar a irmã dos problemas que se meteu. Nesse episódio também tivemos um momento interessante com Hayley, no qual, sem perceber, ela se coloca também como um membro da família de Klaus, deixando Jackson completamente contrariado (outro que está cumprindo com o papel de figurante de luxo).

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A tal da profecia é verdade? Parece que sim. Os flashes que Elijah tem no final do episódio são um claro indício de que tudo já começou a ser desenvolvido e cada um deles começará a cair. Considerando que Rebekah já foi por um dos inimigos, resta agora amigos e famílias como os responsáveis pela derrocada dos Mikaelson restantes. Se vimos Klaus como um grande manipulador até então, a Trindade mostra que aprendeu direitinho como fazer – os cortes de cena entre as meninas, Klaus e Tristan e Elijah e Lucien foram bem bacanas. No meio dessa zona, Cami mostrou que se vira bem sozinha, mas acabou nas mãos de Aurora, que brava do jeito que está por ter sido colocada para trás por Klaus, com certeza não a tratará muito bem – achei até que ela podia transformar a psicóloga em vampira. Enquanto seu destino fica incerto até o próximo episódio (ou mais), Davina abriu mão do seu papel na sociedade bruxa, numa tentativa clara de tirar o corpo fora da linha de tiro – o que eu acho uma pena, porque queria era ela morta logo.

Cada vez mais próximos do fall finale e pouco podemos falar sobre um desenvolvimento para a profecia. Personagens promissores caíram em tramas repetitivas e pouco atraentes. Espero que o próximo episódio me empolgue para o que está por vir. Cruzemos os dedos.

 

3×08 – The Other Girl in New Orleans

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Será que começamos a derrocada definitiva dos Mikaelson? Talvez ainda não, mas que o episódio avançou no sentido de determinar quem está do lado de quem, isso não podemos negar. Também não nego que a temporada chegou em um ponto que mais me decepciona do que me agrada, já que entregou muito pouco e tem momentos bem arrastados e de pouco uso prático para a trama. Atualmente o problema tem nome: Aurora. A personagem vem sendo muito destacada nos últimos episódios, principalmente por todo o apelo sentimental que tem por Klaus, mas entrega pouquíssimo no sentido de carisma, o que Tristan e Lucien tem de sobra.

Achei que o surto dela nesse episódio faz sentido quando consideramos seu passado problemático. Apesar de não sabermos se seu diagnóstico bipolar é uma verdade ou mais uma das armações do irmão, Aurora é cansativa. Diz que amou Klaus pela vida toda, mas ainda apresenta sentimentos mesquinhos bem diferentes do amor. Quando ela sequestrou Cami, achei que veríamos toda aquela sequência de ameaças vãs, com um salvamento heroico no final, mas foi bem diferente disso. Camille é uma das personagens mais interessantes e eu sempre baterei nesse ponto. Por ainda ser humana, explicar como se envolveu nesse mar de intrigas sobrenaturais era muito complicado, para não dizer estranho, mas depois desse episódio, podemos ver um pouco mais de significado. A psicóloga buscou sua profissão para entender, talvez, um pouco mais da sua própria escuridão – aos que achavam que ela era a única sã da família, as coisas mudaram de figura. E eu gostei muito de ver isso sendo explorado em tela, principalmente quando temos a oportunidade de desenvolver mais da sua relação com Klaus.

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E não tem como negar que esse é o melhor casal da série, mesmo não envolvendo relações românticas até aqui. Os momentos sutis de cumplicidade mostram que eles estão intimamente ligados, apesar de lutarem contra o fato na maior parte do tempo. Enquanto Cami vê o lado bom de Klaus, o vampiro entende como ela se sente tão atraída por tanta escuridão, fazendo dos dois um encaixe perfeito de personalidades. Claro que a escolha do híbrido em salvar Cami terá consequências drásticas: Aurora vai se aliar a Lucien, que sempre a amou e estará disposto a fazer qualquer loucura para tê-la por perto. Se gosto disso, já não sei. Queria que voltassem com o lado masculino da Trindade para o destaque, mas, por hora, o que temos é vingança de coração partido mesmo.

Outro ponto bem interessante do episódio foi a tortura de Tristan, que envolveu a “traição” de Marcel, a confirmação de Hayley como uma Mikaelson e o posicionamento de Freya. Quando a Strix começou a ameaçar Marcel, achei que veríamos outra parte da profecia se cumprindo, o que acabou me decepcionando um pouco quando Elijah acordou depois do ataque. Tudo não passou de um pretexto para que Marcel conseguisse se infiltrar sendo visto com bons olhos. Até agora pareceu bem efetivo, já que descobriu a ligação da sociedade com uma empresa de aviões de carga, que devem ser os responsáveis pelo desaparecimento de Rebekah. Hayley fez a escolha certa, falem o que falar. Não tem como ela negar a ligação que sente por aquela família, sua família. Até entendo os motivos de Jackson, mas acho que é lutar uma batalha perdida. Como ela mesma disse, se ele a amasse, estaria ali para a proteger e não bebendo no meio do mato. Por fim, mas não menos importante, a volta de Finn mostra que Freya não anda muito satisfeita com o relacionamento familiar que tem e isso pode muito indicar que talvez ela seja uma das partes que a profecia falou, a da família. Será? Tudo é possível.

 


Semana que vem encerramos essa primeira parte da temporada e veremos como as coisas ficam antes da série se mudar para as noites de sexta na programação da CW. Confira o vídeo promocional do próximo episódio e, claro, não deixe de comentar o que achou!


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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