Sozinho no meio de todo mundo.
O episódio de retorno de The Originals firma uma das minhas maiores certezas com relação a série: a de que ela funciona quando explora seu principal elemento, a relação familiar desenvolvida entre os irmãos Mikaelson. Depois do aparecimento um tanto surpreendente de Finn no final do último episódio, foi possível ver os desdobramentos desse retorno, inclusive sabendo o fato que o motivou – apoiado na magia realizada por Davina, Finn acabou voltando a Terra em seu corpo vampiro em um acordo que parece ter feito com Hayley (pelo menos foi isso que se deu a entender). O grande problema é que, como sempre, Finn é um dos personagens mais problemáticos com relação a sua aceitação como vampiro, já chegando trazendo uma série de polêmicas a tona e batendo de frente com Kol, ainda ressentido do motivo de sua última morte.
Aqui, nem espaço para discussão há. Finn nunca colocou a família em primeiro lugar e assim será até o último de seus dias, sendo Freya uma grande iludida ao acreditar na mudança do irmão. Sua proposta de tomar um corpo bruxo vem como meio de selar seu egoísmo: como assim ele não quer ser condenado a uma vida em seu corpo de vampiro, mas pode tomar uma vida inocente só para satisfazer seus anseios. Saudades coerência, né não? E claro que esse só foi o primeiro round dos muitos conflitos que temos no nosso caminho, ainda mais quando colocamos na balança o temperamento agressivo de Kol, que depois de tanto tempo longe de sangue, admitiu para si mesmo que nunca aprendeu a controlar sua sede – personagem que vem sendo sim a parte mais interessante desse arco e mostra sua força tanto nos seus momentos mais íntimos, como quando bate de frente com os irmãos.
E depois de um episódio inteiro caçando a caralha da bala de carvalho branco, eu quis socar a cara do Elijah no asfalto quente quando ele decidiu não destruir aquilo. Gente, como assim??? O negócio é uma ameaça direta a toda a família, a tudo que ele preza tanto, além de poder destruir uma linhagem inteira (dele ou Rebekah), daí ele decide pensar na crise existencial que pode ter um dia? Por favor. Esse plot foi muito mal explorado e me deu uma raiva tremenda ao ver tudo que estava acontecendo. Era óbvio que Freya ia ser interceptada por alguém no caminho e que isso seria a deixa para a continuidade da caçada, mas foi bem mal executado. O que gostei foi de saber que mesmo vestindo uma carapuça de bom moço, Lucien é o grande nome por trás da vingança – o que faz todo sentido, mostrando que a Trindade teve um real propósito na temporada. Ainda me confunde um pouco como ele desenvolveu uma relação com os bruxos ancestrais, mas creio que isso seja esclarecido num futuro breve.
Na outra linha narrativa, Klaus e Hayley buscaram se ocultar das ameaças do híbrido enquanto a bala estava nas mãos de desconhecidos. Muito bacana ver o desenvolvimento dessa relação paternal que vem sendo um tanto transformadora para o protagonista. Era impossível imaginar ele cedendo da maneira que aconteceu, mas finalmente parece que estamos vendo ele trilhar um caminho de menos individualismo agora que tem sua filha por perto. O plot de Hayley com a garota em transformação foi uma clara alusão a transformação interna que Klaus vem passando e como ela, em ambos os casos, tem um papel de auxiliadora do momento. Gosto muito desse tipo de proposta e até dei uma shipada de leve no casal – pronto, falei.
Continuamos a saga dos Mikaelson na próxima semana com uma breve viagem a Mystic Falls e a participação da planta Matt no episódio. Confira só o vídeo promocional:
E claro, não deixa de comentar comigo o que achou do episódio dessa semana! Até breve!
