Parece que a vida dá voltas, não é mesmo?
Em mais um excelente episódio, The Originals firma sua reta final com tramas interessantes e bem desenvolvidas, utilizando do seu vasto leque de personagens em situações diferentes e fazendo cada minuto necessário para a compreensão geral. Se um episódio atrás vimos Lucien como um grande vilão, talvez o nome da temporada, o roteiro não teve medo de desconstruí-lo mais uma vez, colocando-o como um cara suscetível aos sentimentos de uma mulher que nunca fez nada além de aproveitar dele. Essa é a verdade sobre Aurora: tão diabólica quanto aparenta, ela usa dos meios que forem necessários para atingir o seu objetivo final – o que, ainda bem, não deu muito certo por aqui.
Interessante, porém, é notar a mudança de ritmo que um vilão de verdade dá a série. Com Klaus praticamente pedindo clemência, tivemos algumas das melhores sequências diante dessa frente dramática. Enquanto Lucien queria punir seu criador por tudo que acabou passando na vida, Aurora buscava talvez um repente do amor que um dia sentiram um pelo outro – no lugar disso, encontrou uma série de mentiras deslavadas, numa vã tentativa de conseguir escapar daquela situação. Bom também foi juntar Hayley e Cami ao ato, principalmente a segunda. Desde sua transformação como vampira, Cami vem sofrendo momentos bem traumáticos, que acabaram por afastá-la da família Mikaelson (não que isso seja ruim para alguém, né?). Só que está bem claro que seus sentimentos mal resolvidos por Klaus ainda estão ali, vívidos, pedindo por uma chance de tentar. Esse é o grande motivador de tudo que ela fez aqui, enfrentando seus medos e exercendo papel decisivo no resgate. Mesmo destreinada e com algumas doses de tortura, Cami conseguiu libertar o amado, o que já é motivo suficiente para sua gratidão (a família toda tá shipando Klami!).
Pena que nem sempre o tempo é amigo. Tomado pela raiva da descoberta de que está sendo usado, Lucien ataca da maneira que pode e escolhe o elo fraco como alvo. Juro que me assustei com a cena. Achei que ia rolar algum tipo de redenção repentina, que ele ia se por a falar sobre o quanto era idiota nas mãos de Aurora… sei lá! Só que tudo caminhou para um lado bem diferente: uma mordida fatal. O que nos acalenta é que com o sangue de Aurora pode ser possível criar um soro para curar a mordida, mas agora Freya terá que trabalhar com o tripo de pressa e o quádruplo de pressão. Não acredito numa morte para a personagem – seria prematuro e mal desenvolvido. Talvez tudo que vejamos é a boa e velha barganha valendo como lei entre os vampiros. Agora eu só espero que eles tenham feito uma bruxaria das pesadas para manter Aurora bem das presa, porque não aguento mais ver essa criatura dos infernos fugindo e querendo colocar o terror.
O desenvolvimento de Kol nesse episódio também chamou bastante atenção. Por alguns minutos, eu pensei que teria que reclamar aqui mais uma vez sobre o roteiro mandando o personagem embora ou matando ele – ainda bem que isso acabou por não acontecer. Alvo dos Ancestrais – que raiva dessa gente, meu Senhor -, o vampiro não conseguiu ter paz no único lugar onde a magia não afetava ninguém, o que mostra uma guerra que vem se formando pouco a pouco. É difícil entender esse problema que os bruxos tem com a existência dos vampiros na cidade. Se pegamos o começo da série, tudo faria muito mais sentido – e talvez seja uma consequência direta dessa época -, mas agora? Não é um pouco tarde demais para fazer com que outras pessoas paguem pelos problemas que há tanto já permeiam as ruas do French Quarter? Pois é.
Além disso, parece que Kol está mesmo condenado a insanidade. Nem fugir o coitado pode. Seu breve momento de alívio foi seguido por uma quase-morte assustadora, fazendo com que ele não tivesse outra escolha senão ir de encontro com o lado mais sombrio da sua personalidade. Tudo pode surgir daqui. Talvez os Ancestrais usem do mais novo Mikaelson para atacar ao seu alvo ou façam dele uma distração, a única certeza é que nada disso é “a toa”. A união entre ele e Davina é um dos pontos interessantes dessa segunda metade da temporada e vê-los juntos e felizes, mesmo que brevemente, foi bem bacana. Só nos resta esperar que os roteiristas não caminhem para mais uma tragédia na vida do casal – o que é super possível considerando a retrospectiva.
Com apenas mais 4 episódios, The Originals está com a corda toda. Muito potencial e, aparentemente, muita história para contar. Esperamos (de verdade) que continue assim. Confira o vídeo promocional do próximo episódio (que só vai ao ar no dia 29 de abril):
Claro, comenta comigo! Fala o que tá achando! Chama todo mundo para voltar a ver essa série boa!
